quinta-feira, 25 de março de 2010

Traduções a caminho

Boa tarde, todos.

Agora que Noite Eterna, de Claudia Gray, publicado no Brasil pela Planeta, está chegando às livrarias (valeu Leonardo, por avisar que já chegou na sua loja!), só pra aumentar a curiosidade de vocês, as capas de dois outro livros com tradução minha:

Essa é a capa original de Stargazer, continuação de Noite Eterna, e que no Brasil sai com o título de Caçadora de Estrelas. Como foi mantida a capa do primeiro, acho que vai acontecer o mesmo com essa daí.

Outro livro que deve sair em breve pela Planeta, com tradução minha e de Humberto Moura Neto, é Succubus Blues, de Richelle Mead, a mesma autora de Vampire Academy. Este é o primeiro volume da série Georgina Kincaid, um súcubo imortal que vive em Seattle, nos EUA, e convive com os mais variados tipos de seres, tanto do bem quanto do mal. É para um público mais adulto que a série Noite Eterna, com algumas cenas bem calientes.


Título em português e capa ainda não estão definidos, mas a tradução já está bem adiantada.
Espero que muita gente curta esse livro. A públicação dos volumes seguintes da série vai depender do sucesso deste primeiro, e pelo que já vi, vai valer muito a pena acompanhar as aventuras de Georgina, a devoradora de homens!

Beijos, curtam a tarde de sol!
Martha

quarta-feira, 17 de março de 2010

Noite Eterna - Capa e release

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Segue aí a capa de Noite Eterna, de Claudia Gray, que traduzi junto com Humberto Moura Neto, e que está sendo publicado pela Editora Planeta.

É o primeiro livro da série Evernight, e vai ser seguido por outros três. O segundo, Caçadora de Estrelas (Stargazer) também já está traduzido, e estou terminando o terceiro (Hourglass, ainda sem título definido). O quarto, Afterlife, ainda está em processo de revisão na editora lá nos EUA, e só deve sair no mercado americano em meados do ano que vem. Por aqui, quem sabe...

Bom, e fiquei sabendo que vai ter um quinto livro, sobre um dos personagens, mas a Planeta ainda não falou nada sobre comprar os direitos.

Pra quem estiver curioso em conhecer um pouco do universo de Evernight, Claudia Gray tem um conto na antologia Imortal - Histórias de Amor Eterno, organizada por P.C. Cast e publicada também pela Planeta (a tradução não é minha, hein?).

Bom, e aí embaixo está o release oficial de Noite Eterna.

Beijos a todos!
Martha

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PLANETA TRAZ AO BRASIL ‘NOITE ETERNA’

Chega às livrarias o primeiro volume da série que encantou os jovens americanos

Sucesso nos Estados Unidos, Noite eterna acompanha a história de Bianca Olivier, uma menina que vai viver sua história de amor em uma escola nada comum. Uma das pioneiras na tendência de romances misteriosos, Claudia Gray traz uma narrativa de tirar o fôlego.

Bianca acaba de deixar a cidade pequena onde vivera sua vida inteira. Ela é aluna nova em Noite Eterna, uma escola misteriosa, onde seus colegas parecem perfeitos demais para ser verdade: inteligentes, sagazes e quase predatórios.

Bianca sente-se como se não pertencesse àquele lugar, até que conhece Lucas, que parece determinado a não se tornar mais um dos tipos esquisitos. A química entre os dois é inegável e Bianca se vê disposta a arriscar tudo para viver este amor. Mas alguns segredos obscuros vão ficar no caminho e farão a jovem questionar tudo em que até hoje acreditou.

A trama é marcada por uma reviravolta que vai surpreender os leitores. Noite eterna é o primeiro de quatro volumes da série que a Editora Planeta traz ao Brasil.

Sobre a autora
Claudia Gray vive em Chicago, nos Estados Unidos. Trabalhou como DJ, advogada, jornalista e garçonete, mas hoje se dedica à literatura em tempo integral.

Noite Eterna
Claudia Gray
FICÇÃO
16x23 cm, 304 pp. | R$ 29,90

domingo, 7 de março de 2010

Entrevista para a BBC

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Programa diferente para uma tarde ensolarada de domingo: recebi hoje em casa o jornalista britânico Tim Hirsch, que gravou uma entrevista comigo, sobre as aves do Brasil Central e sobre o Guia de Campo WCS Aves do Brasil.

