Correndo o risco de me repetir... este calor me mata. Ah, nao: segundo Crift, e a sabedoria popular, "lo que mata es la humedad". Efeito panela de pressao, entendem?
Ontem almocei com Ana e conheci seus pais. Turismo interativo. Nao ha forma melhor de entender um país. O restaurante onde almocamos e de bairro. Pelo bom gosto da decoracao e pela carne saborosa que serviram, se fosse no Brasil custaria os olhos da cara. E qual o publico que frequenta o lugar? Moradores dos arredores, grupos de aposentados, gente comum do dia a dia. A elegancia e o esmero estao entranhados no povo argentino.
A tarde visitamos o Museu de Historia Natural Bernardino Rivadavia, e ai vi alguns dos dinossauros que estavam me faltando: o Carnotaurus sastrei, o carnivoro de aparencia temivel que Diseny usou como vilao, e o Amargasaurus, bizarro com seus longos espinhos dorsais. Completando meu tour paleontologico por terras austrais, estavam la representantes de toda a megafauna quaternaria: o gliptodonte, o megaterio, um mamute sul-americano e... um urso gigante encontrado no subsolo da propria cidade de Buenos Aires!!! Ah, Giulia, o tigre de dentes de sabre TAMBEM ESTA LA!!!! O acervo do museu e excelente. Ja o mesmo nao pode ser dito sobre os cartazes informativos, as etiquetas e todo o aspecto museologico. Ao assinar o livro de visitas, caprichei no comentario a respeito, com o apoio entusiastico de Ana, que estava indignada com a pobreza das informacoes e com o obvio "portenhocentrismo" do museu. Pra completar, tasquei um Ph.D. bem pomposo apos meu nome. Ah, e na lojinha nao deixei passar batido o fato de haver camisetas com tiranosauros, estegosauros e outros bichos gringos, mas nao das especies argentinas, muito mais interessantes, etc. etc. (poupo-lhes do discurso que voces mais do que conhecem).
No fim da tarde e comeco de noite bati perna por San Telmo, bairro antigo, e percorri ruas onde os ingleses que invadiram a cidade seculos atras foram recebidos com banhos de oleo fervente, que as familias atiravam pelas janelas do piso superior das casas.
Chegando a casa, exausta, quase 11 da noite, por fim conheci Cristina, minha anfitria e mae do Juan, e ficamos conversando ate quase a uma.
Apesar do calor sufocante, dormi muito melhor do que na noite passada. O segredo? Ahá, um tubo de repelente de mosquitos que comprei enquanto voltava pra casa. Os malditos bichos nao tiveram a menor chance!
Beijos a todos
Martha Argel
quinta-feira, 29 de janeiro de 2004
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