sábado, 28 de junho de 2003

Vixe!
O Blogger mudou de cara. Aposto que mudou pra pior do ponto de vista do usuário. As usual.
Cheguei a onze mil visitas. E o sistema de comentários foi pras cucuias. Talvez seja o começo do fim deste blog, porque eu, como boa analfabyte, jamais serei capaz de colocar outro sistema no lugar. Eu sei porque já tentei, umas semanas atrás quando criei um novo blog.

Bom, vamos ver o que que vai rolar. "Que será, será", já dizia a Doris Day.

Enquanto o futuro não rola, alguns fragmentos da semana que passou: passei um dia infernal, sem conseguir comer e sequer tomar nada, e suspeitando da concretização de um de meus piores pesadelos: tornar-me intolerante ao leite de vaca; mas parece que foi um alarma falso (ok, apenas parece). Na quinta passei um dos piores frios de minha vida; quando o dia amanheceu eu estava na várzea do Tietê (onde ele ainda é um riacho limpo e não um oceano de merda), envolta numa neblina espessa que fazia com que o eucaliptal que eu estudava parecesse um cenário de Arquivo X. E conheci "alguém" especial: um cachorro pai solteiro! Com três bebês, bolinhas gordas e peludas, choramingantes e brincalhonas. De partir o coração. A dona da mãe queria matá-los, e a dona do pai resolveu adotá-los. O pai aguenta os bichinhos e faz companhia pra eles, mas os coitadinhos ainda deveriam mamar e ser cuidados pela mãe por pelo menos dois meses mais. Tem casos em que acho que o apedrejamento até a morte é uma pena suave para a maldade humana.

É isso. Espero ter em breve de volta os comentários de vocês.

Tenham um bom final de semana

Martha Argel

segunda-feira, 23 de junho de 2003


Ufa, o feriado valeu a pena. Entre outras coisas: fiz longas caminhadas numa estrada tranqüila; conheci um diretor de cinema e seu co-roteirista que pesquisavam locações pro próximo filme; acertei uma noite de autógrafos; visitei as entranhas de um cinema antigo; tiraram foto minha pra sair no jornal; acompanhei a investigação da polícia técnica num caso de arrombamento (esqueçam os filmes da tevê, os caras são patéticos); participei de reunião com um prefeito; chupei jabuticaba no pé; ajudei a planejar um encontro de escritores. E voltei a trabalhar em meu romance, “Amores perigosos”!
Com uma programação dessas, algo tive de sacrificar. Não fui à Praça Benedito Calixto pro lançamento do Café Literário 9.
Só que, em compensação, tirei foto juntinho com o próprio Calixto noutra praça! Conheci a bela igreja matriz de Bocaina, minúscula cidade que parece um presépio de tão bonitinha, e na praça à sua frente encontrei um busto do pintor. Que que ele tá fazendo lá? Bom, acontece que por volta de 1920, nosso amigo Benedito Calixto andou pela cidade e pintou 13 painéis para a matriz, entre os quais alguns que são considerados obras primas dele. Tirei fotos! Se fosse uma igreja famosíssima, ia ter um cartaz em cada canto proibindo fotografar. Como ninguém conhece, a velhinha que toma conta ficou bem feliz por ter turistas interessados em registrar os tesouros que ela ajuda a conservar.
Quem me levou até Bocaina foi o Chico Cestari. Um cara admirável. O trabalho que ele faz à frente do Centro Cultural de Dois Córregos é maravilhoso. Foi ele quem me convidou pra fazer a noite de autógrafos. Quem for – estão todos convidados, hein? – vai poder conhecê-lo. (quando estiver tudo acertado, posto os detalhes aqui)

