Algumas fotos são mais fáceis que outras.
O homem, por exemplo. Vejam aí no post anterior, ele sorrindo, e até acenando, oferecendo-se para a câmera com a naturalidade do hábito.
Foto fácil. Todo dia a gente vê em qualquer jornal, qualquer banca.
Foto difícil é esta outra aqui, feita hoje de manhã num ponto de ônibus de uma rua qualquer. Custou até ele permitir ser fotografado. E nem o sorriso ele mostra, e não está em nenhum jornal ou revista. Azar o nosso, o sorriso dele é lindo.
E vai saber. Quem garante que daqui uns anos ele não vai ser muito mais importante que o homem do riso fácil?
fiquem bem, fiquem em paz
tita
terça-feira, 29 de outubro de 2002
domingo, 27 de outubro de 2002
Tem gente que não tem mais o que fazer.
Tem gente que é capaz de perder meia hora da vida parada numa esquina esperando o homem aparecer.
Tem gente que leva até máquina fotográfica.
E tem gente que depois corre pra colocar no blog uma foto ruim e cheia de reflexo, só porque não tem mais o que fazer.
Última vez que tem esse circo aqui na frente de casa por causa dele.
Na próxima, ele vem votar sozinho, sem segurança, polícia, exército, DSV, fãzocas...
... e paparazzi improvisados!
beijos
tita
Tem gente que é capaz de perder meia hora da vida parada numa esquina esperando o homem aparecer.
Tem gente que leva até máquina fotográfica.
E tem gente que depois corre pra colocar no blog uma foto ruim e cheia de reflexo, só porque não tem mais o que fazer.
Última vez que tem esse circo aqui na frente de casa por causa dele.
Na próxima, ele vem votar sozinho, sem segurança, polícia, exército, DSV, fãzocas...
... e paparazzi improvisados!
beijos
tita
Então. Fui lá. Votei. Exerci o direito (não o dever) que exerceria mesmo que o voto não fosse obrigatório, coisa que não deveria ser.
Retiro o que disse ontem, Giu, Tetsuo, Cintia, Pri: puta esquema de segurança. O homem vota aqui na frente de casa, vcs sabem. Aquele, o tal que está indo embora pra deixar a cadeira pro Lula (opa, cantando vitória antes do tempo!). O quarteirão foi isolado com cavaletes e fitas pelo DSV e ninguém, fora as unidades de TV, estaciona. Ah, e o ônibus do Exército, cheio de requinhos à paisana, mortos de sono, pobres meninos, e que estão por toda a parte, de sentinela pela rua.
Carros de polícia parados em pontos estratégicos, e circulando a cada cinco minutos. Quando um sujeito invadiu minha varanda de madrugada, uns anos atrás, não tinha nenhum. A polícia federal ainda não chegou, é a única que falta na festa. E no corredor que dá pra sessão onde o homem vota, um detector de metais.
É o crime organizado conseguindo, aos poucos, instalar um clima de medo e paranóia num país que nunca enfrentou o terrorismo.
Dá o que pensar.
beijos a todos
tita
Retiro o que disse ontem, Giu, Tetsuo, Cintia, Pri: puta esquema de segurança. O homem vota aqui na frente de casa, vcs sabem. Aquele, o tal que está indo embora pra deixar a cadeira pro Lula (opa, cantando vitória antes do tempo!). O quarteirão foi isolado com cavaletes e fitas pelo DSV e ninguém, fora as unidades de TV, estaciona. Ah, e o ônibus do Exército, cheio de requinhos à paisana, mortos de sono, pobres meninos, e que estão por toda a parte, de sentinela pela rua.
Carros de polícia parados em pontos estratégicos, e circulando a cada cinco minutos. Quando um sujeito invadiu minha varanda de madrugada, uns anos atrás, não tinha nenhum. A polícia federal ainda não chegou, é a única que falta na festa. E no corredor que dá pra sessão onde o homem vota, um detector de metais.
É o crime organizado conseguindo, aos poucos, instalar um clima de medo e paranóia num país que nunca enfrentou o terrorismo.
Dá o que pensar.
beijos a todos
tita
Bom dia, querido diário!
E não é que o Paulo visitou meu blog? Eu até pensei, quando coloquei a foto do Thor mordendo meu pé, que seria o tipo de comentário que ele faria, mas como sei que ele nunca passa por aqui, me pegou de surpresa encontrar o comentário dele.