Falamos sobre o Projeto Aves do Brasil, os problemas ambientais do cerrado, a rica fauna de aves do local e a importância do turismo de observação de aves para a região.

Além de jornalista de rádio, o Tim é proprietário de um paraíso tropical, o Sítio do Cervo, onde já foram observadas quase 220 espécies de aves. Saiba mais visitando o site do sítio.

Eu sei lá como ficou a entrevista. Entre o tráfego aéreo do aeroporto aqui perto, os latidos de meu cão com um súbito ataque de carência, e meu inglês que repentinamente ficou muito pior do que de costume, diz o Tim que vai dar para aproveitar o material.

O programa de meia hora, abordando o cerrado do Brasil Central, irá ao ar na Inglaterra, pela BBC. Chique, né? (mas ainda bem que as entrevistas em português ficam bem melhores do que essa!)

beijos, bom final de tarde de domingo!
Martha
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sexta-feira, 5 de março de 2010

Bate-papo: Elas e o RPG – Personagens Marcantes

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Amigos, no dia 14 de março, Giulia Moon e eu vamos participar de um encontro do grupo Megacorp, de RPG, a ser realizado no Centro Cultural São Paulo.
Estarei falando sobre Lucila, a vampira com a face da inocência, protagonista de meus romances Relações de Sangue e Amores Perigosos (a serem lançados este ano), e de vários contos. Giulia vai falar sobre seus personagens, como Kaori e Maya.

Segue aí o convite (cliquem na imagem para ampliar):


A gente agradece muito o convite do Anderson, organizador do evento, que há muitos anos dá a maior força para divulgar nosso trabalho.
Apareçam, lá e batam um papo gostoso com a gente.

beijos
Martha Argel


Elas e o RPG – Personagens Marcantes
14 de março de 2010, domingo
11:00 (retirar ingresso com 30 minutos de antecedência)
Local: sala Lima Barreto, Centro Cultural São Paulo
Av. Vergueiro, 1000 – Paraíso (ao lado do metrô Vergueiro)
Promoção: Grupo Megacorp
www.grupomegacorp.com.br
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Fim do mistério!

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Tem gente por aí que é bem ligeirinha!

Pois não é que meu querido amigo Gil Cardoso conseguiu rapidinho algo que achei ser quase impossível? Ontem, menos de 24 horas depois de eu lançar o desafio, ele mandou a única imagem que existe do obscuro e praticamente desconhecido Stygnus marthae. Ele encontrou o material aqui, que é o trabalho original onde a espécie foi descrita.

Eis aqui a cara do meliante, ou meliantes, porque estão desenhados aí o macho (em cima) e a fêmea (embaixo). O desenho é esquisito porque é assim mesmo que os cientistas fazem: desenham só o corpo e não ficam perdendo tempo em desenhar as oito pernas do bicho (haja saco, esses bichos são uns pernalongas!). Reparem do lado direito, a vista de perfil dos dito-cujos. Eles são bem achatados, porque não ia rolar um bicho gordão tentando se enfiar debaixo de uma pedra ou pedaço de pau.


E pra provar aquilo que eu falei sobre as descrições que os cientistas fazem das espécies, vejam só isso aí embaixo. Esse é o texto descritivo do mimoso S. marthae (clique na imagem para ampliar, se tiver um desejo insano de ler o texto):


Sentiram o tamanho da encrenca? Agora dá pra entender melhor por que é que eu desisti da vida acadêmica e passo os dias (e as noites) me divertindo com os vampiros?

Bom, e com isso, o Gil Cardoso, que já merecia o título de meu MAIOR leitor, vai ganhar um exemplar de O Vampiro Antes de Drácula, com os autógrafos de Humberto Moura Neto e desta que vos perturba.

Beijos a todos, até daqui a pouquinho, que tem novidade vindo.

Martha Argel

quarta-feira, 3 de março de 2010

Um bicho pra chamar de meu

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Cada profissão tem seus fetiches próprios, e zoólogos não são diferentes. Um dos sonhos inconfessáveis que muitos bichólogos acalentam é terem uma espécie batizada com seu nome. Pra que isso aconteça, algum colega de profissão tem que descobrir uma espécie que ainda não foi formalmente descrita, e então fazer a descrição. A descrição é algo chatíssimo, cheio de palavras longas e ininteligíveis, que deve ser publicada em alguma revista científica que aceita esse tipo de, digamos, burocracia científica. E se, ao fazer tal descrição, seu colega achar que você merece, ele pode muito bem decidir dar seu nome à espécie.

