segunda-feira, 20 de novembro de 2006

PARTICIPAÇÃO NA MOSTRA INTERNACIONAL DE LITERATURA DE DIADEMA
MESA REDONDA "CLARICE LISPECTOR"

Dentro do evento "Diadema - Território Livre da Palavra", 1ª Mostra Internacional de Literatura, estarei participando da Mesa Clarice Lispector, dedicada à Literatura Fantástica.

Escritores participantes: Edson Aquino, Giulia Moon, Nilza Amaral e Martha Argel.
Data: 24 de novembro (sexta-feira)
Horário: 15:00
Local: Centro Cultural Promissão, rua Pau do Café, 1500, Diadema.

Mais informações:
http://www.palavreiros.org/mostradeliteratura2006.htm

Espero vocês lá!!!

Beijos & queijos
Martha Argel

sábado, 4 de novembro de 2006

BAILE DE MÁSCARAS DO THEATRO DOS VAMPIROS COM MARTHA ARGEL E GIULIA MOON

O sábado 11 de Novembro será a data do Theatro dos VampiroS com seu aguardado Baile de Máscaras ANUAL, ao som do melhor do gótico e do darkwave celebramos a vinda do novo ano vampyrico.

Sob o signo do luar minguante celeebramos a mais uma virada de ano Vampyrico e contaremos com a presença das autoras Martha Argel (Livro dos Contos Enfeitiçados, O Vampiro de Cada Um, Relações de Sangue) e Giulia Moon (A Dama Morcega, Vampiros no Espelho e Luar de Vampiros), ambas divas expoentes das letras vampíricas no Brasil desde o começo desta década.

Outras atrações incluem o especial Vampyrico: uma trajetória musical das Subculturas Gótica e Vampyrica, expositores, cineminha, drinks especiais e muitas surpresas.

ESPECIAIS: Blutengel, Wolfsheim, Joy Division, Vampyrico
TOP 3´s: Qntal, Goldfrapp, Switchblade Symphony
E mais: Gothic 80,90 e 00s, Darkwave, Gothic Hits, Gothic Rock, Alternative, Synth...

Noite de Autógrafos com as autoras Martha Argel (O Livro dos Contos Enfeitiçados) e Giulia Moon (A Dama Morcega)

ENTRADA: R$12 sem Flyer / R$ 9 com Flyer

LOCAL: FOFINHO ROCK CLUB, Av. Celso Garcia, 2728 (próx. do Metrô Belém)
Van grátis do Metrô Belém das 21h30 às 0h30
Estacionamento conv.+ Seguro R$5

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Mesa-redonda discute a literatura fantástica no Brasil
Evento será realizado na Realejo Livros, em Santos, no próximo dia 7 de outubro

Fantasia e Terror: quem tem medo de diversão + arte? é o tema da mesa-redonda que reúne na Realejo Livros, no próximo dia 7 de outubro, às 17h, os escritores Martha Argel, Giulia Moon, Daniel Salgado e Helena Gomes, com mediação do desenhista e professor universitário Alexandre Barbosa, o Bar. Serão discutidos assuntos como o futuro da literatura fantástica no Brasil, os novos autores, o crescente interesse do público-leitor e os chamados subgêneros, como a literatura de terror, de fantasia, vampírica e de ficção científica.

O evento é gratuito e aberto ao público em geral. A Realejo Livros fica na Av. Marechal Deodoro, 2, no Gonzaga. Informações pelo telefone (13) 3289-4935.

Sobre os autores

MARTHA ARGEL é autora de vários livros de literatura fantástica. Seus textos, sempre emocionantes, com cenas inesperadas e muito bom humor, passeiam pela fantasia, pela ficção científica e mesmo pelo terror, com uma especial predileção pelas histórias de vampiros. Doutora em Ecologia e especialista em aves, aproveita sua formação científica para enriquecer as narrativas com detalhes interessantes, que tornam ainda mais atraente sua escrita elegante. Seu livro mais recente é O Livro dos Contos Enfeitiçados, lançamento da Landy Editora. Confira em www.marthaargel.com.br

GIULIA MOON publicou várias obras no gênero literatura de terror. Seu mais recente trabalho é o livro de contos A Dama-Morcega, da Landy Editora, com 11 narrativas que trazem personagens do imaginário brasileiro ao lado de vampiros, assombrações e outras criaturas clássicas do terror universal. A noveleta que dá nome ao livro revisita as narrativas clássicas de cientista versus criatura fantástica, acrescentando à trama o colorido da cidade de São Paulo no início do século XX. Saiba mais sobre Giulia, seu contos e livros em www.giuliamoon.com.br

DANIEL R. SALGADO, autor de O Caçador de Gigantes, obra lançada este ano pela Novo Século, traz desde a infância o gosto pela mitologia e o talento para sentir e vivenciar a personalidade de inúmeros personagens. Ele desenvolve a saga Os Contos de Árian há mais de 10 anos para mestrar, com suas histórias, partidas de RPG entre os amigos. Apenas recentemente é que Daniel decidiu transformar em livros este universo rico em possibilidades. O Caçador de Gigantes é o primeiro volume da saga. Informações em www.contosdearian.com.br

HELENA GOMES é autora de livros de literatura fantástica, incluindo histórias de literatura de fantasia. Este ano, ela lançou Lobo Alpha, da editora Rocco, uma narrativa densa e envolvente que investe na linguagem cinematográfica e mistura textos e HQs. O primeiro livro de ficção da autora, O Arqueiro e a Feiticeira, foi publicado em 2003, pela editora Devir. Para o próximo ano, já está sendo preparada a publicação de mais duas obras. Helena, que é jornalista e professora universitária, também escreveu mais cinco livros, ainda inéditos. Confira os sites www.acavernadecristais.com.br e www.loboalpha.com.br.

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Oi, amigos, segue o convite para um bate-papo literário do qual estarei participando na charmosíssima e badalada Livraria da Vila!
Muita gente me pergunta 'como é que uma pesquisadora como você acaba escrevendo sobre vampiros e outros seres sobrenaturais?'
Assim, vou falar um pouco sobre Ciência e Literatura Fantástica -- quem melhor do que uma cientista de verdade pra falar sobre esse tema?

Espero todos lá!
Beijos

Martha Argel

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A Livraria da Vila e a Editora Landy convidam para o Bate-Papo com as autoras Martha Argel, Giulia Moon e Rosana Rios sobre o tema LITERATURA FANTÁSTICA

Dia: 29 de setembro de 2006, sexta-feira, a partir das 19h30
Livraria da Vila
Rua Fradique Coutinho, 915, Vila Madalena
Tel: 3814-5811

o bate-papo acontecerá logo após o lançamento dos livros
LIVRO DOS CONTOS ENFEITIÇADOS, de Martha Argel, e A DAMA - MORCEGA, de Giulia Moon , às 18h30

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O LIVRO DOS CONTOS ENFEITIÇADOS
de Martha Argel
Landy Editora
ISBN 857629071-5
Preço médio nas livrarias: R$ 15,00
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segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Hoje é meu aniversário. É também aniversário de uns tantos eventos. Considero uma afronta pessoal que coisas ruins aconteçam no dia do MEU aniversário.
Portanto, mundo, faça o favor de se comportar hoje. Só coisas boas acontecendo por todo canto, ok?
Você aí, por exemplo, que tal tomar uma atitude? Varra a calçada do outro lado do rua que ninguém nunca varre e da qual você sempre reclama. Separe seu lixo reciclável e dê para algum carroceiro que vive disso. Em vez de comprar um filhote carésimo e fresco, adote um cachorrinho ou gato abandonado. Doe ao bazar da igreja aquele monte de coisa que você já não usa mais (sim, inclusive os trastes em BOM ESTADO, não só as porcarias inúteis). Tire a bunda da cadeira, leve as banhas pra uma bela caminhada e aproveite pra dizer bom dia pra todo mundo, com um sorriso no rosto. Elogie honestamente quem merece ser elogiado. NÃO JOGUE LIXO NA RUA. Seja comedido ao ouvir música, ninguém é obrigado a ter o mesmo gosto musical que você.
Em suma: faça meu aniversário mais feliz. Seja parte da solução e não do problema. Pra mim será um presente e tanto.

beijos e queijos
Martha Argel

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Talvez a maioria dos paulistanos não concorde com minha opinião, mas gosto deste frio que está fazendo. Meu cãozinho transferiu-se temporariamente de sua casinha na área de serviço para meu sofá, e não creio que esteja reclamando.
Tenho um arsenal a que recorrer: o aquecedorzinho de ar quente, que embora minúsculo, torna minha sala mais aconchegante; uma bolsa de água quente que resolve o problema dos pés frios durante as longas horas diante do computador; um chocolate bem quente durante a interrupções para ler um pouco e tirar o atraso da leitura; cachecóis mil, e umas engenhosas golas de fleece que ninguém nunca teve a idéia de produzir aqui no Brasil; caminhadas vigorosas, super-eficientes para esquentar o corpo; o cobertor de pura lã que tenho de disputar como o supramencionado cãozinho. E como a humanidade conseguia ficar confortável antes dos moletons, das calças de abrigo e dos casacos de fleece???

curtam o feriado!
Martha Argel

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Oi, pessoal.

Primeiro quero agradecer a todo mundo que foi aos eventos de lançamento de meu "O livro dos contos enfeitiçados", no Centro Cultural na Casa das Rosas, no Salamandra.
Foi uma semana maravilhosa.
Estou muito feliz com o sucesso que o livro está fazendo. Confesso que não sonhava que as pessoas fossem gostar tanto como estão gostando.

Bom, fora isso, ando trabalhando como uma maluca, e não tenho tempo pra escrever ficção. Desde quando? Vixe, o último conto que escrevi está datado de fevereiro deste ano. De lá pra cá, só trabalho, trabalho, trabalho.

Ao menos um tempinho pra ler sempre consigo. Terminei de ler "Lost Souls", de Poppy Z. Brite. Cacete! Um dos melhores livros de vampiros que já li. Bem que alguém podia publicar aqui no Brasil. No mínimo à altura de "Entrevista com o vampiro" e "O Vampiro Lestat" que, francamente, são os dois únicos livros vampíricos da Anne Rice que não são um pé no saco. Poppy Z. Brite é cult, também é de Nova Orleans e, como a dona Rice, largou mão dos vampiros e foi cuidar da vida (no caso da tia Arroz, foi um alívio; no caso da Brite, é um desperdício). Quase ninguém aqui no Brasil ouviu falar dela, incluindo muita gente que se acha "especialista em vampiros", rsrsrs.

Pra compensar, tô lendo uma estupidez sem fim chamada "O Evangelho segundo os Simpsons". Lenga-lenga de pregador religioso fanático, que distorce qualquer fato para encaixar-se em sua crença e seus dogmas. Pra piorar, o tradutor é péssimo (ah, que novidade). A editora? Hahahahaha, se chama Editora Cristã Novo Século!!! Não, não é aquela. Duas editoras com o mesmo nome, essa é patética.

E durante a Primavera dos Livros comprei (autografado) o livro Monumentos Geológicos, do fotógrafo, autor e editor Ricardo Siqueira. Maravilhoso! Recomendo.

por enquanto é só, vamos ver se consigo postar com mais freqüência a partir de agora.

beijos a todos!
Martha Argel

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

O lançamento de "O Livro dos Contos Enfeitiçados" foi uma festa linda. Obrigada a todos que compareceram a caráter e que tornaram ainda mais lindo o cenário da Casa das Rosas.
Quem foi e quer relembrar, e quem não foi e quer saber o que rolou, pode dar uma olhada nas fotos que já estão no ar:

Adorável Noite, de Adriano Siqueira
http://www.contonoturno.hpg.ig.com.br/lanc2006/
Visuh, do Fernando Erlantz
http://visuh.net/fotos
Fotoblog de lexandreale4, do Antonio Alexandre
www.lexandreale4.nafoto.net
Site do Fabiano Forte
http://fabforte.multiply.com

Saiba mais sobre "O Livro dos Contos Enfeitiçados"
www.marthaargel.com.br
http://marthaargel.multiply.com/market

O LIVRO JÁ ESTÁ NAS LIVRARIAS!
Compre-o também pela internet:
www.americanas.com.br
www.livariasaraiva.com.br
www.submarino.com.br
www.livrariacultura.com.br

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DIA 26 DE AGOSTO (sábado), Martha Argel e Giulia Moon estarão participando da festa "Oh My Goth 80s", no Salamandra, em São Paulo, autografando seus livros:
Martha Argel - "O livro dos contos enfeitiçados"
Giulia Moon - "A Dama Morcega - Narrativas de Terror Fantástico"

Os livros estarão à venda no estande da editora Landy, numa super-promoção!
Haverá SORTEIO de exemplares autografados de "O Livro dos contos enfeitiçados" e "A Dama-Morcega"!