E a Liliana e o Tetsuo engataram uma cyber-amizade que deve ser hilariante: não imagino o que cada um entende do que o outro escreve. Deviam criar, juntos, um blog em portunhol!!!
Bom, sobre o Halloween do Carcasse: eu ia esperar que a Giulia postasse as fotos pra poder linkar, mas ela só vai fazer isso amanhã, então eu falo como foi. Foi a melhor festa gótica a que eu já fui. Finalmente! Tudo foi praticamente perfeito: a fila foi curta, o lugar era fan-tás-ti-co, a decoração de bom gosto, as pessoas super bem produzidas, a música era legal, o bar eficiente, os banheiros limpos, tinha um espaço a céu aberto que era uma delícia (pena que choveu durante algum tempo). Duas coisinhas de que eu teria gostado: um espaço mais isolado acusticamente pra quem estava a fim de bater papo, e um pouquinho mais de luz pra poder ver as roupas e fantasias. Mas são detalhes. A casa estava lotada. Que bom! Meus parabéns ao Cid Vale Ferreira e aos demais organizadores e patrocinadores. Que haja mais eventos no Absinto Club!
Quem foi? A Giu, a Carmilla, a Priscilla e eu. Num certo momento, a Giu e eu tinhamos saído para tomar um arzinho e chegam dois rapazinhos. Ué? ''Você é a Tita? Eu sou o Paisley, e esse aqui é o Nnato". QUE BACANA!!! Nossos amigos virtuais nos reconheceram!!! Junto com eles estava a Agnes, uma simpatia, como os dois. Passamos o resto da festa batendo papo, foi muito legal, rimos pra caramba, a Giulia, claro, me fez contar tudo sobre meus estômagos e cocôs de passarinho, e o Nnato ficou superfeliz porque eu tinha um exemplar do Relações de Sangue (dei um pulinho no blog dele. Ele até pôs a foto do autógrafo que eu dei!). Lá pelas tantas conhecemos o Cid em pessoa. Nossa, que cara simpático!!!
Enfim, foi uma noite genial. Lugar legal, festa animada, velhos e novos amigos. Mal posso esperar pela próxima!
Por enquanto é só.
Que todos tenham um bom dia. Votem conscientes, votem bem, votem em paz.
beijos a todos
tita
E não é que o Paulo visitou meu blog? Eu até pensei, quando coloquei a foto do Thor mordendo meu pé, que seria o tipo de comentário que ele faria, mas como sei que ele nunca passa por aqui, me pegou de surpresa encontrar o comentário dele.
E a Liliana e o Tetsuo engataram uma cyber-amizade que deve ser hilariante: não imagino o que cada um entende do que o outro escreve. Deviam criar, juntos, um blog em portunhol!!!
Bom, sobre o Halloween do Carcasse: eu ia esperar que a Giulia postasse as fotos pra poder linkar, mas ela só vai fazer isso amanhã, então eu falo como foi. Foi a melhor festa gótica a que eu já fui. Finalmente! Tudo foi praticamente perfeito: a fila foi curta, o lugar era fan-tás-ti-co, a decoração de bom gosto, as pessoas super bem produzidas, a música era legal, o bar eficiente, os banheiros limpos, tinha um espaço a céu aberto que era uma delícia (pena que choveu durante algum tempo). Duas coisinhas de que eu teria gostado: um espaço mais isolado acusticamente pra quem estava a fim de bater papo, e um pouquinho mais de luz pra poder ver as roupas e fantasias. Mas são detalhes. A casa estava lotada. Que bom! Meus parabéns ao Cid Vale Ferreira e aos demais organizadores e patrocinadores. Que haja mais eventos no Absinto Club!
Quem foi? A Giu, a Carmilla, a Priscilla e eu. Num certo momento, a Giu e eu tinhamos saído para tomar um arzinho e chegam dois rapazinhos. Ué? ''Você é a Tita? Eu sou o Paisley, e esse aqui é o Nnato". QUE BACANA!!! Nossos amigos virtuais nos reconheceram!!! Junto com eles estava a Agnes, uma simpatia, como os dois. Passamos o resto da festa batendo papo, foi muito legal, rimos pra caramba, a Giulia, claro, me fez contar tudo sobre meus estômagos e cocôs de passarinho, e o Nnato ficou superfeliz porque eu tinha um exemplar do Relações de Sangue (dei um pulinho no blog dele. Ele até pôs a foto do autógrafo que eu dei!). Lá pelas tantas conhecemos o Cid em pessoa. Nossa, que cara simpático!!!