E aí nascem coisas como Draculoides bramstokeri, ou Juscelinomys candango (um camundongo de Brasília, aparentemente extinto!), ou Piseinotecus divae (em homenagem a uma pesquisadora chamada Diva e a seu cachorro Teco, em quem alguém certa noite pisou – juro, é tudo verdade!).

Pois é. Quando eu ainda era uma bióloga dedicada, que achava que uma tese era a coisa mais importante de minha vida (e, pobre de mim, passei por isso duas vezes), confesso que devaneava que alguém iria me dedicar um bicho. Claro, não esperava nada muito vistoso, como uma ave ou um mamífero, nem mesmo um caracol bonito ou uma borboleta. Esses daí são, sem querer criar uma confusão zoológica, mosca branca. Você tem que se dedicar muito, muito, muito para ter a honra de ser homenageado com algum bicho que não precise de lupa para ser visto.


John Cleese: Avahi cleesei, um lêmure de Madagascar (dã, como todos os lêmures), que homenageia os esforços do ator pela conservação dos lêmures. (Fonte da foto aqui)

Em geral, você é homenageado com algum bicho muito menor, um invertebrado bem pequenininho que ainda não tinha sido reconhecido pela ciência pelo simples fato de que é difícil de ver. Para dizer a verdade, por muito tempo invejei meu cartunista favorito, Gary Larson (o cartunista favorito de 10 entre 10 biólogos, ao lado de Fernando Gonsales), que inspirou o nome de uma espécie de piolho que só dá em corujas (!). Ele declarou publicamente ter ficado extremamente honrado com o fato, mesmo porque ele jamais teve a ilusão de que seria algum cisne que receberia seu nome.

Gary Larson: Strigiphilus garylarsoni (Fonte da foto aqui)

O tempo se encarregou de me fazer abandonar essas tolas ideias da juventude. Mudei de profissão (várias vezes), e da cientista hoje só restam os diplomas, um currículo desatualizado e uma série de maus hábitos mentais, que me fazem tratar qualquer assunto como um objeto de estudo sistemático. Em resumo, fazia anos que nem pensava nessa coisa de ser imortalizada por meio de um epíteto latino.

Até que uns dias atrás, estava eu fuçando o Google Books, pra ver se aqueles safados estavam infringido algum de meus parcos direitos autorais (não estavam: quase todos meus livros estão lá, mas só os títulos), quando me deparei com algo espantoso:

Uma espécie com meu nome!!!!

Pode ser verdade? Não, tem que ser engano.

Demorou um pouco mas afinal constatei: não era engano. De fato, uma espécie fora batizada com meu nome em 1997, e eu jamais soube disso... até agora.

Bom: pra encurtar a história, nos idos de 1989, durante uma viagem de trabalho a Rondônia, eu recolhera algum material zoológico, que depois foi incorporado ao acervo de um museu científico. No meio desses exemplares, veio ou vieram algum(ns) representante(s) de uma espécie ainda desconhecida pela ciência, um opilião que acabou recebendo o sonoro nome de Stygnus marthae. É, eu, é, é. Vasculhando na internet, não achei informação absolutamente nenhuma sobre o bichinho. É algum animal totalmente insignificante, provavelmente conhecido apenas pelos exemplares que peguei.

Não encontrei foto nenhuma do elemento, mas ele deve ser meio parecido com isto daqui:

(foto tirada daqui)

Pode não ser nenhuma maravilha, mas tem o meu nome. É meu, meu, meu! rsrsrsrs

Bom, agora lanço um desafio. A primeira pessoa que conseguir uma imagem do bichinho e me enviar, vai ganhar um exemplar autografado de algum de meus livros, a escolher:

– O Vampiro da Mata Atlântica (Idea, 2009)
– O Vampiro Antes de Drácula (Aleph, 2008), com Humberto Moura Neto.
– Relações de Sangue (Giz, no prelo)

Mas tem que provar que é o bicho, hein???

É isso aí. Mãos à obra, pessoal!

beijos a todos,
Martha