The Goth Chic Party está cada vez mais imperdível, com pessoas interessantes, roupas caprichadas, música excelente, desfiles, performances, expositores, e muito mais!

DJs: Whashington e Pathogenic
Guest DJs: Edu Parez [Kiss FM], Quest e Barrela
Horário: a partir das 23:00
Preço: R$10 [entrada]
Local: Salamandra, r. Cardeal Arcoverde, 563, Pinheiros, S. Paulo
Mais infos: 7642-6375, ohmygoth.chic@gmail.com

beijos a todos
Martha Argel

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

VOANDO PELO BRASIL e O LIVRO DOS CONTOS ENFEITIÇADOS
na Primavera dos Livros 2006
Dia 19 de agosto


No dia 19 de agosto (sábado), estarei autografando o livro "Voando pelo Brasil", das 14:00 às 16:00, durante a Primavera dos Livros, em São Paulo. Será uma boa chance para todos os interessados pelas maravilhas de nossa natureza conhecerem este livro infantil único no mercado editorial, que apresenta informações científicas de uma maneira interessante e acessível a todas as crianças e adultos. A obra está sendo usada com muito sucesso em iniciativas de educação ambiental por todo o Brasil.

No mesmo dia e local, às 19:00, acontecerá o pré-lançamento de meu mais recente livro de ficção, "O livro dos contos enfeitiçados", (editora Landy), uma coletânea que reúne sete contos sobre magia, bruxas e encantamentos. Nessas histórias há lugar para a aventura, o terror, o humor e também para o romance. Sempre com um toque muito feminino, claro, pois a magia é em sua essência uma arte feminina.

PRIMAVERA DOS LIVROS 2006 - São Paulo
18 a 20 de agosto, das 10 às 21 horas
Centro Cultural São Paulo - rua Vergueiro, 1000, Paraíso
(ao lado do metrô Vergueiro)
http://www.libre.org.br/primavera/sp.htm

Espero vocês lá. Vou adorar rever velhos amigos e conhecer gente nova!
Martha Argel

quinta-feira, 27 de julho de 2006

Oi amigos, como eu tinha prometido, seguem as coordenadas do lançamento de meu livro mais recente.
Vai ser um evento imperdível, não apenas por ser um lançamento duplo - livros de ninguém menos que Giulia Moon e Martha Argel! - mas também por conta do local da festa, a Casa das Rosas, perfeita para reuniões de bruxa e vampiros!




***LANÇAMENTO***
"O livro dos contos enfeitiçados", de Martha Argel

O livro mais recente de Martha Argel, "O Livro dos Contos Enfeitiçados", reúne histórias sobre feiticeiras, bruxos e encantamentos. Magia em estado puro!
A obra sai pela editora Landy, cuja linha editorial refinada e inteligente é, em si, garantia de qualidade.

O lançamento será na belíssima Casa das Rosas, Av. Paulista, 37 (perto do metro Brigadeiro, em São Paulo), no dia 21 de agosto às 19:30.

Na mesma ocasião será lançado "A Dama-Morcega" de Giulia Moon. Histórias de terror e vampiros, no estilo elegante e cruel da Dama Rubra da literatura brasileira.

Sobretudos negros, trajes medievais, roupas vampíricas e muito charme serão bem-vindos. O cenário não poderia ser melhor!

Saibam mais sobre o livro clicando aqui


E entrem na comunidade do orkut "Contos Enfeitiçados!" - http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=17321311

Espero todos vocês lá!!!

beijos e queijos
Martha Argel

terça-feira, 18 de julho de 2006

Noooossa, quanto tempo sem postar!!!
As coisas andaram aceleradas por aqui.
Vamos ver, que tal um resumo das últimas semanas?

Ultimos dias nos EUA
Visitei a famosa Forbidden Planet, livraria especializada em Fantasia & Ficção Científica. Lá adquiri um charmosíssimo Violet Devil Duckie (procurem no Google pra ver o que é, é o máximo!!!!). Fui à Strand, um sebo fantástico. Encontrei-me com um vampiro "de verdade", numa antiga igreja que é hoje uma das casas noturnas mais badaladas de NY. Embrenhei-me em Queens, e jantei no Dosa Diner, mais um restaurante fantástico que só meu amigo Gui consegue descobrir. Também com o Gui, atravessei o Central Park de sul a norte, de madrugada, e cheguei em casa sã, salva e inteira. Fui ao lançamento de um livro sobre o meio ambiente do Vietnã - imagina só, tinha de pagar (USD 15!) e o auditório estava lotado, ISSO é primeiro mundo! Depois disso, back home, a agora NY é uma doce lembrança. Não vejo a hora de voltar pra lá, confesso.

Avistar
Logo depois de chegar, participei do Avistar 2006, a primeira feira de observação de aves do Brasil (e terceira do hemisfério sul). Foi um sonho. Tanta gente apaixonada por aves. Apresentei uma conferência, autografei e gravei uma entrevista para o Reporter Eco, que já deve ter passado na TV Cultura.

Congresso Brasileiro de Ornitologia
Em seguida voei para Belo Horizonte e de lá fui para a deliciosa cidade de Ouro Preto, para participar do congresso científico mais divertido de que já participei. Apresentei mais uma conferência, ministrei curso, dei autógrafos, tirei fotos com leitores e, mais do que tudo, ri pra caramba com as histórias absurdas que rolaram: um congressista, dado como desaparecido pela polícia de São Paulo, escapou do necrotério; o trabalho científico mais comentado foi um painel sobre a biologia e o comportamento do Pingüim de geladeira (que todo mundo cismou, não sei por que, ter sido obra minha...); meu pingüim viajante, o JC, foi de carona e virou celebridade, indo parar na mesa da diretoria durante a Assembléia Geral da Sociedade; houve uma distribuição ampla, geral e irrestrita de apelidos hilariantes. O Congresso de Black Gold vai ficar pra sempre na memória de todos, como uma lembrança maravilhosa.

BH
Na volta de OP, uma escala em BH, na casa de meu amigo Leo Trosco e sua família. Foi ótimo, revi amigos e fomos em lugares bem legais. De quebra, uma garrafa d'água abriu dentro de minha bolsa e inundou minha máquina digital, que demorou três dias para voltar à vida e agora está zero bala de novo!

Bom Sucesso de Itararé
E, por fim, uma viagem ao fim do mundo. Bom Sucesso é longe! Temperaturas de 6 graus, incêndio criminoso, ameaça de levar tiro, muita raiva com a destruição ambiental e, apesar dos filhos da puta dos plantadores de Pinus, paisagens ainda de tirar o fôlego (que com certeza não vão durar muito...)

Agora cá estou de volta, e prometo que logo, logo trago notícias sobre...

... o lançamento de meu próximo livro!!!

beijos e queijos
Martha Argel

segunda-feira, 22 de maio de 2006

Boa tarde!
Ca' estou de volta a NY. Cheguei ontem no comeco da tarde, com frio e chuva.
A chegada ao aeroporto de La Guardia, em NY foi muito facil, talvez porque a partida de Toronto foi um pesadelo paranoico. TODA a parafernalia de seguranca esta' la', na partida, de forma que vc ja' entra nos EUA dentro do aeroporto de Toronto! Devo ter demorado mais de uma hora nos procedimentos de check-in, aduana, imigracao, revista. Bom, pelo menos serviu para passar o tempo (e por sorte consegui entrar na fila antes de um grupo que, aparentemente, reunia todas as senhoras de meia idade de alguma grande cidade japonesa). Esperei bem pouco na sala de espera. E o desembarque foi muuuito rapido. Desci do aviao praticamente na rua, e como o aviao era pequeno, as bagagens nao demoraram nada pra chegar. Ate' o trafego domingueiro ajudou. Pouco mais de uma hora depois da aeronave tocar terra eu ja' estava no apartamento!
* * *
De volta ao ape, eu ja' tinha decidido que ia passar o resto da tarde trabalhando e lendo, porque o dia parecia absolutamente miseravel. Entao o sol abriu, lindo (mas nao menos frio), e resolvi bater perna. Estudei a rota dos metros no mapa, e descobri que o numero 4 me levaria bem onde eu queria, Fulton Street, do lado de um sebo fantastico. Tomei o 2, baldeei pro 4 e algumas estacoes depois... descobri que ele estava indo numa direcao totalmente diferente!!! Desembarquei assim que noteo, mas ja' era tarde, eu estava muuuuito longe do sebo. Paciencia, afinal, deve ter coisas muito piores no mundo do que cair de paraquedas em Little Italy. Resultado: acabei conhecendo nao apenas esse bairro mas tbm o SoHo e Greenwich Village! Muito legal!
* * *
No SoHo descobri uma loja chamada Evolution. Uma loucura!!! So' coisas relacionadas a natureza. Nao, nao e' o que vcs estao pensando, nao e' uma petshop ou uma loja de camping. Conchas, cranios e ossos, animais taxidermizados, insetos fixados, pedras bizarras, garras e dentes, espinhos de ourico, e ate' aquelas cabecas de alce que a gente ve penduradas nas paredes, em filmes. Um verdadeiro gabinete de naturalistas do sec. XIX. Pra ter uma ideia, visitem http://www.theevolutionstore.com/
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Passeando por Greenwich Village, resolvi entrar numa lojinha de guloseimas e comprar algo pros meus sobrinhos. O cara que atendia era bengali (de bangladesh)e era uma figura. Sabem o Apu, dos Simpsons? Justo. "leva isto, faco preco bom", "ah, isto aqui, muito bom, se levar muitos faco bom preco". Queria me empurrar todo o estoque da loja. Quando ja' tinha registrado tudo, ainda pega uma barra de chocolate Wonka (sim, elas existem!!!) "leva esta, muito boa, faco preco, de 2.99 por 2.00" e ja' foi enfiando na sacola. Bom, eu deixei, porque nem sabia que existia esse chocolate, e a molecada em casa vai curtir. No fim, ainda me deu dois pirulitos Chupa-Chups de presente.
* * *
Os New Yorkers parecem SEMPRE ter algo nas maos, em geral um copo de cafe ou um celular. Ou ambos. Mas pode ser um IPod, um livro, um jornal, uma sacolinha. Ou todas as anteriores.
* * *
Hoje de manha vi uma cena MUITO bizarra na rua em frente ao predio onde estou "morando". De repente, todos os carros junto ao meio fio da calcada oposta comecaram a debandar. Uns foram para o meio da rua, outros subiram desesperados na calcada. Que porra era aquela??? De repente vi, vindo a toda velocidade, uma maquina do tamanho de um carro, com umas escovonas gigantes girando embaixo. O cara foi passando com tudo, varrendo a rua, e tenho certeza de que se algum carro ficasse na frente dele, ele varia junto. A medida que ele passava, todos os carros voltavam a seus lugares e acabavam estacionados como se nada tivesse acontecido. Que coisa maluca!!! E' por isso que todo mundo e' meio neurotico com o dia da varricao. Capaz que tenho pesadelos com aquela coisa esta noite!