Enfim, foi uma noite genial. Lugar legal, festa animada, velhos e novos amigos. Mal posso esperar pela próxima!
Por enquanto é só.
Que todos tenham um bom dia. Votem conscientes, votem bem, votem em paz.
beijos a todos
tita
sábado, 26 de outubro de 2002
Cá estou eu. Não que eu queira. Eu queria estar dormindo!
Mas esse pentelhinho filho da puta não deixou.
Pois é. Cheguei do Halloween do Carcasse eram umas cinco e meia. Esse serzinho asqueroso começou a latir na minha porta às oito e meia. Bom, muitos de vocês sabem que tive um probleminha chamado "serralheiro-filho-da-puta'' com a porta de entrada, que está sem vidro. Os latidos soavam dentro de minha caixa craniana. Você conseguiria dormir? Então. Abri a porta. Olha um flagrante do filho-da-putinha fazendo o que ele sabe de melhor: enchendo o saco.
Ele já latiu, mordeu meu pé e vomitou no tapete. The joys of the wildlife.
E como foi lá no Carcasse? Putz, depois eu conto!
beijosss (de muito bom humor)
tita
Mas esse pentelhinho filho da puta não deixou.
Pois é. Cheguei do Halloween do Carcasse eram umas cinco e meia. Esse serzinho asqueroso começou a latir na minha porta às oito e meia. Bom, muitos de vocês sabem que tive um probleminha chamado "serralheiro-filho-da-puta'' com a porta de entrada, que está sem vidro. Os latidos soavam dentro de minha caixa craniana. Você conseguiria dormir? Então. Abri a porta. Olha um flagrante do filho-da-putinha fazendo o que ele sabe de melhor: enchendo o saco.
Ele já latiu, mordeu meu pé e vomitou no tapete. The joys of the wildlife.
E como foi lá no Carcasse? Putz, depois eu conto!
beijosss (de muito bom humor)
tita
sexta-feira, 25 de outubro de 2002
Bom dia, quase-diário virtual.
Nos últimos dias, tenho me sentido gente grande, reuniões, relatórios concluídos, telefonemas de trabalho, contatos, além do empenho na divulgação do livro. Até a correspondência eletrônica está bem mais em dia. Resultado, o blog sofre.
Nas minhas manhãs, uma novidade: comecei a correr. Economiza tempo, mas em função do traçado, percorro uma distância bem menor do que costumo percorrer caminhando. Em suma: ainda não sei se incorporo à rotina ou se volto às caminhadas, muito mais tranqüilas, embora mais demoradas.
Apesar de toda a crise, que ferra com toda a vida econômica do país, ando empolgada com os primeiros resultados da chegada do Relações de Sangue às livrarias, e as primeiras impressões de leitores que não são amigos próximos. Parece que o pessoal está adorando. Viva!
Agora, um pouco de marketing. Relações de Sangue, meu primeiro romance, uma história policial com vampiros, está à venda, nas Siciliano, nas Saraiva Megastores e na FNAC; parece que está na LaSelva e na Cultura, mas não estou bem certa. A Papirus, da Campinas, deverá ter em breve (obrigada, Paulo, lindinho!) As lojas normais da Saraiva não receberam, mas se os clientes pedirem, eles solicitam à distribuidora.
Pela internet, ele pode ser comprado nas seguintes URLs:
- Editora Novo Século o pedido pode ser por telefone também (11) 3699-7107
- Submarino
- Siciliano
- Saraiva
(e se você já leu o livro e gostou, por favor deixe sua opinião nos sites das livrarias Submarino, Siciliano e/ou Saraiva. Fico muuuuito grata!)
Hoje é capaz que vou ao Halloween do Carcasse com a minha amiga Priscilla. Que tal a gente se encontrar lá?
beijos, tenham um belo dia
tita
Nos últimos dias, tenho me sentido gente grande, reuniões, relatórios concluídos, telefonemas de trabalho, contatos, além do empenho na divulgação do livro. Até a correspondência eletrônica está bem mais em dia. Resultado, o blog sofre.