Ainda a Lista de Animais Ameaçados
Conversei hoje com uma técnica de um órgão ambiental estadual que tentou usar uma lista com subespécies pra avaliar um laudo de fauna. Conclusão dela: impossível. Gente!!! Lista com subespécie só é útil pra taxonomista! Identificação de subespécie exige coleta, ou seja, O BICHO MORTO. Que tal, ter de matar um bicho pra descobrir se está ameaçado de extinção? Isso é estúpido.
Quanto ao Tamar e às tartarugas pseudo-ameaçadas: pra mim, o principal feito do projeto é a divulgação impressionante da necessidade de preservação de certas espécies. Que interessa se publicam ou não os tais artigos científicos, literalmente pra inglês ver, quando graças ao projeto milhares de pessoas comuns podem ter contato com as tartarugas e ver ao vivo como é que se manejam animais silvestres? Muito mais importante do que gerar informações pros gringos é estimular a percepção ambiental na população brasileira. É o que eu sempre digo: FODAM-SE OS ACADÊMICOS EGOCÊNTRICOS.
Bom, o fato é que, graças ao Tamar as tartarugas marinhas NÃO estão ameaçadas no Brasil. Como justificar sua inclusão na lista? Acho que foi o Juan de BsAs que deu a solução: elas seriam o que em inglês é chamado de conservation dependent, ou seja, que só sobrevivem graças a um projeto específico para sua conservação. É o mesmo caso do mico-leão-dourado. Incrível a confusão mental de quem elaborou a lista. Era só acrescentar essa categoria aos prolixos parâmetros apresentados para explicar a lista (e que não explicam porra nenhuma) e pronto!

Tenham uma boa semana

Martha Argel

quarta-feira, 18 de junho de 2003

Bom dia.

Ontem conheci uma moça chamada Aniete. Achei bonito o nome. Ela também é bonita. Trabalha numa loja que abriu aqui perto de casa. Perto em termos, são mais ou menos dois quilômetros, mas é no ponto extremo da minha rota diária de caminhada, e passo por lá todos os dias, então é perto. A loja só vende Coisas de Mulher (é seu nome). Ontem passei mais de duas horas lá, namorando um colar de flores azuis e um camafeu que parece uma jóia antiga. E falando de vampiros. A Eliane e a Elenice, donas da loja, são ávidas leitoras de histórias de vampiro.

Estou ansiosa com a viagem que farei no feriado, com a promessa de gentes e lugares interessantes. Engraçado, é um lugarejo que conheço há anos. Modorrento, ensolarado, pacato. Nada acontece. E agora estou tão ansiosa. The eye of the beholder. Os olhos do observador. Mudam tudo. Um detalhe torna o lugar especial para mim: foi lá que nasceram Lucila e Clara. Um detalhe entre, agora, tantos.

Há dias brinco com a idéia de retomar o Amores perigosos. Pra quê, não sei. Talvez unicamente porque está começado e inacabado. Talvez porque alguma esperança de publicação se agite, embora sem motivo, no fundo de meu cérebro.

Estou lendo um livro em galego: En salvaxe compaña (Em selvagem companhia). O autor é Manuel Rivas, e ele sorri, cabelo despenteado, ar de menino, camisa amassada, na orelha do livro. Parece um sujeito legal com quem sentar-se num café de frente para o porto, em sua A Coruña natal, e bater um longo papo a esmo enquanto os barcos de pesca vermelho-e-brancos balançam nas ondas da ría. O livro? Estou odiando. Odeio livros que me fazem pensar que o que eu escrevo é de um primarismo total, que meu estilo é infantil e tosco, minhas palavras mal-escolhidas e minha imaginação pobre e sem qualquer ousadia. Ok, confesso: inveja pura e simples da mestria do autor. Foi o Xabier Pumariño quem me deu o livro de presente. Saudades. Saudades dos passeios por Santiago, Lugo, pela costa e pelo interior da Galícia.

Sobre o post anterior
Gente, MUITO OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS SOBRE A LISTA DE AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO!!! Eu ficaria escrevendo horas sobre o assunto, que não é só uma questão científica, mas envolve aspectos éticos, políticos, morais e afetivos. Sim, o tráfico de animais é um problema seríssimo, que envolve milhões de dólares e portanto implica em corrupção. E sim, a questão não é proteger as espécies em si, mas todo o sistema (i.e., o ecossistema) no qual ela se insere, com todas as relações de dependência como o meio e com outros organismos; mas as espécies da lista funcionam, em teoria, como uma bandeira, supondo-se que sua preservação implique em preservação do meio e, por extensão, de todas as outras espécies. Em teoria. Não vejo isso funcionando nessa lista em especial.
Não concordo com a inclusão de subespécies.
Não tenho opinião formada sobre a inclusão política de espécies não-ameaçadas.
Sou contra a inclusão de espécies só porque são o objeto de estudo de algum cara egocêntrico e com maior poder de convencimento do que outros pesquisadores.
A lista é um instrumento de conservação, e não um artigo científico para os iniciados!

Tenham todos um bom dia e, se eu não voltar antes, um bom feriado!

Martha Argel

segunda-feira, 16 de junho de 2003

Bom dia.