hugs and kisses
Martha Argel

domingo, 21 de maio de 2006

Ok, daqui a pouco vai ser good-bye Canada. Embarco meio-dia e meia rumo a NY, NY, para a derradeira etapa desta viagem.
Ontem tivemos uma festa aqui na casa da Clau. Um churrascao com direito a picanha e espetinho. Onde a gente encontra picanha, um corte brasileirissimo, aqui em Toronto? Num talho portugues, ora pois! Traduzindo: talho, em portugues portugues, e' acougue. Tem uma regiao aqui, ao redor da Dufferin, onde as colonias portuguesa e brasileira dominam o pedaco. Diz a Clau que dificilmente se ouve ingles pelas ruas. Ano passado fui a um supermercado na regiao e de fato, so' ouvia portugues pelos corredores.
Em nosso churrascao de ontem, no roof (terraco, com uma vista lindissima dos imensos predios de downtown), so' havia um canadense: o pequeno Andrew. O resto eram 8 brasileiros, 3 russos e 2 ingleses. Isso e' Canada'!
O russo, Igor (claro!), e' um barato. Deve ser bem machista, como eu suspeitava, mas e' muuuuito divertido. Um senso de humor muito brasileiro. "Russian team is shit. Brazilian very good": esse seu veredito sobre futebol.
* * *
O que no Brasil a gente chama de shopping center, nos EUA se chama Mall, e aqui ainda nao cheguei a uma conclusao. Ja' vi Shopping Centre, mas nao sei se tbm e' chamado de Mall.
* * *
Ontem sai pra me despedir da cidade. De manha esta nublado e com um vento gelado, umido, que penetrava nos ossos. Quando desisti e voltei pra casa, o sol saiu. Tivemos sol durante o churrasco. Excelente!
* * *
Durante meu passeio, voltei ao St Lawrence Market. Sabado e' dia de festa la'. Turistas do mundo todo apinhando os corredores. Tem uma feira-livre num grande galpao cruzando a rua e duzias de barraquinhas de artesanato em cada canto. Cada coisa linda! E os musicos de rua, entao? Ontem vi uma menina estida de escocesa e tocando uma animada gaita de foles, um violinista muito bom, duas mocinhas fazendo um duo de sopro (uma deles tocava oboe!) e um violonista num canto meio esquecido. Todos muito bons. Qualidade e esmero. O que falta no Brasil, em todos os niveis, aqui tem de sobra. Comi um sanduiche de salada de caranguejo que tinha cebola demais, tentei sentar num banco e ler, mas o vento estava muito frio, e acabei indo visitar a St. James Cathedral. Quentinha e acolhedora, sentei em um dos bancos confortaveis e dai' a pouco acordei assustada. Tinha caido no sono!
* * *
Nao sei se ja' comentei, mas nao existem cachorros de rua por aqui!
* * *
E falando nisso, estou lendo um livro de lobisomens em que a protagonista (lobismulher?!) mora em Toronto, ao sul da Front Street mas sem vista para o lago. Deve ser vizinha aqui da minha prima! E' muito maluco estar onde as coisas acontecem de verdade.

beijos e queijos, proximo post ja' de NY
Martha Argel

sábado, 20 de maio de 2006

Bom dia! Hoje e' meu penultimo dia em Toronto. Amanha volto a NY. Desde o ultimo post nao fiz nada de muito relevante, mas continuo a colecionar meus "instantaneos de viagem".

Fui bater perna da Queen W., a rua badalada daqui, com o objetivo de ir 'a Bakka Phoenix, a melhor livraria de FC&F que ja' visitei. No caminho, reparei que havia um monte de lojas fechadas, e fuquei com a impressao de que elas fecharam depois de minha viagem anterior. Pelo menos em um caso sei que foi isso: um sebo maravilhoso ao qual fui varias vezes agora era apenas uma vitrine imunda e vazia. Sera' que a crise esta chegando aqui?
* * *
Comprei um unico livro na Bakka. Havia varios livros de vampiros quee decidi deixar onde estavam. Ao longo da viagem notei que meu interesse em vamp-aquisicoes diminuiu. Talvez porque minha prioridade agora esteja em produzir textos. Creio que ja' tenho informacoes suficientes sobre a literatura vampirica para trilhar meu proprio caminho com seguranca, e sabendo exatamente o que estou fazendo (coisa que nao se pode dizer da grande maioria dos autores tupiniquins de lit. fantastica).
* * *
Descobri na livraria algo peculiar: um autor portugues de fantasia que tem o mesmo nome de meu ex-marido! E' um sujeito prolixo, com livros absurdamente extensos, daqueles que me dao tedio so' de olhar. Nao apenas pelo nome, mas pelo jeitao nerdissimo dos livros, podem ter certeza de que jamais lerei o dito-cujo. Como se chama? Hahaha. Nao vou falar.
* * *
E durante minha caminhada pela Queen, acabei comprando umas luvas de renda que vao fazer bonito nas noitadas vampiricas em Sampa! Ai, ai, as lojas de roupas goticas que tem por aqui...
* * *
Toronto tem bem menos cachorros e bem mais criancas do que NY. Pontos extras para a Big Apple. E os cachorros daqui nao sao tao simpaticos como os de la'.
* * *
Minha prima acabou fazendo amizade com uma russa, mae de um moleque um pouco mais velho que o Andrew. Tive chance de bater uns papos com ela. Ela e o marido (que deve ser um machista prepotente do caralho) tentaram imigrar para o Canada' por cinco anos. A burocracia foi infernal. Ele tinha de ter uma segunda profissao, fazer um exame ferrado de ingles (em Londres!) e provar que poderia se manter aqui por seis meses. Ela teve de demonstrar proficiencia em ingles (bem menos requisitos, afinal ela e' so' uma esposa e mae...). Estao morando em um apart-hotel, pagando mais de dois mil dolares por mes. Ela nao tem nenhum amigo, e deixou a mae sozinha em sua cidade natal. Eles resolveram se mudar por conta da violencia, da criminalidade e da corrupcao na Russia, e porque queriam criar o filho num pais decente. O menino e' extremamente reprimido. Ela diz que nao, mas tenho certeza de que quando fala baixinho com o moleque esta' passando a maior dura nele.
* * *
Ontem fomos ao High Park. Muito bonito. Nao foi la' um programao porque foi basicamente aquela coisa "maes e filhos", tudo a ver comigo. :-P
Dei umas escapadas, claro, mas estou ja' em ritmo de volta. Queria ja' estar em NY, finalizando os trabalhos. Melhor ainda, queira estar de volta ao Brasil, trabalhando duro, juntando grana pra poder comprar o apartamento com que tanto sonho e que esta' cada vez mais proximo.
O ponto alto do passeio de ontem, em minha logica distorcida, aconteceu no melancolico mini-zoo que existe dentro do parque. O russinho, estabanado que so' ele, atirou de qualquer jeito uma bolinha laranja-fosforecente e ela descreveu um arco elegante e preciso... por cima da cerca do recinto das lhamas! A bola rolou e estacionou bem fora do alcance. Uma lhama descabelada aproximou-se devagar, cheirou-a delicadamente por uns tres segundos e se afastou com um ar de absoluto desprezo. Enquanto isso, dois garotos absolutamente passados se agarravam 'as grades, perplexos e desconsolados. Podem me chamar de cruel, mas achei de um humor negro total.
* * *
Visitei o mercado de St. Lawrence um dia desses. Fiquei batendo papo com uma neo-zelandesa que tem um estande de produtos de seu pais. Entre eles, peles de opossum, macias e lindas, cada uma com enormes etiquetas dizendo: "ajude a preservar a natureza, compre peles de opossum". O fato e' que o mimoso marsupial e' uma praga descontrolada. Nativo da Australia, foi introduzido na NZ, onde nao tem inimigos naturais, e virou um tremendo destruidor (acho que preda aves e ovos, mas nao tenho certeza). Pode ser uma praga, mas a pele e' tao lindinha, da' do' do bichinho.
* * *
Eu nao entendia quase nada do que a neo-zelandesa falava. Ela me contou uma longuissima historia, e pelo que pude entender, bem improvavel: parece que o marido dela, muitos anos atras, foi pra amazonia brasileira e la' ficou sem dinheiro, e acabou viajando com uns caminhoneiros bem toscos. Nao deu noticias por tres meses, e acabou chegando a SP, magro como um palito. Ela voou da NZ ate' la' para busca'-lo. Imagino o que e' que o cara ficou fazendo de verdade nesses tres meses...
* * *
Tenho trabalhado um bocado estes dias, ao computador. A Internet e' uma praga ou uma bendicao? Sinto falta de meus livros, de minhas mesas de trabalho, de meus computadores, de meu canto e de minha desorganizada organizacao.
Mas a viagem esta' no fim.

beijos e queijos
Martha Argel

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Bom dia. Tanta coisa pra fazer e tao pouco tempo.
Estou aqui mas nao estou desligada de minhas obrigacoes, em SP ou em NY. Quero passear, quero fazer compras (sim, apesar das malas pequenas, ainda ha' alguns pequenos sonhos a adquirir, alguns deles nao tao pequenos...), quero curtir o lugar, quero simplesmente sentar numa praca e ler um livro sobre lobisomens (otimo!). Mas ao mesmo tempo minha cabeca esta nos projetos, nos livros em andamento, na pilha de e-mails de trabalho nao respondidos. Bem, se nao consigo fazer tudo, pelo menos posso tentar fazer o maximo possivel.
Ontem, depois de trabalhar um pouco de manha, sai com a Claudia. Fomos 'a Universidade de Toronto, onde estudei ano passado. Foi um curos breve, mas suficiente para me fazer sentir que e' um pouco minha. A livraria central e' incrivel, material de papelaria maravilhoso, excelentes titulos a venda e, pasmem, uma secao de roupas que nao faria mal num shopping center!
Depois da U fo T, a Clau voltou sozinha para casa, e eu tomei o metro com um objetivo bem definido: gastar uma nota preta num de meus mais acalentados sonhos de consumo. Entre mim e minha aquisicao, porem, estava uma aventura urbana arrepiante.
Quando entrei na estacao de metro era o meio do dia, e pouquissima gente estava na estacao. Desci as escadas para a plataforma vazia e a meu lado, e pouco a frente, desceu uma mocinha de uns vinte anos. Nem bem ela chegou na borda da plataforma, algo caiu de sua mao e, com a perversidade natural da materia, deslizou pelo chao e caiu no meio dos trilhos do trem. Apressei-me em ir olhar. Uma maquina digital daquelas bem fininhas. Mais adiante, a bateria, que tinha voado longe. Olhei para a maquina e para a menina, sem saber o que fazer, e entao olhei ao redor, em busca de ajuda. Havia um homem parado a nosso lado, observando a cena com cara de pudim. Nada. Nenhum funcinario. Quando olhei de novo a moca, ela estava, muito decidida, tirando sua mochila das costas. Eu nao acreditei que ela ia fazer aquilo, mas ela fez. Largou a mochila no chao e pulou nos trilhos. Assustada, corri em direcao as escadas, mas antes de por o pe' no primeiro degrau raciocinei que nao ia dar tempo nem de chegar la' em cima, quanto mais de conseguir alguma ajuda, e entao voltei para a borda da plataforma. A menina pegou a maquina e, em vez de voltar, pulou ainda mais longe, entre os trilhos, para recuperar a bateria. O tempo todo ela, e eu, claro, lancando olhares assustados na direcao de onde o trem deveria vir. Pareceu uma eternidade, mas finalemtne ela retornou, pulando por cima dos trilhos, para junto da plataforma. Depois de colocar a camera a salvo na plataforma, ela tentou pular de volta. Era muito alto. Estiquei a mao para ela, ela pegou e puxei com toda a forca, mas ela conseguiu subir so' ate' a altura da barriga. Enquanto isso, o homem, parado a dois metros de distancia, so' assistindo. Filho da puta! S'o quando gritei para ele "Help us!" e' que ele correu, pegou a outra mao da menina e juntos puxamos ela de volta para a seguranca da plataforma. A idiota nem agradeceu. So' estava preocupada em saber se a camera estava funcionando ou nao. O homem nao disse uma palavra durante toda a cena. Sera' que toda a humanidade e' autista desse jeito?!
Depois disso, demorou para eu me acalmar, mas quando cheguei na loja EfstonScience, esqueci totalmente o passado. Vaguei algum tempo entre tabelas periodicas, material de laboratorio, partes do corpo humano, atlas celestes, colecoes de minerais ate' tomar coragem e chegar ao ponto: a vitrine de binoculos. Comprei o binoculo mais caro de toda a minha vida. De quebra comprei um bem barato (nao, nao vou trabalhar em Sapopemba ou Itaqua' com um binoculo de 400 dolares no pescoco!). Voltei pra casa leve e feliz com a compra.
Antes de chegar, desci em Dundas e Yonge pra fucar num dos melhores sebos de T.O. e na livraria ao lado, minha ja' conhecida The Biggest Bookstore in the World. De fato, depois de ter visitado varias livrarias em NY, nao tenho duvidas: e' um dos melhores lugares para comprar livros de vampiros (talvez superado apenas pela Bakka, aqui mesmo em T.O.). Mesmo na famosa Forbidden Planet, em NY, nao achei tantos livros quanto na Biggest.
No resto da tarde, fiquei um pouco em casa, fui a' blbilioteca publica tentar trabalhar um pouco e depois bati perna pela vizinhanca, fingindo ser uma Torontoniana de longa data. Adoro esta cidade!

