quinta-feira, 9 de março de 2006

Boa noite!
Acabo de voltar do primeiro dia da 19a. Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Bem legal. O Anhembi, se não fosse um verdadeira sauna, seria perfeito. E chorando a gente consegue bons descontos. Comprei dpis livros ótimos pra quem, como eu, curte a cena gótico-vampírica: Goth Chic, de Gavin Badddeley (Rocco), muito legal, e História dos Vampiros, de Claude Lecouteux (UNESP), mas descobri que já tinha o original deste último, em francês.
E tive a chance de testemunhar uma cena que seria ultrajante se não fosse absolutamente hilariante. Durante uma mesa-redonda sobre internet e a literatura, um dos debatedores já começa dizendo que não perdia nada estando fora da internet porque "não há filtro qualitativo". Basicamente sua tese é que não vale a pena procurar literatura na internet porque quem é bom não a usa. Tá. Intelectual melhor que o resto da humanidade. Já fiquei com birra. Aí então ele me vem com esta: "Os grandes escritores não estão na internet. Há sites com o nome de Drummond, Bandeira, mas eles... bom, claro, estão mortos".
Dá pra levar a sério?! O pior é que era um sujeito que eu gostava. Ele apresentou um programa de literatura na tevê durente muito tempo, e ele parecia bem simpático. Mas depois de ouvir a opinião firme dele... tudo bem, passo.
E mais tarde, eu andava pelos corredores quando en passant pego um fragmento de diálogo: "Tô mediando aquelas merdas lá...". Olhei rápido. Era o mediador damesa redonda que eu tinha assistido!
A vida não é uma delícia?

beijos e queijos
Martha Argel
PS. FUJAM da Bienal no final de semana, a não ser que seja de noite. Hoje estava um INFERNO. Aquilo lá não tem ventilação. Se estava assim hoje, que não tinha ninguém, imagina quando estiver saindo gente pelo ladrão. Não vai ter ar lá dentro!!!

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