Ando perdida esses dias, sem conseguir me concentrar em nada específico, funcionando (a despeito das aparências), a meia força. Não posso me queixar, vários projetos avançam, a passo de caracol, é verdade, mas avançam. Tenho pensado em alguns de meus Problemas com P maiúsculo. Aqueles Problemas estruturais, que permeiam toda a nossa vida, muitas vezes sem que tenhamos consciência deles e que minam nossa vontade, nossas energias e fazem com que acabemos sabotando nossa própria felicidade.
Doing ok, but not very well. É como me sinto. Não é suficiente. Quero mais.

Rumo à extinção...
Finalmente dei uma olhada na nova lista de animais brasileiros ameaçados de extinção. É um samba do crioulo doido. Algumas conclusões que tirei examinando-a: (1) extinção não é para sempre; algumas espécies podem se extinguir, por exemplo, no Ceará mas não em SP; (2) algumas espécies podem se extinguir duas ou até três vezes; (3) tem algo errado com o Projeto Tamar, porque ele existe há mais de 20 anos e não conseguiu tirar da lista nenhuma das 5 espécies de tartarugas marinhas do Brasil. Incompetentes, a Petrobrás devia pedir de volta a grana que já jogou no projeto e usar pra despoluir o rio Pomba (4) se todos os gatos silvestres estão ameaçados, todos os canaviais onde achei pegadas de gato-do-mato devem ser virar áreas de conservação pra preservar a espécie; (5) é perigoso ser minhoca em Minas Gerais, piolho-de-cobra em São Paulo e aranha na Bahia. Também é perigoso ser libélula no sudeste do país.

Divagações desencadeadas pela Lista de Animais Ameaçados...
Engraçado foi encontrar o nome de meu ex na lista. Não é piada, não. É sério!
Digam a verdade: quantas mulheres podem dizer que seus ex-maridos estão na lista de animais ameaçados de extinção?!
O cara com que estive casada durante anos se chamava Pinto da Rocha (argh!). Não mudei o sobrenome ao casar. Acha?! Tenho um documento extenso que diz: “dona Martha Argel casou-se com o senhor Fulano Pinto da Rocha e passou a chamar-se dona Martha Argel, e após sua separação voltou a chamar-se dona Martha Argel”. Eu que sou implicante ou isso é muito estúpido?!

Limpeza profunda
Outro dia estava eu no escritório de um amigo, e enquanto a faxineira limpava a sala dele ficamos reunidos noutra sala. Depois que ela terminou, voltamos. Ele olhou horrorizado a tela do computador e me chamou pra ver a mensagem de erro: Não foi possível mover a pasta Meus Documentos para a Lixeira. Vai fazer faxina assim na puta que o pariu!

Tenham todos uma boa semana!

Martha Argel

quinta-feira, 12 de junho de 2003


Boa noite.

Não sei dizer se estou bem, ou à beira do abismo, ou totalmente desanimada, ou cheia de energia e determinação. Coisas acontecem, e não consigo avaliar se são boas, ruins, insignificantes, extraordinárias.
Meu livro já não vai mais sair, e não sei o que isso significa para mim. Meu cérebro, minha vida, meus planos e meu relacionamento com as pessoas são um emaranhado incompreensível. Não consigo sentir a magnitude desse revés. Algo me anestesiou, talvez a aceitação a priori do fracasso como um desfecho inevitável.
Escrevi um artigo para uma revista, foi elogiado e venci um bloqueio que tinha há 17 anos. Alívio.
Também escrevi um conto. Mais que conto, exorcismo. Um exercício em rancor, amargura e vingança. Me fez bem. Talvez tenha me ensinado algo.
Recebi os direitos autorais do “Relações de Sangue”. Sem comentários.
Estou ouvindo um CD lindo, moda de viola. Me fez sonhar muito nos 4 anos desde que o comprei, me acompanhou Andes acima e navegou comigo no Canal de Beagle. Ontem me contaram que o violeiro entrou em minhas páginas, leu meus contos e gostou. Minha alma sorriu.
E sorriu de novo durante um telefonema de breves minutos.

Carpe diem.

Martha Argel

domingo, 8 de junho de 2003


Hoje de manhã teve mato-montanha-chuva-sol. Mosquitos me picando. Aranhas enormes que não são perigosas mas que dão um arrepio quando sobem pela roupa da gente.
Há três dias não consigo respirar. Rinite. Todo ano é a mesma coisa quando chega nessa época.
Lembrando o encontro de ontem. Mais de vinte anos depois, parece que ainda somos os mesmos. Não é coisa pra se esquecer com facilidade.
Como não se esquece com facilidade alguém que pede desculpas de joelhos à sua frente (e nem precisei pedir, embora, confesso, a idéia tenha me passado pela cabeça...)!!! Não, não era uma cena romântica, só uma cena muito engraçada.