beijos, queijos e cuidem-se
Martha Argel

terça-feira, 16 de maio de 2006

Nossa, tem um monte de coisas pra contar! O mau tempo intermitente nao tem atrapalhado muito esta minha nova experiencia canadense. Faz um pouco mais de frio do que eu esperava, mas e' estranho como uma temperatura de 13 graus pode ser insuportavel em Sao Paulo e perfeitamente confortavel aqui. As vezes saio sem maiores preocupacoes, um casaco sobre a camiseta, e sinto um leve incomodo com o vento frio, que me faz fechar o ziper ate' o pescoco. Entao fico sabendo que faz 13, 15 graus. Se fosse em Sao Paulo, provavelmente estaria neurotica com mil camadas, cachecois, botas e os malditos pes gelados.
Bem, segue-se um relatorio sucinto do que foram os ultimos dias. Tres partes principais: APP, PP, PPP.
- Antes de Point Pelee: passei um bom tempo com a Clau e vaguei meio a esmo por downtown, matando as saudades e fazendo algumas compras. Nada muito especial, exceto para mim. Engracado, parecia que eu nunca tinha ido embora, que simplesmente estava retomando uma rotina familiar e conhecida. Caminhando pelas ruas, voltei a entrar no ritmo da cidade: esperar o sinal para cruzar a rua, mesmo que nao haja carro algum a vista, sentar um instante numa praca para ler, pedir desculpas e agradecer pequenas gentilezas 330 vezes por minuto. Os caixas das lojas sempre tem troco. As pessoas seguram as portas para voce. Sempre ha' um lugar onde sentar e observar as pessoas. Afinal, isto aqui e' o Canada'.
- Point Pelee: na sexta-feira, tomei um trem de suburbio e fui pra Mississauga. Primeira aventura: quase perdi o trem, embarquei no ultimo minuto e esqueci de validar o bilhete na maquina que tem na estacao. Claro que, cinco minutos depois da saida, um condutor que NUNCA passa passou verificando as passagens. Me deu uma bronca mas quebrou meu galho, e me orientou a validar o bilhete assim que descesse. Meus amigos Larry e Sheila me esperavam la', e zarpamos para o parque nacional de Point Pelee, extremo meridional do Canada' e paraiso dos observadores de aves, ou birders, que revoam pra la' exatamente nesta epoca do ano para observar a migracao.
Foi uma das experiencias mais bizarras. Vc ja' nota isso quando chega em Leamington e ve os cartazes "Welcome Birders". E' um dos lugares mais frequantados do mundo, mas apenas nas tres primeiras semanas de maio. Incrivel.
E uma vez no parque, a coisa e' mais maluca ainda. Um trenzinho absolutamente apinhado de birders carrega vc do estacionamento para a parte extrema do parque, uma ponta de terra que entra pelo Lago Erie adentro. Ai' vc esta' por sua propria conta, a pe' pelas trilhas, junto com centenas de birders, talvez milhares. Todos os caminhos ficam absolutamente congestionados, uma massa humana encapotada e munida de binoculos, lunetas, guias de campo, que seguramente custaram, em conjunto, varias centenas de milhares de dolares. O mais interessante e' que eu nao precisava procurar as aves, era so' ir de multidao em multidao, perguntar o que e' que tinha ali e seguir a mesma direcao de dezenas de outros binoculos. Vc nao observava aves, observava os birders, e chamei isso de "tecnica do urubu" - quando os urubus planam bem alto, eles estao de olho nos outros ao redor; assim que os outros convergem para algum ponto, eles vao atras, na esperanca de que tenham achado algo bom. A gente fazia isso la' em Pelee. Ocasionalmente usavamos outra tecnica, a "tecnica do bando misto". Vc achava alguem que conseguia achar muitas aves e grudava nele, em geral com mais outras pessoas; a ideia por tras disso e' que muitos pares de olhos acham mais aves do que um unico par.
Aquilo la' parecia, na verdade, um grande shopping center de aves!!! Muitas vezes, o problema era ter mais compradores que produtos disponiveis. Na manha do primeiro dia, quando estavamos bem na ponta, eu tinha absoluta certeza de que nao havia uma ave sequer na area que nao estivesse sendo observada. E todo mundo sabia exatamente onde estavam TODAS as aves. Vc parava qualquer um e perguntava: "onde e' que tem um red-headed woodpecker?" Ai' a pessoa te dava as indicacoes precisas: pega a trilha tal, depois da segunda ponte tem uma curva a' esquerda, ele esta na terceira arvore morta do lado norte. Vc apenas seguia as instrucoes e simplesmente parava quando encontrava uma uma nova multidao no local indicado.
O nivel de comunicacao e de troca de informacao era incrivel. Tinha gente que se comunicava por celular e por walkie-talkie pra chamar os outros ou receber as noticias dos novos avistamentos. No Centro de visitantes tinha um computador pra vc colocar suas observacoes na rede em tempo real, de forma que qq pessoa do mundo podia saber que naquele dia vc viu 22 especies de warblers (uns passarinhos pequenininhos e coloridos, que sao as grandes estrelas do evento). Tbm um enorme mapa do parque onde todas as raridades vistas nos dois ultimos dias estavam assinaladas nos locais exatos de avistamento, e uma lista gigante com todas as especies vistas ao longo do mes.
A gente tinha de ficar de ouvido atento, pegando os pedacos de conversa de outras pessoas, para saber as especies recentemente avistadas nas imediacoes de onde vc estava. Ate na fila do banheiro vc podia "capturar" boas dicas. Passando so olhos pela lista gigante, vi que tinham visto um Pacific Loon, uma especie que eu nunca tinha visto, e que nao devia estar la' porque vive muuuuito longe do Lago Erie. Comentei com uma moca que estava do meu lado, e ela disse "ah, o loon esta na praia [nao entendi], quando eu fui la' tinha mais ou menos uns cem birders olhando ele". Encontrei a Sheila no banheiro, contei pra ela e ela exclamou "fantastic! Precisamos ir la'!".
Checamos no mapa o local preciso onde a ave estava e em menos de 20 minutos la' estavamos nos, tentando ver algo no meio das aguas do lago Erie, junto com umas trinta outras pessoas. O bicho era uma manchinha laaaaaaa' longe. que so' consegui ver pq fiquei rondando as lunetas alheias como uma varejeira na carnica, ate' que alguem se apiedou e me deixou ver. Ou eu fui la' e pedi na cara dura.
Ah, foi simplesmente fan-tas-ti-co. (Teria tantas tantas tantas coisas interessantes mais pra contar, mas sinceramente quero terminar este post o mais rapido possivel, pra sair e bater perna debaixo da chuva).
- Pos-Point Pelee: na volta de nossa fantastica expedicao, Larry e Sheila me convidaram pra tomar um cha na casa deles antes de pegar meu trem pra T.O. Aproveitamos para observar mais algumas aves no maravilhoso quintal deles e o Larry me deu de presente os romances policiais que ele escreveu muitos anos atras, sob o nome de L.A. Morse. Ele chegou a ganhar um premio com um deles. Estou tentando convence-lo a voltar a escrever!
Ontem foi um dia familiar. Fiquei em casa de manha, fomos almocar os quatro, Clau, Terry, Andrew e eu. Depois fomos passear em Cherry Beach e nas Beaches, o distrito elegante 'as margens do lago Ontario. E pra finalizar, a Clau e eu fomos a uma incrivel loja de equipamentos de outdoor e fiz mais umas comprinhas basicas (ai, jesus, e eu com essas malinhas ridiculamente pequenas!). A grande aventura do dia foi receber uma robusta cagada de um pombo enquanto passeava numa praca. Tinha coco ate' dentro da orelha!

Um parenteses final: no meio de toda esta tranquilidade e da disciplinada vida canadense, o choque de ficar sabendo o inferno em que se transformou minha cidade foi terrivel. Ainda estou totalmente passada. Que merda de pais. Que merda de politicos. Que merda de governo filho-da-puta, mesquinho, incompetente, patetico, ridiculo, inutil e, acima de tudo, imprestavel. Nao estou falando de PT ou de PSDB. Estou falando de uma nacao de egoistas corruptos, em todos os niveis. Criamos nossos filhos numa cultura de falsidade, cobica, inveja, ignorancia e pouco-caso. Qual poderia ser o resultado?

ate' mais
Martha Argel

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Fui abandonada pela boa sorte climatica, e o dia amanheceu de chuva aqui em Toronto. Como eu ja' havia visto a previsao do tempo ontem, depois de por as noticias em dia com minha prima, sai' pra caminhar por downtown e matar as saudades
A viagem NY-T.O. foi bem tranquila. No trajeto entre o apartamento e o aeroporto de La Guardia atravessei uma linda ponte, enorme, que ja' tinha visto 'a distancia. Antes de cruzar o raio X da revista, tentei tirar todos os metais que tinha espalhados pelo corpo e colocar na bolsa, pra evitar aborrecimentos. Relogio, colar, chaves, moedas. Resolvi arriscar com brincos e aneis de prata. Mas nao teve jeito, esqueci do cinto e o troco apitou. Tive que voltar e tirar e passar de novo. O, saco. Mas pelo menos o cara nao resolveu me revistar, como aconteceu uma ano e meio atras, em Pittsburgh, quando a presilha de cabelo disparou o alarme. E' engracado ver, logo depois das maquinas, todo mundo praticamente se vestindo em publico!
Durante a looonga espera, por duas vezes eu e todos os outros passageiros fomos brindados por um fortissimo alarme contra incendio. Luzes brilhantes piscavam e um assobio intermitente perfurava o timpano enquanto todos se entreolhavam, tentando descobrir quem diabos estava fumando.
Embarquei sem problemas no aviao da CanJet. Nome horrivel, nao? Depois de mim, entre os ultimos passageiros, estava um grupo barulhento de velhinhas canadenses, retornando de uma visita 'a Big Apple, carregadas de sacolas e coisas decoradas com I [coracao] NY. Ultimas a entrar e chias de coisas, adivinha se tinha lugar nos porta-bagagens acima das cabecas? Nenhuma pareceu se lembrar de que vc pode levar bagagem embaixo do assento a sua frente. Ficamos uns dez minutos esperando que elas, trancando o corredor, brincassem de Tetris com seus pacotes. A coisa so' terminou quando alguns outros passageiros se dispuseram a ajuda'-las e encaixar as coisas nos poucos vazios disponiveis. Enquanto isso, uma fila de ultimos passageiros esperava pacientemente que a novela terminasse. Aposto como elas atrasaram o voo...
Mas finalmente partimos. De la' de cima eu pude ter uma ideia de como o estado de NY e' densamente ocupado. Sobrevoamos a regiao dos Finger Lakes, uma serie de lagos compridos, todos paralelos, que se formaram no caminho de geleiras ha' milhares ou milhoes de anos. Interessantissimos.
Mas a cereja do sundae foi sobrevoar Niagara Falls!!!! De cima parecem tao pequeninas. E totalmente cercadas de civilizacao, em especial do lado americano.
Engracado que fiquei emocionada ao entrar no espaco aereo canadense. E depois de cruzar o imenso Lago Ontario, me emocionei de novo vendo surgir, 'a distancia, o perfil familiar de Toronto, com a torre sobressaindo-se, inconfundivel.
E' bom estar aqui, de volta. Parece que nem fui embora.

beijos e queijos, desde as margens do lago Ontario.
Martha Argel
(tremenda coincidencia, o livro que estou lendo e' uma historia de lobisomens que se passa em Toronto e na regiao norte do estado de NY, que sobrevoei ontem)

terça-feira, 9 de maio de 2006

Mais alguma pinceladas novaiorquinas:

