domingo, 18 de janeiro de 2004

Meio-dia, e eu com preguica de sair do hotel.
Volto hoje a Bariloche.
Ontem: fui apresentada a paila, um prato de frutos do mar, um monte de tipos diferentes de moluscos. Gostoso e forte. Achei que mais tarde teria de chamar o Hugo, porque foi uma panelada de coisas estranhas, mas pelo visto meu organismo aceitou muito bem.
Fiquei o dia inteiro caminhando pela beira mar, observando e pensando.
Um exemplo maravilhoso do jogo de cintura latino-americano: num embarcadouro onde a populacao toma o barco para cruzar a ilha fronteira a cidade, um senhor anunciava um passeio para ir ver de perto o imenso transatlantico ancorado na baia. Os gringos ricos pagam uma nota preta para vir conhecer os pobres cucarachas, e os cucarachas pagam moedas pra ir espiar os ricos. Quase fui.
Conversei muito, tambem. Conheci David, um chilota que me contou um monte de historias de assombracoes que ele mesmo viu na ilha. E me falou muito sobre os Argel de Chiloe. Sao reputados marinheiros. Estou fascinada pela ilha e por meus parentes distantes!
No todo, o dia de ontem foi toda uma viagem em si. Uma viagem emocional, sobre a qual provavelmente ainda terei muito o que pensar. Ha certas coisas que podem mudar pra sempre a vida da gente. Ou nao mudar nada. A maravilha de VIVER.
O proximo post sera novamente a partir da Argentina.

beijos a todos
Martha Argel

(musu, Trauco)

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