E tem crônica inédita minha no ar! Está no Vamos Cronicar?, da Maria Carolina, que conheci semana passada na Benedito Calixto. Dêem um pulo lá. Não é um texto recente. Acho que deveria dedicá-lo ao Afonso. Sinto tanto a falta dele. Meu, saudade dói, e dói muito.

beijos melancólicos a todos
Martha Argel
(daqui a pouco no Salamadra!)

sábado, 7 de junho de 2003


Algumas coisas fazem um bem danado pra alma da gente.
Ter reencontrado o pessoal do Clodiam (aquela turma que eternamente vai ter 14 anos...) foi maravilhoso. Obrigada, Katia e Vivian por terem mais uma vez conseguido. Obrigada, Sandra, por ter me convencido a ir.
O dia terminou muito melhor do que começou.

Beijos.

Martha Argel
(e não se esqueçam: amanhã tem Salamandra!)
Sábado de sol.
Cansada.
De tudo.
Por que? Não sei, pois as coisas andam correndo bem.
O livro quase pronto, negociações promissoras para as noites de autógrafos.
Matérias pra sair em duas revistas,.
E o jornal Café Literário.
Dois ou três livros na fila de espera, avançando devagarinho e sempre, e nunca com tanta possibilidades de se tornarem realidade.
Por que será que nada disso parece tão bom como pareceria uns dois anos atrás?
Cansada. Queria fechar os olhos.
Sumir.

Beijos. Sintam o sol e lembram-se de que estão VIVOS.

Martha Argel


sexta-feira, 6 de junho de 2003

Bom dia!

Quero agradecer a todos que visitam este blog e pedir desculpas por não retribuir. Depois de minha fase negra e de meu verdadeiro retiro espiritual, retomei vários projetos que já dava por perdidos. Também surgiram novas possibilidades e me lancei a elas com toda a energia possível. A vida voltou a seu ritmo acelerado e normal. Não tem sobrado muito tempo para a internet e para os amigos virtuais.
Alex, Carollia, Amanda, Ceres, Nikki, Carmilla e Lilissma, obrigada por terem estado presentes mesmo enquanto estive ausente, e por ainda estarem por aí.
Nnato, tentei entrar em contato com você. Não consegui abrir os comentários do seu blog, e seu e-mail não funciona (esquece o ieg, muda de provedor!). Estou com saudades. Dá uma olhadinha no fim deste post, dá...
Bardo, perdão por não ter me manifestado antes. Receba meus parabéns pela publicação de seu livro de poesias "Máscara sobre rostos descarnados"! Que seja somente o primeiro de uma carreira de êxitos e de reconhecimento. A capa ficou realmente muito bonita (a foto foi você quem fez?). Quem quiser ver clique no link do Pipusquack Fujão, aí do lado!
Ataíde, sua visita foi uma surpresa! Fiquei feliz por saber de seus livros. Parabéns! Espero em breve vê-lo publicado em papel e presente nas livrarias brasileiras. Sua Arte merece!
Nitro, a você devo um agradecimento especial, por toda a força que está me dando. Essa oportunidade que você propiciou é espetacular. Quando os detalhes estiverem acertados, dou a notícia aqui. Obrigada MESMO! E espero vê-los aqui por Sampa antes da gente se encontrar em sua cidade. Vamos nos esbaldar na Liberdade, ok?
Maria Carolina, visitei seu blog Vamos Cronicar? e achei excelente a qualidade dos textos que estão lá! Parabéns!!!! Quero convidar a todos para visitá-lo, clicando aqui. E visitem também o outro blog dela, chamado, claro, O blog da Maria Carolina.
E quanto ao recadinho da Priscilla...

Salamandra no domingo
SIM, SIM, SIM!!! Vamos ao Salamandra, Pri! Estão todos convidados.
Não se esqueçam: neste domingo tem um dos melhores eventos góticos do momento, o RIP do Carcasse, às 19:00, no Salamandra, r. Cardeal Arcoverde, 563 (perto do metrô Clínicas).
A gente se encontra lá, Pri, tem muito assunto pra pôr em dia!

Por enquanto é só isso. Aproveitem bem o dia de sol e friozinho!