Olhando pela janela de meu apartamento, vi algo estranho no predio em frente. Enormes corujas pousadas nas varandas?! Quando olhei com o binoculo, vi que eram corujas de mentira, em pelo menos tres apartamentos diferentes. O pessoal coloca para espantar as pombas. Nao da' certo. Mais eficientes sao os cataventos coloridos, de papel metalizado, enfoleirados ao longo das grades das varandas.
* * *
As pessoas nao conseguem nunca adivinhar minha nacionalidade. Outro dia um cara me perguntou "quais sao as especies de falcoes que vcs tem em Barcelona?" pedi desculpas e informei que nao era espanhola. O cara: "ah, claro, claro, vc 'e israelense!". Outra coisa engracada foi entrar numa livraria, pedir um livro e entao ouvir da vendedora uma longuissima explicacao... em frances! A cara dela quando eu disse "perdao, mas eu nao entendo frances"! E quando eu ia subir no alto do Empire State, o funcionario do raio X comecou: "italiana?" nao. "francesa!" nao. "espanhola, entao." depois do terceiro nao ele desistiu.
* * *
Os esquilos nao sao os unicos mamiferos silvestres dos parques urbanos de NY. Dias atras eu estava saindo do Zoo ja' vazio e de uma so' vez vi tres especies juntas: um esquilo, um coelho e um chipmunk, um esquilinho pequeno de rabo pontudo e costas estriadas, lindo de morrer. E no Central Park eu vi um racoon no alto de uma arvore, de manha bem cedinho, tentando se acomodar numa forquilha provavelmente para passar o dia dormindo.
* * *
No sabado tive uma tremenda aventura no sistema de metro novaiorquino. Parece que nos finais de semana os metros ficam todos malucos, algumas linhas desaparecem, outras mudam de itinerario ou param em estacoes diferentes. Eu estava em Downtown, querendo subir para o Metropolitan Museum. Primeiro descobri que as estacoes onde eu planejava pegar o trem estavam fechadas, e tive que andar um monte pra achar uma aberta. Entao descobri que, das quatro linhas que eu podia usar, tres nao estavam funcionando. Peguei a unica opcao (que, com uma baldeacao me deixaria perto do Museu de Historia Natural e me forcaria a cruzar o parque inteiro, mas fazer o que...). Pelo alto falante, a condutora falou um MONTE de coisa que nao entendi a principio. Aos poucos entendi que aquele trem, normalmente um expresso, estava fazendo a linha local, e eu nao precisaria fazer a baldeacao. Beleza! Fui acompanhando pelo mapa casa estacao. Estavamos parando em todas. Na estacao anterior 'a minha, a condutora repetiu que ia parar em TODAS as estacoes ate' o final. Entao entrou no ar a voz de um homem informando que aquele trem NAO ia parar nas estacoes porque era expresso, e a condutora irritada confirmou que o trem IA parar. Ela foi tao incisiva que acreditei nela. Me ferrei. O trem nao parou. Passou direto por umas dez estacoes e so' parou na estacao onde originalmente deveria parar. Puta da vida, sai' junto com dezenas de outras pessoas, bem a tempo de ver uma das passageiras, uma negra enorme, ir decidida ate a janela da condutora e passar-lhe uma tremenda descompostura! Entramos todos no proximo trem e ai' foi uma piada so', todo mundo se perguntando o que aconteceria com aquele trem. Ate' a passageira irritada agora gargalhava. Bati um papao com ela e com duas outras senhoras, que no fim ate' me ajudaram a descer na estacao mais proxima de onde eu queria. Foi divertidissimo!
* * *
Uma coisa que me impressiona aqui, como me impressionou no Canada', e' a educacao das pessoas. Nao so' pedindo desculpas na rua, mas quando vc esta' conversando com elas. Prestam uma atencao intensa ao que voce diz, concordam entusiasmadas, agradecem efusivamente quando vc diz alguma coisa gentil, elogiam qualquer detalhe de sua aparencia. Chega a parecer ingenuidade da parte delas, mas talvez sejamos nos que tenhamos perdido o rumo da gentileza, da educacao e do respeito pelos outros.
* * *
Ontem fui comer com o John numa cantina italiana chamada Roberto`s. Segundo ele, e' um dos melhores restaurantes de NY, e so' nao esta' nos guias porque 'e no Bronx, e nao em Manhattan. Parecia uma daqueles restaurantes onde os mafiosos se encontram. A comida era, claro, deliciosa, e os garcons falavam italiano. Um deles ficou surpreso quando eu respondi na mesma lingua.
* * *
AAAAH! E eu fiz uma coisa que todos dizem que a gente JAMAIS pode fazer: andei pelo Central Park durante a noite. Estava morrendo de medo. Mas logo encontrei criancas brincando, e casais sentados em bancos. Cheguei em casa sa e salva.
* * *
Falando nisso, um pedaco de uma musica de Simon e Garfunkel nao sai de minha cabeca: "New York, looking down the Central Park, where they say you should not wander after dark".

O proximo post ja' vai ser de Toronto.
Juizo, criancas, e ate' la'!

Martha Argel

segunda-feira, 8 de maio de 2006

Booom dia, como foi o final de semana pra vcs?
Por aqui foi agitado. Comecou na sexta-feira, quando resolvi folgar. Nao tenho muito tempo, entao vou resumir:
- tomei o ferry para Staten Island, ida e volta. E' de graca e da' pra ver a estatua da Liberdade de perto! E NY 'a distancia, e' lindo;
- encontrei-me com a Sarah, amiga de meu amigo Wandir, batemos otimos papos e fomos juntas a um restaurante porto-riquenho. comi arroz com lula, acompanhado de banana frita. delicia, e muito barato!
- subi no Empire State e vi a cidade do alto; encontrei-me la em cima com alguns brasileiros que nao sao de dar orgulho aos compatriotas...
- fui fazer comprar nos brechos: tive em minhas maos Dior, Chanel, Ferragamo, tudo a um decimo (ou menos?!) do preco que as dasluzetes pagam em Sampa. Acabei comprando uma saia sem marca.
- passeei pelo Central Park, visitei o Dakota (o predio onde John Lennon morou) e estive nos Strawberry Fields.
- estive na igreja de St. Peter (acho que e' isso), que fica bem atras do WTC Site, e chorei com uma exposicao de recordacoes, fotos e mensagens referentes ao 11-9. Nunca mais vou tolerar que alguem faca piada do atentado.
- visitei (por fora) o edificio da ONU e vi a bandeira do Brasil, perdidinha num canto.
- tive uma amostra do que e' a vitalidade desta cidade: um tremendo passeio de motos (pareciam milhares de clones dos apresentadores de American Chopper!), um outro tremendo passeio de ciclistas no Central Park, um festival de cinema em TriBeCa em plena rua, um teatro ao vivo em Times Square, duas ou tres feiras de artesanato, um show na Madison Square.
- longas caminhadas em Downtown, na Broadway, no Central Park, ao longo do rio Hudson.
- todos os dias, uma ou duas horas de birdwatching no parque.
Bom, agora ja' acho que conheco um pouco desta cidade incrivel. Quando tiver mais tempo conto alguns dos episodios curiosos pelos quais passei (por exemplo, a briga entre dois funcionarios do metro pelo alto-falante).

beijos e queijos a todos
Martha Argel, em dois dias voando para Toronto.

quarta-feira, 3 de maio de 2006

Nem tudo sao flores, ou papoulas multicoloridas, na terra da liberdade.
Em minha visita a Darien, Connecticut, visitei uma praia "publica" em que vc so' entra se seu carro tiver um selinho confirmando que vc mora nas vizinhancas. Ou seja: quem e' de fora nao entra e ponto. Ah, mas e se eu deixar o carro estacionado do lado e fora e entrar a pe'? Resposta. E' proibido estacionar nas ruas de Darien, vc nao pode deixar o carro em lugar nenhum, a nao ser que seja no patio de estacionamento de algum estabelecimento comercial (e estao todos beeem longe de casas e praias). Ou seja: estranhos simplesmente nao podem parar, tem que ir em frente ate' sair da cidade. Ah, em alguns pontos (raros) vi estacionamentos na beira de rios e canais, para dois ou tres carros no maximo. Que contraste com os tremendos patios dos shopping centers, ou malls, como sao chamados aqui.
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O restaurante que mencionei no post anterior se chama Itzocan Bistro, e esta' situado na Lexington com 102th.
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O predio de meu apartamente tem um staff que parece ser composto por dezenas de pessoas. Todo dia parece ter um porteiro diferente. Todos eles correm para abrir a porta para vc, perguntam se quer taxi, carregam os pacotes e malas ate' o elevador. Vixe, vcs achavam que era so' em filme? Ah, e o predio tem um daqueles toldinhos verdes que a gente ve nos filmes.
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Quanto mais conheco da vida estadunidense (americanos somos todos nos!!!), mais percebo as diferencas abismais com o Canada'. EUA e Canada' sao dois mundos totalmente separados por uma fina linha de fronteira, amor e estranhamento.
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Sabem o que e' dificilimo achar por aqui? Um chocolate quente decente. Cafe' indecente tem em qualquer canto, mas chocolate com leite parece estar fora do cardapio ianque.
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As torneiras de agua quente e fria sao um verdadeiro pesadelo. Teve uma vez em que fui tomar banho e nao conseguia fazer com que a agua do chuveiro esquentasse. A torneira do chuveiro parecia com as nossas (nao uma daquelas em que vc vai controlando a mistura de agua quente e fria, independentemente), e so' virava para uma direcao. Entao agi como se estivesse no Brasil, e abri pouquinho pra ter agua bem quente. Nao funcionou. Por menos que eu abrisse, a agua saia gelada. Tive que pedir ajuda, e so' entao descobri que abrindo pouco, sai agua fria, mas se vc abrir MUITO ai' e' que a agua esquenta. Pra ter agua bem quente, precisava sair do chuveiro uma verdadeira cachoeira. Coisa maluca!
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Ontem teve festa em minha homenagem, num restaurante chamado Gardenia, onde o Guy Tudor e' chamado de "professor" e todos os garcons o veneram. Nao me perguntem porque, mas la', o Guy e seus amigos (nos) podemos tudo, menos ficar ate' depois das 22:30. Fomos praticamente expulsos. Mas foi divertido. Varios artistas-naturalistas, alguns colegas de trabalho e um que outro apaixonado pelas aves. O unico problema foi ter sentado ao lado do Guy, que fuma como uma chamine'. Ele, claro, saia para fumar la fora, mas voltava fedendo a cigarro, e isso atacou terrivelmente minha rinite, de forma que eu nao podia respirar, pensar ou coordenar uma frase decente em ingles... Mas foi divertido!
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Tambem ontem, mas de manha, vindo para o Zoo, vi uma tremenda coluna de fumaca a sul. Hoje vi nos jornais: um incendio gigantesco, a maior movimentacao de bombeiros desde o 11-9.

beijos e queijos
Martha Argel

terça-feira, 2 de maio de 2006

Ontem no Central Park: o sol baixo no horizonte, nos fones de ouvido uma musica inspiradora, a meu redor papoulas multicoloridas e as arvores todas verdes de primavera. e eu trabalhando em um de meus proximos livros.
nao e' o sonho de qualquer escritor?!
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O desperdicio nesta terra e' assustador. abundancia e' a palavra de ordem, quer vc precise dela ou nao.
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Voltando ao tema Central Park: que luxo ter um lugar assim em pleno centro! Centenas de ciclistas podem pedalar antes de ir para o trabalho. Ou vc pode observar aves, fazer jogging ou meditar antes do expediente. Ou quem sabe andar a cavalo! E, espanto!, e' permitido pescar nos lagos do parque.
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Mais Central Park: tem horas em que calha de ter mais observadores que aves, e' muito engracado. Parece que o grosso da migracao ainda nao aconteceu, e os birdwatchers estao inquietos, ansiosos. Vc ve alguem olhando com binoculos e ja' comeca a achar "opa, ele encontrou algo bom!", ai' gruda no cara e tbm comeca a procurar. Dai a pouco tem uns quatro, cinco. O pior e' que as vezes nem e' nada que vale a pena... Pura perda de tempo!
* * *
E mais birdwatching: outro dia, numa dessas aglomeracoes de observadores, comentei que na arvore a meu lado havia uma bolota de pasta de amendoim, e que tinha visto uma mulher colocando a meleca nas arvores. Um dos birdwatchers disse "ah, quem e' a Rebecca, ela faz isso faz tempo".
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Ontem fui jantar com o Guilherme, e acabamos num bistro que e' uma mistura de comida mexicana com cozinha francesa, na Lexington com 103 (mais ou menos). Tava muito bom! Comi algo com frutos do mar, bem apimentado, e tomei um chardonnay chileno. Depois o Gui e eu ficamos batendo papo sentados num banco ao longo do muro do Central Park, em frente de "casa", ate' altas horas.
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Quando me encontrei com o Gui, ele comentou "vc esta' parecendo uma novaiorquina!". Eu estava com minha saia "nova", comprada num brecho'. Estou apaixonada por ela!
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Eu ja' disse que tem mais fotos no multiply?
http://marthaargel.multiply.com
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Andando pela rua, outro dia, me espantei com o tremendo espirro de uma mulher no meio da multidao. Dai' a pouco, outro espirro, de outra mulher. As ambas estavam com os olhos e o nariz vermelho, e apartavam lencos de papeis entre os dedos, como se fosem tesouros. Primavera aqui e' a grande temporada de alergias. Uma das mais comuns e' a alergia a polen. Alergia e', nesta epoca, um dos assuntos prediletos dos novaiorquinos.