Nas minhas manhãs, uma novidade: comecei a correr. Economiza tempo, mas em função do traçado, percorro uma distância bem menor do que costumo percorrer caminhando. Em suma: ainda não sei se incorporo à rotina ou se volto às caminhadas, muito mais tranqüilas, embora mais demoradas.
Apesar de toda a crise, que ferra com toda a vida econômica do país, ando empolgada com os primeiros resultados da chegada do Relações de Sangue às livrarias, e as primeiras impressões de leitores que não são amigos próximos. Parece que o pessoal está adorando. Viva!
Agora, um pouco de marketing. Relações de Sangue, meu primeiro romance, uma história policial com vampiros, está à venda, nas Siciliano, nas Saraiva Megastores e na FNAC; parece que está na LaSelva e na Cultura, mas não estou bem certa. A Papirus, da Campinas, deverá ter em breve (obrigada, Paulo, lindinho!) As lojas normais da Saraiva não receberam, mas se os clientes pedirem, eles solicitam à distribuidora.
Pela internet, ele pode ser comprado nas seguintes URLs:
- Editora Novo Século o pedido pode ser por telefone também (11) 3699-7107
- Submarino
- Siciliano
- Saraiva
(e se você já leu o livro e gostou, por favor deixe sua opinião nos sites das livrarias Submarino, Siciliano e/ou Saraiva. Fico muuuuito grata!)
Hoje é capaz que vou ao Halloween do Carcasse com a minha amiga Priscilla. Que tal a gente se encontrar lá?
beijos, tenham um belo dia
tita
terça-feira, 22 de outubro de 2002
Esse é o Thor, meu puldog.
Hoje ele fez cocô no jardim do Senador que é meu vizinho e vcs já sabem quem é. Eu estava catando o excrementozinho quando escutei a porta se abrindo. "Xi, sujou", foi o que pensei "agora vão achar que eu estava preparando um atentado a bomba contra o cara". Juro que fiquei com medo. Mas era só o Senador saindo, acompanhado por seu indefectível guarda-costas. Não cheguei a dar bom dia ao político, afinal eu estava ocupada demais com a merda, que diligentemente juntei, depositei num saquinho plástico e depois joguei num saco de lixo.
Pesquisa de opinião pública: o que vocês teriam feito em meu lugar?
tita
Tem umas coisas que são meio doidas aqui.
O post de ontem, por exemplo. Ele foi repetido, por algum mistério insondável da web-natureza. Pois bem. Tentei apagar uma das cópias, não consegui. Então salvei o texto e apaguei as duas, pensando recolocá-lo depois. Agora volto aqui e descobro que estão as duas ainda lá, mas o texto não existe aqui no editor!!!
Moral da história: não erre em seus posts, o blogger tem uma memória de elefante.
O post de ontem, por exemplo. Ele foi repetido, por algum mistério insondável da web-natureza. Pois bem. Tentei apagar uma das cópias, não consegui. Então salvei o texto e apaguei as duas, pensando recolocá-lo depois. Agora volto aqui e descobro que estão as duas ainda lá, mas o texto não existe aqui no editor!!!
Moral da história: não erre em seus posts, o blogger tem uma memória de elefante.
domingo, 20 de outubro de 2002
Eu não ia postar nada hoje, mas o assunto do rio poluído despertou atenção. Então tá. Vou falar do rio, que não interessa qual é, e que vou chamar de Terror.
