Bons dias.
Soube que em Sampa o calor tah de rachar. Aqui em Toronto tambem. Ontem fez 31 graus. Hoje espera-se uma temperatura de 32.
Naquele calorao todo, saih umas 10 da manha com um objetivo definido: visitar o segundo dos dois melhores sebos da cidade. No caminho aproveitei para usar pela primeira vez minha camera digital, e registrar o entorno (tinha toda a intencao de postar agora as fotos no meu site do Multiply, mas a porcaria nao estah abrindo).
Caminhei ateh minha querida esquina Dundas e Yonge. Jah pelas tantas, ouco o maior forfeu de sirenes, passa um carro de bombeiros, uma ambulancia e depois sei lah mais o que. Quando vou tomar o metro, descubro que o epicentro da acao era exatamente a boca da estacao. Uma senhora (de capacete) tinha caido da bicicleta. Seu cotovelo estava ralado. Ela estava sentada no meio fio, com tres sujeitos ao redor, cada um com um uniforme diferente. Jah me disseram que bombeiro aqui passa em diaparada ateh pra tirar gato de arvore. Suponho que socorram tambem esquilos em apuros.
No metro fiz um pouco de "peoplewatching". Eh engracado como um povo tao organizado e limpo larga papel jogado nos trens! E praxe aqui deixar o jornal nos assentos. Aih o jornal cai no chao, dezenas de pes espalham as folhas e o vagao fica parecendo rua depois da feira.
Outra coisa que as pessoas fazem: carregam garrafas dagua e copos de cafe simplesmente o tempo todo! Me contaram que ate nas aulas da escola la estao os indefectiveis copoes de papel com aquele liquido ralo.
Nao sei se ja comentei, ainda, que mochila faz parte da vestimenta normal. Talvez as pessoas ateh durmam com elas. Tenho a maior dificuldade em exercitar um de meus hobbies de viagem: descobrir na multidao quem eh nativo e quem eh turista. Acho que 90% dos torontonianos (sim, esse eh o adjetivo, horrivel, neh?) se vestem o tempo todo como turistas. O pista mais segura para fazer a distincao eh observar se carregam na mao o mapa da cidade. Como eu jah quase nao preciso do meu, posso passar por residente permanente, sem problemas.
Bom, retomando, tomei o metroh ateh Eglinton e, quando desci, pensei que por engano tinha entrado num forno aberto. Calor senegalesco no Canada, quem diria, e um sol de rachar mamona. Ainda bem que o sebo ficava a menos de uma quadra da estacao.
Meu, mais um paraiso! Fiz a feira com 60 dolares (120 reais), e encontrei coisas in-cri-veis. Resultado: enchi a mochila (o que nao ajudou em nada a melhorar meu ombro, que voltou a doer) e rumei direto de volta pra casa, novamente com aquela sensacao de absoluto extase que tenho sentido com frequencia nos ultimos dias. O mapa da mina: BMV, em 2489 Younge (esquina Younge e Eglinton). Ao contrario de TUDO aqui no Canada, eles nao cobram os 15% de imposto.
O resto do dia morguei, embriagada com os livros de vampiros e de historia europeia que adquiri. A unica nota de pesar foi descobrir que, transcorrido apenas um terco de minha viagem, jah nao posso comprar sequer um livro mais, ou terei de comecar a me desfazer do resto da bagagem. MEU DEUS, UM MES NA AMERICA DO NORTE SEM PODER COMPRAR LIVROS!!!! Eh um pesadelo. Bom, decidi o seguinte: vou desencanar ateh faltar uma semana pra voltar. Aih quem sabe descubro algum sortilegio de levitacao que reduza o peso das coisas.
De noite, Claudia e Terry me convidaram para um jantar de aniversario. Fomos num chines "eat all you can", onde um corinho de recepcionistas uniformizadas te recebe cantando alguma musica estupida, e sempre tem uns cinco funcionarios ao seu rador, tirando o prato sujo que vc NAO quer que tirem, te dando guardanapo novo, enchendo seu copo de agua, perguntando se esta tudo bem, fazendo sugestoes... E ACHANDO QUE VOCE ESTAH ENTENDENDO! Eu nao entendia porra nenhuma, soh sorria e fazia que sim com a cabeca. Mas meu, COMO EU COMI!!! Uma delicia, sushi, frutos do mar, saladas estranhas, carnes e massas ah vontade, sem falar nas sobremesas. Me empanturrei de sushi, lula, peixe, marisco, as tais saladas estranhas e posr cima soquei um monte de doces com chocolate, morango e/ou pessego, nas mais variadas combinacoes. Achei que ia passar mal. Recomendo: Restaurante Mandarin, na Queensway.
beijos a todos, enfrentem o calor com muita valentia.
Martha Argel
terça-feira, 13 de setembro de 2005
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