Beijos e queijos a todos, deixa eu voltar pro trabalho!
Martha Argel

segunda-feira, 1 de maio de 2006

Ola' todos, ca' estou eu de volta 'a correria de NY.
No sabado, depois de observar aves durante toda a manha em Darien, Connecticut, Jean e Don me levaram para passear. Voltamos ao estado de New York e, no meio de uma paisagem incrivelmente verde, rebrotando com a chegada de primavera, atravessamos o rio Hudson por uma ponte belissima. Depois de passarmos por uma reserva natural - onde encontramos um grupo de train watchers!!! - subimos a Bear Mountain. de la' de cima a paisagem era incrivelmente ampla, e dava pra ver ate' a cidade de NY, pequenininha no horizonte, a mais de 70 km de distancia.
De tarde, Kat (que trabalha comigo), seu namorado Ethan e seu amigo Phillip passaram para me dar carona de volta para NY. Depois de uma rapida escala em casa, Kat, Ethan e eu fomos a uma festa. Um amigo dela estava lancando um documentario sobre o telescopio Hubble, e estava comemorando a ocasiao. Foi divertido. No comeco estavamos sem jeito, porque a Kat so conhecia o dono da festa (e centro das atencoes) e eu so conhecia ela e o Ethan. Decidi que ia conversar com estranhos e acabei conhecendo um monte de gente. O mais divertido foi descobrir que ninguem ali parecia conhecer mais do que uma ou duas pessoas, e ficavam felizes em conversar com alguem diferente!
Ontem, domingo, fui observar aves com o John e o Mikel no Central Park, e de tarde sai pra bater perna pela cidade. Fui a uma thrift store (loja de roupa usada), atravessei um Central Park apinhado de gente, visitei um mercado de pulgas e acabei comendo um cheesecake maravilhoso no Zabars - recomendo!!!
Depois, com tempo, conto algumas das coisas curiosas que vi.

beijos e cheeses!!!
Martha Argel

sábado, 29 de abril de 2006

Oi, todos.
Morrendo de pressa porque voi sair para observar aves com minha amiga Jean. Estou num lugar chamado Darien, em Connecticut, e vcs nao imaginam como isso aqui 'e lindo. Mais cenario de filme, A casa da jean fica, claro, no meio das arvores, nem parece uma area residencial, parace um parque! Catorze especies de aves no comedouro enquanto tomavamos cafe da manha, e os esquilos e deers (veados) passeado pelo quintal enquanto ela praguejava, pois eles sao pestes!!! Ha' coelhos tbm, maas esses nao sao pragas.
Nos dois ultimos dias participei de um simposio sobre conservacao e biodiversidade no Museu Americano de Historia Natural. Foi fantastico, conheci um monte de pesquisadores, nao apenas americanos, mas brasileiros, colombianos, argentinos, portugueses... Maravilhoso. E conheci o museu tbm.

desculpem ser rapida. as aves e a jean me esperam!!!

beijos e queijos,
Martha Argel

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Rapidinho!
Tenho ido todas as manhas ao Central Park observar aves.
Outro dia, um homem bem velhinho me parou:
"Ha' quanto tempo esta' observando aves?"
"O senhor quer saber, desde que horas estou aqui hoje?"
"Nao, ha' quanto tempo vc observa?
"Desde sempre. Desde que era crianca."
"E posso lhe perguntar por que observa?"
"Porque as aves sao lindas. Por causa da liberdade delas."
"Eu estive na cadeia. Enquanto estive la', sem liberdade, eu costumava olhar para elas. Elas voavam, e eu voava junto com elas. Agora estou livre, e venho dar comida para elas todos os dias. Ha' cartazes proibindo, mas eu as alimento mesmo assim".
Achei tocante.

***
E ontem, voltando do Zoo, parei para olhar o lago. Havia um soco'-dorminhoco pousado 'a beira d' agua. Um casal por perto me perguntou qual o nome daquela ave. Sera' que na minha testa esta' escrito especialista em aves? :-)

***
Faz sol la' fora. Ainda nao sai' para passear, a nao ser as sessoes de birdwatching de manha. Hoje vi as primeiras Northern Rough-winged Swallows do ano, sobrevoando o lago. Ontem nao estavam la'. A migracao aqui e' TAO evidente! A grande onda esta' comecando. Amanha devemos ter novidades.

***
Converso com estranhos todos os dias. Birdwatchers que querem saber se vi algo bom ou que querem informar novidades. Pessoas passeando no parque. Donos de cachorros - com esses, ha' uma tecnica infalivel: vc sorri para o cachorro, e o dono sorri para vc e diz bom dia. Pa-pum. Tiro e queda.

**
Acabo de ter uma reuniao com Robert Ridgely e Guy Tudor, dois Deuses da ornitologia neotropical. Caramba. Ainda nao me recuperei. Nunca na vida pensei que estaria discutindo coisas tao importante com eses dois!

***
Algumas fotos ja' estao no ar: http://marthaargel.multiply.com . Tambem tem novidade no orkut (tanto no meu album como no do Pinguim Viajante).

***
Vou estar fora do ar por uns dias. Amanha e depois participo de um congresso no Museu de Historia Natural. Entao vou para New Haven com uma amiga.

Se tiver tempo, segunda feira estou de volta.
Beijos e queijos!

Martha Argel

segunda-feira, 24 de abril de 2006

Bom dia!
Parece que faz um mes que sai' de Sampa.
Resumindo: cheguei aqui em Nova York na quinta-feira e instalei-me em um confortavel apartamento na 5a. Avenida, bem de frente para o Central Park, que posso ver da janela de meu quarto. A primeira coisa que fiz foi quebrar em mil pedacinhos um mimoso passarinho de vidro que decorava o banheiro. A cama parece daquelas camas de filme, alta, com dossel (!!!), um edredom fofissimo e milhoes de travesseiros. Em seguida, uma serie de reunioes no Zoo do Bronx e pra terminar o dia um jantar de salada e frango frio com o John.
O dia seguinte comecou com uma sessao de birdwatching no Central Park, com John e Kat, uma nova parceira de trabalho, e durante o dia tentei trabalhar, sem muito sucesso. 'A noite, saimos para Rhode Island - conheci os estados de Connecticut e Massachussets, e tivemos um jantar espetacular em Providence, antes de chegar a Little Compton, no coutryside de Rhode Island.
Tudo la' era inacreditavelmente lindo!!!! Parecia um filme de fantasia - e o tempo todo me vinha 'a cabeca "Cronicas de Narnia", que vi durante o voo (3 vezes!!!). A casa de madeira, meu quarto no sotao, o cangamba que saiu rebolando sob a luz dos farois, o frio de quase zero graus.
De manha, o cheiro do cafe', me tirou de debaixo da pilha de cobertores aconchegantes. Quando olhei por minha janela de conto-de-fada... uau!!!! Tudo era tao bucolico, tao poetico que nao da para descrever. As arvores ainda nuas, os gramados aparados, os muros de pedra, as grandes casas antigas de madeira, tudo era perfeito. De novo a sensacao de estar num filme. Enquanto John, Mikel e Adeline trabalhavam no belissimo jardim que ha' anos estao construindo, sai' para observar aves e cheguei 'a costa marinha, a cerca de 1 km da casa. Tudo tao lindo que ate' doia...
Mais tarde me levaram para conhecer outros lugares nos arredores, e depois ajudei a resgatar plantas e musgos da area a ser trabalhada no dia seguinte.
O domingo amanheceu feio, mas ainda assim passei a manha andando pelos caminhos dos arredores. De tarde, choveu, e ajudei um pouco a recolocar o musgo no bosque recem-plantado de blueberries. Viemos embora no fim da tarde, e uma ultima surpresa me esperava: tres cervos nos fundos do quintal, me olhando desconfiados quando sai correndo na chuva para ve-los atraves dos binoculos. Maravilhoso!
A experiencia de ter ido para essa regiao, chamada de Nova Inglaterra, foi muito, muito especial. Num determinado momento, cheguei a ficar deprimida com tanta tranquilidade, tanta beleza, tanta poesia. Todo mundo deveria ter direito a desfrutar de tudo isso. Nao, nao estou vituperando contra os "malditos ianques sanguessugas". So' estou me perguntando que merda historica aconteceu com nosso pais, nossa gente, nossa sociedade, para vivermos na merda economico-politico-social em que vivemos. Mereceriamos que nosso passado tivesse chegado numa situacao muito melhor do que a que temos que suportar agora.
Hoje de manha: acordei num frio mais suportavel que o de RI, sai' para observar aves e agora estrou trabalhando novamente no Zoo. Se tiver tempo, mais tarde conto uma conversa incrivel que tive no Central Park enquanto procurava passarinhos.

beijos e queijos
Martha Argel

terça-feira, 18 de abril de 2006

Boa noite.
Último post antes da viagem, só pra dizer tchau. Amanhã de noite embarco rumo a New York, New York. Não vou negar que estou nervosa, afinal é a primeira vez que vou passar tanto tempo em um país cuja língua não domino perfeitamente, e sem ter outro brasileiro por perto.
Mas tá valendo, tudo é aventura. Devo ficar uns dias fora do ar - nem bem chego lá, saio para um final de semana na Nova Inglaterra. Na volta conto como é.

Beijos e queijos. Façam coisas interessantes e vivam a vida.
Martha Argel

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Caramba, já faz uma semana que postei pela última vez?! Onde é que o tempo vai parar?
Contagem regressiva chegando ao final: faltam 8 dias pra ir pra NY.
Ando morrendo de vontade de escrever algum conto de vampiros, mas os preparativos pra viagem (sem falar na ansiedade!) não deixam tempo. Quem sabe enquanto eu estiver lá consigo fazer algo. Tenho até uma idéia já rabiscada, uma historinha que bolei da outra vez que estive na Grande Maçã.
Fora isso, que coisa, estou sem assunto!
Alguém aí já foi assistir Irma Vap?

beijos e boa noite!
Martha Argel

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Bom dia, bom começo de semana!

Tive um domingo tão fora do comum que em algumas horas achava que era um delírio. De repente lá estava eu, sendo apresentada por um locutor como jurada de um concurso de modelos (!), juntamente com José "Zé do Caixão" Mojica Marins, Liz Vamp, sua irmã Merisol e meu vamp-amigo Kizzy Ysatis. Como se julga um concurso desses? Eu não tinha a mínima idéia. Aprendi na hora, e foi bem mais divertido do que imaginei. Mas meu momento celebridade foi apenas parte de uma louca aventura com a Liz e o Kizzy, que se estendeu do início da tarde até a madrugada afora, recheada de figuras bizarras. Vimos Elvis Presley, que não morreu, está vivo, vestido de branco e cantando no centro de São Paulo. Fomos transportados por um taxista que afirma ter orgasmos múltiplos (!) e por outro que viu uma menina-fantasma na Régis Bittencourt. E ainda fomos levados pela empresária da noite e socialite Lilian Gonçalves em um tour por seus domínios gastronômicos.
Depois de um break de fofocas, vinho barato e muitas risadas, nos abalamos até o bom e velho Salamandra, que voltou a ter domingueiras góticas, agora batizadas de O.Culto. Vale a pena! O lugar como sempre é lindo, e o evento aos poucos vai tomando forma. Nessa sua segunda edição, estava quase tão cheio quanto o finado RIP do Carcasse. Nos encontramos lá com o Fernando Erlantz, a Michelle, a Giulia Moon, o Roberto, a Amanda e mais um monte de conhecidos. Bati papo com os organizadores e eles estão bem empolgados. Fotos no site do Fernando, http://visuh.net/ .
No total, um dos domingos mais malucos que já passei. O duro agora é voltar ao batente, mas não tem jeito, né?