Pois bem, o Terror atravessa uma linda floresta. Você vai por uma estradinha de terra e lá na frente você vê uma ponte amarela. Quando chega na ponte, você percebe que algo muito errado acontece com o Terror: primeiro, as águas são nojentas, estagnadas, uma cor doentia, um verde quase negro, com bolhas de gases presas na superfície. E imediatamente você sente o fedor. Não é de merda, não é de podre. É algo que só pode ser descrito como insuportável. Aí você começa andar pela margem, rio acima, no meio da mata. O rio parece um lago, absolutamente imóvel. O que quer dizer isso? Que não vem água lá de cima. Estamos atravessando uma forte seca, sabe. Não chove, o rio não corre, a água estagnada perde o pouco oxigênio que tem, e o rio fica TOTALMENTE MORTO. Você continua subindo. De repente, um susto: no meio do rio, parece que algo está vindo à superfície. Ali. E ali. Lá. E mais adiante. Parece que todo o rio está vivo, com algo, que você não sabe o que é, subindo à tona por toda parte. São gases e substâncias que estavam presos no fundo do rio, sendo liberados para a superfície. É impressionante. Você continua subindo. Aves aquáticas sobrevoam, mas nunca pousam nas águas podres. Que pensarão elas dessa água venenosa, sem peixes? E de repente... cacete! A água está vermelha? Que porra...? Claro, alguma descarga de produto químico. Não é só a bosta e os detergentes residenciais que vêm parar aqui, neste rio morto que atravessa um paraíso. Os empresários têm tanto direito quanto as donas de casa de fuder com os recursos naturais. E você segue subindo até que escuta o barulho de água corrente. Feche os olhos, tampe o nariz e escute os passarinhos e o murmúrio líquido. Lindo, né? Pois você chegou ao ponto de despejo de esgoto. Aquela cachoeirinha ali na frente é a fonte de toda a bosta cujo cheiro, numa altura destas, já está revirando seu estômago.
Vá subindo. Lembra que o Terror está parado por causa da seca? Pois incrível, quem disse que um rio sempre corre para baixo? O fedor e a água morta estão também acima do ponto de despejo de esgoto. Há tão pouca água que o esgoto se espalha nas duas direções.
Mas prossiga, vá até aquela ponte ali. Antes da ponte a poluição cessa. A água do rio está limpa, um verde saudável. Peixinhos se agitam perto da superfície. Por todo lado. Não são gases, são peixinhos de verdade. Mas, ei, eles estão muito agitados. É falta de oxigênio: eles estão morrendo. Então aparece um homem com um saco de pão “Vim trazer pros peixinhos [enquanto esfarela os pães e joga na água]. São lambaris. Eles estão morrendo de fome. Eles não conseguem descer o rio por causa da poluição, e não conseguem subir por causa da barragem da captação de água. Eles estão presos aqui. Semana passada tinha muito mais, mas acho que a maioria já morreu. Vão morrer todos se não chover”.
Continue rio acima. Agora sim, há aves na água. Biguás e socós. Devem estar felizes, comendo os peixinhos que não têm como fugir.
E por fim você chega numa barragem. É ela que retém a água que deveria fazer o Terror fluir. Ali é a captação de água. Que quer dizer isso? Que dali é retirada a água para abastecer a cidade. A água que deveria fluir no rio, e levar oxigênio para os peixinhos, e carregar a poluição rio abaixo, e TORICAMENTE diluí-la e permitir que processos naturais aos poucos a neutralizassem, essa água é captada aí e levada, através de uma tubulação eficiente, para que os moradores possam desperdiçá-la lavando a calçada, deixando a torneira aberta enquanto escovam os dentes, largando a mangueira jorrando enquanto vão atender o telefone, essas coisas que eu e você fazemos todos os dias porque achamos que é NORMAL.
Eu gostaria de falar mais, mas não posso, não sou padre nem médico, mas tenho de respeitar o cliente que está me pagando para que meus conhecimentos técnicos ajudem a prevenir problemas. Não vou fazer denúncias e nem criar movimentos populares. Meu papel é só um: mostrar que a construção de uma rede de coleta de esgotos NÃO vai trazer impactos negativos para a fauna hoje existente na área. Parece ridículo, né? Mas legislação é legislação, não vou entrar no mérito da coisa porque não meto o bedelho em áreas que não são de minha competência. Não vou entrar no gabinete de político nenhum batendo na mesa e exigindo que as coisas sejam feitas. Só vou fazer o que posso: mostrar que a rede coletora é boa pros passarinhos e torcer pra que o projeto seja aprovado pelos órgãos competentes.