Martha Argel

segunda-feira, 2 de junho de 2003

Oi, todo mundo!
Eu avisei que um dia voltaria, né?

Pois é. Foi um pouquinho complicado sair do buraco, ele era meio fundo e ainda teve aqueles infelizes de sempre que quando você pede uma ajuda pra subir te empurram de volta pro fundo. Mas quem precisa da ajuda deles, afinal? No meio do caminho sempre tem quem te estenda a mão. Além do mais, voce mesmo tem que fazer o que é melhor para você (sem, claro, se transformar num daqueles infelizes que etc...). As cicatrizes, porém, ficam. Um pouco mais de cinismo e de desconfiança quanto aos caminhos do mundo, e a relutância em voltar a sonhar.
Moral da história: de volta à batalha!

Entrevista comigo e conto meu no Scarium Megazine
Acaba de ser lançado mais um número do Scarium Megazine, uma das publicações atualmente mais regulares e importantes da Ficção Científica Brasileira. Nesta quinta edição aparecem não só uma entrevista que dei ao Marco Bourguingnon, editor da revista, mas também meu conto inédito Filha da Noite, protagonizado por ela, claro, a vampira Lucila. O Scarium custa R$ 5,00 e pode ser comprado pela internet, clicando aqui. Quero agradecer muito ao Marco por ter-me convidado a colaborar com a revista e pela chance de divulgar meu livro e meus contos. Vida longa e próspera ao Scarium Megazine!

O final de semana: Benedito Calixto e Paulista
Nada como um monte de gente inteligente e animada pra ajudar a afastar as mágoas. No Sábado teve Praça, com a indefectível presença da Giu e da Carmilla Vampira Faminta. O Eduardo Barrox estava lá, cada vez mais magro. A minha querida Ligia Batista apareceu, com o Joaquim em sua versão malva (ou fúcsia, há controvérsias) e a linda Maíra (a garota da capa) que foi procurada por um fã (a cara de felicidade dela! "Olha só, não sou famosa mas tenho um fã!"). A Rebecca leu algumas poesias, aumentando em muito a arte do poeta, e em meio aos aplausos sinceros se escutou uma voz obviamente curtida em pinga: "Linda! Linda"; elegante, ela fingiu que não ouviu. A Lilian ficou morrendo de inveja de meu coturno novo, de bazar de igreja, lindo, macio e... quase de graça!; Jesus, a carinha que ela fez, se eu pudesse voltava no tempo e conseguia um pra ela também (e um pra Carô do Billy, e um pra Giu, e um pra Ci...). O Lorenzo engatou num papo de altas esferas com o Abílio Mateus Jr., nosso novo amigo, o astrônomo que virou poeta e que escreveu o livro "Danças da Escuridão" (que estou lendo). O John DeCruccio me deu de presente uma cópia de um texto ÓTIMO, dedicado to my "bloody" friends / If you try to get my plasma / the friendship surely ends. O Alberico, como viu que estávamos demorando pra aparecer no café dele, veio em pessoa buscar a gente na praça!!! Conhecemos a Dóris Fleury, simpática, espirituosa, quelança seu livro de contos dia 26 de junho, na Saraiva do Eldorado. Passaram por lá a Maria Carolina, blogueira (quando eu tiver o endereço do blog dela, coloco aqui), e o Ataíde Tartari, que sempre achei um EXCELENTE escritor (pena que ele não sai do gueto da ficção científica!). Por fim tive a chance de conversar um pouco com a Ligia Piola, elegantéssima, e conheci ainda a autora de poetrix Sonia Godoy, que ficou só um pouquinho com a gente. O Adriano Siqueira e a Lila só apareceram quando já estávamos entrando no carro pra ir embora!!!
E não falei do Luiz Carlos de Moura Azevedo de propósito, porque tive dose dupla dele no final de semana. Domingo saí cedinho pra fotografar com o Juarez Silva e depois dei um pulinho na feira do MASP. Resultado: fiquei até o fim da tarde com o Luiz Carlos, papeando e aprendendo um montão sobre antiquidades. Conheci a Yuriko (colecionadora de corujas, como eu), o Bernardo e a Davina (inacreditavelmente simpáticos) e o Cláudio, auxiliar do Luiz Carlos, pra quem dei uma aula sobre corais. Foi uma tarde ótima.
Depois de um final de semana desse, só posso esperar que a maré negra que me afogou a vida nas duas últimas semanas tenha finalmente se afastado de minhas costas.

Tenham todos uma boa semana, e continuem na luta.

Martha Argel