Beijos a todos, curtam as temperaturas amenas que finalmente se instalaram na cidade.
Martha Argel

sábado, 1 de abril de 2006

Sábado de sol. Depois de uma rápida sessão de compras, parece que estou mais perto de viajar. Na mala se acumulam aquelas bizarras encomendas que expatriados saudosos costumam fazer. Vai ser um barato ver a cara de minha prima ao ver o monte de coisas que estou levando.
Tive de adiar a viagem por uns dias, e só embarco dia 19. Estou numa ansiedade só, ficar em NY por três semanas é algo que jamais teria me passado pela cabeça, ainda mais trabalhando com livros!
Putz, desta vez vai, vou visitar o Bronx Zoo decentemente e conhecer o Museu de História Natural!!!
E enquanto a contagem regressiva corre, tem um moooonte de coisas para deixar pronta.
Hoje a Mônica Beta, consultora para assuntos fisiológicos, vem aqui, para verificar a plausibilidade de mais uma de minhas histórias de vampiros. Afinal, não é porque a carreira de doutora em ecologia vai de vento em popa que vou esquecer os filhos das trevas! Posso estar afastada deles, mas não é por isso que vou deixá-los de lado!

beijos, e bom outono para vocês!
Martha Argel
(P.S. atualizei os links na coluna aí da direita. Desorde é um blog em galego, de meu amigo Xabier, que se tudo der certo vou rever ainda neste ano)

quinta-feira, 30 de março de 2006

Outro dia, durante minha caminhada, descobri a diferença entre um cão gordo e um gato gordo: o cachorro gordo fica largado no chão dentro de casa, o gato gordo pode ficar largado no chão do lado de fora. No mais, são iguais. O lance é ficar largado no chão. Atitude.
Hoje fui ao banco acompanhada do meu Thor. Um monte de gente mexeu com ele. Teve que olhasse pra ele e saísse rindo. Rindo do MEU cão? Só porque ele é ridiculamente pequeno? Mas ele tem um tremendo fã-clube. Todo mundo quer passar a mão nele. É um fofo, meu pitpulga. Puldog. Minimini-dobermann. Ou, como diz a Giulia, meu petit-bull.
Sabem aquela tempestade impressionante que caiu duas noites atrás? Pois o petit-bull, aterrorizado com a trilha sonora de trovões, foi parar em terra incognita. Acabou vindo dormir na minha cama. O bicho se sentiu feliz. Quando levantei ele estava profundamente adormecido de barriga para cima, e nem se mexeu, continuou lá, no paraíso de cobertores quentinhos. De tonto não tem nada, né?

beijos, queijos e muitos cachorrinhos fofos na vida de vocês!
Martha Argel

quinta-feira, 23 de março de 2006

Ontem aconteceu algo muito simples, mas que me deixou tão feliz que até agora estou me sentindo bem. Ouvi um caminhão manobrando na frente de casa e fui ver o que era. A vizinha estava doando uns móveis para as Casas André Luiz. Fui falar com os rapazes e acabei conseguindo me livrar de um microondas e de dois monitores, além de um monte de periféricos que eu não usava mais. Eles levaram tudo muito felizes, porque têm uso pra todas essas coisas. Há meses elas estavam me incomodando aqui, porque eu não usava e elas estavam sempre na minha frente.
Aproveitei o embalo, dei uma geral na casa e me livrei de um monte de coisas, de papéis velhos às recordações de uma fase de minha vida que terminou há muito. Como é bom a gente se desfazer das ruínas do passado! Se desse pra fazer o mesmo com as pessoas desagradáveis e fominhas que aparecem na nossa vida, espreitando de longe, roendo-se de inveja crentes de que ninguém percebe...
Contagem regressiva: três semanas exatas para minha viagem a Nova York. Se interessa saber, vou trabalhar nos livros.

beijos, sejam felizes
Martha Argel

segunda-feira, 20 de março de 2006

Bom dia!
Ontem teve o Dia do Fã, patrocinado pela revista SciFi News. Desta vez, o evento foi na Estação Ciência. (Pra mim, já foi emocionante voltar àquele lugar, que literalmente vi nascer, quase vinte anos atrás. Eu fazia parte da equipe que montou o museu, e estive lá pela primeira vez antes de começarem as reformas do prédio)
Estiveram no evento cerca de 700 pessoas. Entre os expositores havia fãs de Harry Potter (Hogfriends), de Tolkien (Conselho Branco), do Batman, dos Transformers, de Star Trek, de roupas medievais. Também tinha Jedis por todo canto. Além dos estandes, houve contação de histórias pelo pessoal do Conselho Branco, palestras e o tradicional concurso de fantasias.
Eu fui junto com a Giulia Moon, o Fernando Erlantz e meu sobrinho Fernando, que fez um tremendo sucesso como Harry Potter. Todo mundo queria tirar fotos com ele. As criancinhas o olhavam com espanto, "Olha, mamãe, é o Harry Potter de verdade!"
A Giu e eu montamos um estande sobre nossos livros, e distribuímos nosso fanzine Ficzine para quem passou por lá pra bater um papinho conosco. Encontramos vários leitores e reencontramos amigos, entre eles o Paulo, a Silvia, a Lu e o Renato, da SciFi, a quem agradecemos muitíssimo o convite. Também encontramos nossa amiga Rosana Rios, uma conhecida e exímia autora de livros infanto-juvenis, que acaba de lançar novos títulos na Bienal do Livro de São Paulo.
E o concurso de fantasias foi o máximo! O pessoal caprichou mesmo. Mas na hora em que apareceu o Darth Vader não teve pra mais ninguém. Todo mundo sabia que o vencedor havia chegado!
Tem fotos do evento em meu site http://marthaargel.multiply.com. Não estranhem se a maioria das fotos é do Harry Fernando Potter. Ele estava o máximo!!!

boa semana a todos!
Martha Argel

terça-feira, 14 de março de 2006

Boa tarde, ando enrolando pra não trabalhar. Já entrei no orkut, baixei os e-mails, fui olhar as estatísticas do blog. Eu tinha era que estar terminando um estudo ambiental que quase nem comecei...
Desde o dia do chat estou tentando assimilar uma informação que me passaram no estande da Escrituras. O livro Maravilhas do Brasil: Aves esgotou a primeira tiragem. Já fizeram uma segunda. Foram dez mil exemplares vendidos em pouco menos de um ano. É esquisito pensar que um livro meu vendeu tanto, tão rápido.
Isso prova o tamanho do mercado consumidor para obras sobre as aves brasileiras. Tomara que livros como esse façam uma diferença na proteção à biodiversidade de nosso país.
Aiai, deixa eu voltar pras minhas listas de aves.

cuidem-se
Martha Argel

domingo, 12 de março de 2006

Oi, todos, estou exausta, depois de um final de semana de intenso trabalho de campo. Como sempre, volto deprimida ao ver o mal que a proximidade com a miséria causa à mata atlântica vizinha de São Paulo. Volto desses trabalhos querendo mandar todos os políticos e administradores públicos À PUTA QUE OS PARIU. Somente os mais abjetos dos seres podem tratar com semelhante descaso tanto a natureza quanto as pessoas de cujo bem-estar deveriam estar cuidando. Vocês que vivem no Brasil de primeiro mundo sabem de fato como é o Brasil de terceiro mundo, onde famílias inteiras vão, num dia ensolarado, até a beira de um rio para ver o cadáver de um afogado, e voltam pra casa sorridentes, felizes e satisfeitas com o programa diferente?
Bom, eu tava tão feliz por ter participado do chat na Bienal e por todas as pessoas interessantes que conheci ou reencontrei na feira, algo tinha que estragar, né? Aiai, bem que mais livros sobre as maravilhas do Brasil podiam trazer mais felicidade, alegria e beleza à vidas das pessoas que realmente precisam delas...

Tenham uma boa semana, aproveitem para fazer algo de bom pelos outros.
Martha Argel

quinta-feira, 9 de março de 2006

Boa noite!
Acabo de voltar do primeiro dia da 19a. Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Bem legal. O Anhembi, se não fosse um verdadeira sauna, seria perfeito. E chorando a gente consegue bons descontos. Comprei dpis livros ótimos pra quem, como eu, curte a cena gótico-vampírica: Goth Chic, de Gavin Badddeley (Rocco), muito legal, e História dos Vampiros, de Claude Lecouteux (UNESP), mas descobri que já tinha o original deste último, em francês.
E tive a chance de testemunhar uma cena que seria ultrajante se não fosse absolutamente hilariante. Durante uma mesa-redonda sobre internet e a literatura, um dos debatedores já começa dizendo que não perdia nada estando fora da internet porque "não há filtro qualitativo". Basicamente sua tese é que não vale a pena procurar literatura na internet porque quem é bom não a usa. Tá. Intelectual melhor que o resto da humanidade. Já fiquei com birra. Aí então ele me vem com esta: "Os grandes escritores não estão na internet. Há sites com o nome de Drummond, Bandeira, mas eles... bom, claro, estão mortos".
Dá pra levar a sério?! O pior é que era um sujeito que eu gostava. Ele apresentou um programa de literatura na tevê durente muito tempo, e ele parecia bem simpático. Mas depois de ouvir a opinião firme dele... tudo bem, passo.
E mais tarde, eu andava pelos corredores quando en passant pego um fragmento de diálogo: "Tô mediando aquelas merdas lá...". Olhei rápido. Era o mediador damesa redonda que eu tinha assistido!
A vida não é uma delícia?

beijos e queijos
Martha Argel
PS. FUJAM da Bienal no final de semana, a não ser que seja de noite. Hoje estava um INFERNO. Aquilo lá não tem ventilação. Se estava assim hoje, que não tinha ninguém, imagina quando estiver saindo gente pelo ladrão. Não vai ter ar lá dentro!!!

quarta-feira, 8 de março de 2006

Olá, amigos!

Convido vocês a participarem de um bate-papo comigo, sobre o livro Maravilhas do Brasil: Aves, que traz textos meus e fotos de Fábio Colombini. A obra, que mostra toda a beleza e o colorido de nossas aves, busca fascinar o leitor através de imagens belíssimas e informações interessantes e cientificamente corretas, de forma a estimular o interesse pela avifauna brasileira e sua conservação.
O bate-papo, que faz parte da programação da 19a. Bienal Internacional do Livro de São Paulo, entra no ar na sexta-feira, dia 10 de março, às 15:00, e terá a duração de meia hora. O acesso se dá através da página www.bienaldolivrosp.com.br (clique no banner de Bate-papo, ele está bem no centro do menu do alto). Para participar, é só entrar na sala de chat dentro do horário programado.
Será uma chance de conversarmos não apenas sobre o livro, mas também sobre a importância das obras de divulgação para a conservação da biodiversidade de nosso país, uma das mais espetaculares do mundo.

Abraços, espero vocês nesse evento virtual!

Martha Argel

sexta-feira, 3 de março de 2006

As pessoas entram aqui procurando as coisas mais esquisitas. A última visita foi de alguém procurando no Google por "Pinscher tricolor". Fazendo a busca assim, com aspas, o único resultado que aparece é este blog. Isso não é surpresa, pois... PINSCHER TRICOLOR NÃO EXISTE! Só na cabeça de quem vê meu fofíssimo srd, o Thor, e cisma que ele tem que ser de raça. Não é. Legítimo mestiço. Tem sangue de pischer, de terrier brasileiro e de sabe deus mais o quê, mas é vira-latas de carteirinha!
Hoje dei uma voltinha por duas lojas bacanas, Siberian e Zara. Zara dez a zero. Babei por umas saias, caaaaaras... Mas mesmo tendo visto algumas coisas bem bonitas, pergunto-me: onde estão todas aquelas peças fantásticas que a Trinny e a Susannah ("Esquadrão da moda", ou "What not to wear") encontram na Zara em Londres? Parece que até as grandes cadeias internacionais de lojas se rendem à pobreza e mediocridade do dia-a-dia brasileiro...
Bom, de volta à incrivelmente difícil arquitetura do próximo romance. Tá de matar.

beijossss
Martha Argel

terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

booooom dia.
Cá estou, ainda surda e fedendo a cigarro. Dois dos efeitos colaterais desagradáveis das baladas. Se não fosse por eles acho que eu sairia mais.
Ontem teve balada no novo Rose Bom Bom. Gostei do lugar, os banheiros são limpos. Os DJ's têm bom gosto. Não era balada gótica, mas paciência.
E vi (mais uma vez) o show do Violeta de Outono. Desta vez na fila do gargarejo. Depois de tantos anos conheci o Fabio Golfetti pessoalmente e ganhei seu autógrafo. Foi bacana.
Carnaval? Fora o cara que encheu o Fernando Erlantz e eu de confete, zero. Assim eu gosto.
Durante a tarde, algo curioso me aconteceu: me ligaram da tevê Cultura, para uma matéria sobre... Aves urbanas? Nããããão. Gripe aviária? Nããããão. Livro de aves? Nãããão. Furto de nove cisnes do Ibirapuera? SIIIIIIM! Coisa mais maluca! Perguntei pro repórter se eu estava na lista dos suspeitos e ele ainda ficou pensando. E eu sei lá de cisne? Com esse lance de H5N1 eu quero mais é distância de cisnes, gansos e marrecos, sem falar de galinhas e peruas.

beijos
Martha Argel

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

Nos últimos dias virei visitadora assídua do orkut da Katilce, que, pra quem não sabe, é aquela moça que o Bono Vox puxou para cima do palco no primeiro dia de show do U2. Pois bem, ela tinha perfil no orkut, e quando o pessoal descobriu começou a inundá-lo de recados. Já está em mais de 2,5 milhões de recados! A coisa funciona assim: você entra e coloca qualquer besteira do tipo "a katilce engravidou do Bono", "vendo fusca 68 sem uso" ou, mais comumente, "me manda scrap" ou "me adiciona" ou variações sobre o mesmo tema. O mais divertido são os recados do tipo
"fulano gosta de ser chamado de caranguejo perneta, coloquem isso no orkut dele" ou "diz pra fulana tomar banho" ou coisas beeeeem mais pesadas, e aí segue-se o link para o perfil do elemento. Se vc clicar no perfil, vai ver que um monte de gente que ele nem imagina quem seja chamou ele de caranguejo perneta, mandou ela tomar banho e daí pra baixo. Imaginem o susto! (assim, se você começar a receber um monte de scraps estranhos de repente, é que alguém está zoando com você no orkut da Katilce, ops, k2c). Alguns dias atrás, no auge da brincadeira, a k2c recebia 200 scraps por segundo! Bom, vc postava seu scrap e quando a página atualizava, ela já não aparecia porque 200 pessoas fizeram isso ao mesmo tempo, e ele provavelmente já estava umas 20 páginas para trás... Assim, o tempo que cada scrap ficava visível era ínfimo. Pra contornar esse problema, o truque é colocar muuuuuitas vezes o mesmo recado. E dá-lhe recado!!!
Eu postei um monte lá, e um monte de gente me adicionou. É divertido, uma bobagem e uma perda de tempo, mas garanto que vicia!
No meio tempo, continuo trabalhando no próximo romance e comprei as passagens pra próxima viagem. NY em abril, eeeeeeh!!!

beijos
Martha Argel

domingo, 19 de fevereiro de 2006

E o calor está voltando, é?
Ontem fui ao aeroporto de Cumbica buscar minha prima-e-quase-xará Maria Argel. Nossa, mais de uma hora pra ela passar pelos trâmites burocráticos! E me disseram que pode demorar até duas horas. Congestionamento de passageiros, principalmente se forem estrangeiros!
Minha prima é demais, super-simpática e inteligente (hum, acho que eu falo o mesmo de todas - e tenho dúzias de primas!).
Hoje a Mônica Beta vem me visitar, e vamos comemorar meu retorno (temporário) à vida de escritora. Retomei o terceiro romance, e preciso trabalhar o máximo possível nos próximos dois meses, antes de viajar de novo.
E ao que tudo indica, vou ter lançamento logo, logo. Ueba! Depois eu conto. Foi surpresa até pra mim. :-)

Bom domingo.
Martha Argel
P.S. Não vou ao show, mas estou sonhando com o U2. Algum dia, algum dia...

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

Oi, gente!
Dias atrás rolou um barraco na minha lista OrnitoBr, a maior lista de ornitologia da América Latina (talvez uma das maiores do mundo).
Temos entre nós um sociopata que volta e meia aparece com uma nova identidade e tumultua o ambiente. Meses atrás ele clonou a identidade de uma associada, provavelmente com finalidades ilícitas. Ele tem uma obsessão por fotos de aves em alta resolução, e vive pedindo pros outros mandarem arquivos. Não sei se tem algum objetivo concreto e ilegal ou se é apenas um fetichezinho de cientista wannabe.
Ele se acha muito inteligente, mas como não tem forma de se destacar por seu mérito, em desespero de causa tenta aparecer insultando as pessoas. É a prova de que ego e mediocridade juntos são uma merda.
Pois bem, desta vez seu alvo fui eu. Me insultou em público e em pvt, acabou expulso da lista e agora deve estar se remoendo de raiva com alguma identidade falsa que não ousa expor para não ser novamente espirrado de lá.
Ele bem que tentou, mas não conseguiu convencer as pessoas de que sou boba, tonta e malvada. Recebi montes de pvts como este:

Estou escrevendo em apoio a você e dizer que achei uma estupidez sem tamanho daquele cidadão para com você. Mas não se preocupe que quem conhece seu trabalho sabe das sandices que foram escritas. Apoio totalmente a exclusão dele da ornitobr e de qualquer pessoa que não tenha o menor respeito e compostura para se colocar em sociedade!!

É bom saber que, por mais idiota que às vezes a gente se sinta, tentando desenvolver um trabalho consistente e de qualidade, as pessoas sabem reconhecer a seriedade e rechaçar os picaretas. Este país tem jeito!

Martha Argel
PS. O mesmo vale para a literatura...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Ontem fui à exposição Dinos na Oca, junto com meus amigos Valéria e Claudio, e adorei. Só a companhia deles já teria valido a pena, pois são duas das pessoas mais brilhantes que conheço, e há anos não nos víamos. Isso à parte, a exposição está ótima, é maravilhoso poder ver tantos esqueletos e-nor-mes montados. Pra melhorar, um dos monitores do evento tinha sido aluno do Claudio, e nos acompanhou por boa parte do piso térreo, o melhor, onde estão montados os dinossauros maiores. As discussões sobre morfologia, comportamento, anatomia, filogenia foram ótimas. Nos andares superiores há coisas fascinantes, como os crocodilos e um réptil mamaliforme estranhíssimo. E, claro, as aves fósseis!
Valéria e eu escolhemos como peça preferida um pterossauro com uma imensa crista óssea no alto da cabeça e perninhas ridiculamente pequenas. Um bicho bizarríssimo!
O que não gostamos: aquele túnel do tempo da entrada é horrível. A arte é ruim, o leiaute é ruim, as informações são ruins, a linguagem é péssima. Cheio de erros conceituais. Deviam processar quem gastou uma fortuna pra fazer aquilo. Outra grande infelicidade são as telas de vídeo que fazem as vezes de letreiros. São cheias de botões que pedem por favor para você apertá-los, mas que NÃO devem ser apertados. Passam numa velocidade alucinante e vc não consegue ler, não mostram a info que vc realmente quer e têm erros.
Assim, deixe de lado as informações escritas, pergunte para os simpáticos monitores e, acima de tudo, curta os dinos!
No final, quando vc já sai da exposição, duas coisas ótimas. A primeira, uma lojinha repleta de dino-coisas muito legais; nunca tinha visto, aqui no Brasil, uma lojinha com tantas coisas relacionadas a bichos! A segunda, no simpático Café do Ponto, logo na saída, é uma das bebidas que eles servem: um chocolate com chantilly de BABAR, absolutamente delicioso, e o melhor, num lindo copo de vidro com dinossauros, que VOCÊ LEVA PRA CASA!!!! A melhor lembrança da exposição.
Resumindo, recomendo! E pretendo voltar.

beijos a todos!
Martha Argel

domingo, 12 de fevereiro de 2006

Domingão besta, nublado e feio.
Pior ainda com o sono que estou, mas ok, a culpa é toda minha. Ontem teve balada, aniversário de dois anos do Theatro dos Vampiros e também da Giulia Moon. Fazia tempo que eu não me divertia tanto numa festa gótica. Lord A. está de parabéns pelo evento. O bolo que a Giu levou estava delicioso. Adriano Siqueira e Lila distribuíram fanzines e... chicletes Van Helsing! E teve um mini-especial do Cure, dancei muito com a Liz Vamp, o Kizzy e o Diego, apesar dos meus saltos altos (prometo-me que da próxima vez irei com coturnos bem confortáveis).
Na tv está passando Van Helsing. É um filminho divertido. Bom pra ficar passando enquanto a gente faz outras coisas e dá uma olhada de vez em quando numa cena ou outra.
E o que fazer neste resto de fim de semana preguiçoso? Uma manta e um livro, ou trabalhar um pouco no conto novo, quem sabe voltar pra cama e colocar em dia o sono (ainda) atrasado.
Amanhã é segunda e começa tuuuudo de novo.

Té!
Martha Argel

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

Ui, eu adoro meu cachorrinho. É um srdzinho (i.e., viralatinhas) que pode muito bem passar por alguma raça desconhecida. "Que raça seu cachorrinho é?" "Paulistinha toy", ou "Pinscher tricolor" ou "Terrier Brasileiro mini".
Ele adora todos os sofás da sala, de preferência aquele onde estou sentada, e ele o quer inteirinho para ele, ou quer exatamente o lugar onde estou. Ele AMA comer, principalmente a comida que está na sua mão. E o hobby dele é cheirar - é capaz de passar o dia inteiro com o focinho afundado no tapete, cheirando cada milímetro quadrado. Outra coisa pela qual ele tem loucura: visitas. São todas para ele, ele tenta monopolizar quem quer que venha em casa.
Veja algumas fotos dele em seu hábitat natural neste site:
http://cachorrosdesofa.multiply.com/photos/album/1

beijos e queijos a todos!
Martha Argel

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

Afff, que calor!
E quanta teia de aranha neste blog, que tá juntando poeira pelos cantos. Ok, de agora em diante só notícias relevantes.
Outro dia a Giu e eu entramos em um sebo e fuça daqui, fuça dali, encontramos umas pilhas de quadrinhos, coisa para a qual eu jamais dei a mínima bola. No meio achei uns gibis chamados Dampyr. O herói é um caçador de vampiros, o proverbial dampir, filho de um vampiro com uma humana. Acabei comprando (com o dinheiro da Giu, a situação tá preta por aqui). Muito legal, não é bem meu estilo mas dá pra passar um bom par de horas se divertindo. Aí descobrimos que não existe mais: a série foi cancelada no número 12, porque vendia pouco. Sacanagem! Se quiser ler o resto, vou ter que conseguir na Itália - a série já anda pelo número 60 lá! E nem adianta procurar edições em espanhol ou em inglês, elas estão respectivamente no número 2 e 4.
Quem consegue trabalhar com um calorão desses?! Hoje depois do almoço desabei no sofá pra dar uma descansada e dormi por quase duas horas. Pra compensar as noites de insônia. Vocês também?
E a gripe das aves tá do outro lado do Atlântico: tô vendo na BBC, confirmada na Nigéria. Isso é mais assustador que qualquer vampiro.
Sábado, Theatro dos Vampiros, no Fofinho (Mooca). Aniversário do evento, dois anos. Também aniversário da Giu. Já tem uma galera confirmada. Quem quiser apareça por lá. No momento é a principal vamp-balada de Sampa.

beijos, queijos e... afff, que calor!!!
Martha Argel

sábado, 21 de janeiro de 2006

Overdose

Cruzando a cidade de lá pra cá, de editora em editora, uma reunião atrás da outra, o sonho de um autor, todas querendo publicar, o brilho em seus olhos tão intenso quanto nos nossos. Uau.
Sobrecarga de informação. Entusiasmo tanto que chega a ser deprimente, e durma-se com uma adrenalina dessa!
Treze horas e meia, non-stop, de meetings and budgets and sponsorships and we can make it, e um cafezinho socialmente correto atrás do outro, a única saída foi sair da linha e emendar. Nada de balada gótica, let's go to um lugar de gente comum.
Se os leitores vampírico-góticos-soturnos vissem... Ok, vou entregar: Giulia Moon, Martha Argel, André Vianco, Adriano Siqueira e Christian Pinkovai, expoentes da arte vampírica, dançando ao som de Dancing Queen. O resto eu não conto. Minha desculpa é que eu estava calibrada, os outros eu não sei.
Dormi como uma pedra, acordei with a hangover banging inside my skull, e meu laptop morreu (nada a ver, mas é triste anyway).
E daqui a pouco continuo ajudando a decidir o destino da avifauna pantaneira (eta ego!)
beijos e queijos e até sei lá quando
Martha Argel

sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

Sumi.
Há cerca de um ano estou trabalhando para a Wildlife Conservation Society, no projeto de uma série de guias para a identificação das aves brasileiras.
Meu chefe e a representante da editora estadunidense estão no Brasil para uma série de reuniões e para um workshop, e foi a coordenação de tudo isso que me manteve fora do ar nas últimas semanas.
Após a maratona de encontros em editoras, vamos todos para o Itatiaia, onde faremos o workshop no meio de um cenário paradisíaco.
A rodada de negociações termina com uma viagem relâmpago pro Rio de Janeiro e aí devo cair morta de cansaço e estresse.
Não vejo a hora de ter os livros nas mãos!

beijos e queijos e até mais!
Martha Argel