beijosss
tita
Pois bem, o Terror atravessa uma linda floresta. Você vai por uma estradinha de terra e lá na frente você vê uma ponte amarela. Quando chega na ponte, você percebe que algo muito errado acontece com o Terror: primeiro, as águas são nojentas, estagnadas, uma cor doentia, um verde quase negro, com bolhas de gases presas na superfície. E imediatamente você sente o fedor. Não é de merda, não é de podre. É algo que só pode ser descrito como insuportável. Aí você começa andar pela margem, rio acima, no meio da mata. O rio parece um lago, absolutamente imóvel. O que quer dizer isso? Que não vem água lá de cima. Estamos atravessando uma forte seca, sabe. Não chove, o rio não corre, a água estagnada perde o pouco oxigênio que tem, e o rio fica TOTALMENTE MORTO. Você continua subindo. De repente, um susto: no meio do rio, parece que algo está vindo à superfície. Ali. E ali. Lá. E mais adiante. Parece que todo o rio está vivo, com algo, que você não sabe o que é, subindo à tona por toda parte. São gases e substâncias que estavam presos no fundo do rio, sendo liberados para a superfície. É impressionante. Você continua subindo. Aves aquáticas sobrevoam, mas nunca pousam nas águas podres. Que pensarão elas dessa água venenosa, sem peixes? E de repente... cacete! A água está vermelha? Que porra...? Claro, alguma descarga de produto químico. Não é só a bosta e os detergentes residenciais que vêm parar aqui, neste rio morto que atravessa um paraíso. Os empresários têm tanto direito quanto as donas de casa de fuder com os recursos naturais. E você segue subindo até que escuta o barulho de água corrente. Feche os olhos, tampe o nariz e escute os passarinhos e o murmúrio líquido. Lindo, né? Pois você chegou ao ponto de despejo de esgoto. Aquela cachoeirinha ali na frente é a fonte de toda a bosta cujo cheiro, numa altura destas, já está revirando seu estômago.
Vá subindo. Lembra que o Terror está parado por causa da seca? Pois incrível, quem disse que um rio sempre corre para baixo? O fedor e a água morta estão também acima do ponto de despejo de esgoto. Há tão pouca água que o esgoto se espalha nas duas direções.
Mas prossiga, vá até aquela ponte ali. Antes da ponte a poluição cessa. A água do rio está limpa, um verde saudável. Peixinhos se agitam perto da superfície. Por todo lado. Não são gases, são peixinhos de verdade. Mas, ei, eles estão muito agitados. É falta de oxigênio: eles estão morrendo. Então aparece um homem com um saco de pão “Vim trazer pros peixinhos [enquanto esfarela os pães e joga na água]. São lambaris. Eles estão morrendo de fome. Eles não conseguem descer o rio por causa da poluição, e não conseguem subir por causa da barragem da captação de água. Eles estão presos aqui. Semana passada tinha muito mais, mas acho que a maioria já morreu. Vão morrer todos se não chover”.
Continue rio acima. Agora sim, há aves na água. Biguás e socós. Devem estar felizes, comendo os peixinhos que não têm como fugir.
E por fim você chega numa barragem. É ela que retém a água que deveria fazer o Terror fluir. Ali é a captação de água. Que quer dizer isso? Que dali é retirada a água para abastecer a cidade. A água que deveria fluir no rio, e levar oxigênio para os peixinhos, e carregar a poluição rio abaixo, e TORICAMENTE diluí-la e permitir que processos naturais aos poucos a neutralizassem, essa água é captada aí e levada, através de uma tubulação eficiente, para que os moradores possam desperdiçá-la lavando a calçada, deixando a torneira aberta enquanto escovam os dentes, largando a mangueira jorrando enquanto vão atender o telefone, essas coisas que eu e você fazemos todos os dias porque achamos que é NORMAL.
Eu gostaria de falar mais, mas não posso, não sou padre nem médico, mas tenho de respeitar o cliente que está me pagando para que meus conhecimentos técnicos ajudem a prevenir problemas. Não vou fazer denúncias e nem criar movimentos populares. Meu papel é só um: mostrar que a construção de uma rede de coleta de esgotos NÃO vai trazer impactos negativos para a fauna hoje existente na área. Parece ridículo, né? Mas legislação é legislação, não vou entrar no mérito da coisa porque não meto o bedelho em áreas que não são de minha competência. Não vou entrar no gabinete de político nenhum batendo na mesa e exigindo que as coisas sejam feitas. Só vou fazer o que posso: mostrar que a rede coletora é boa pros passarinhos e torcer pra que o projeto seja aprovado pelos órgãos competentes.
beijosss
tita
sexta-feira, 18 de outubro de 2002
Boa noite.
Cá estou eu. Num quarto de hotel onde o ar condicionado cheira a poeira, mas cujo ruído ensurdecedor serve para abafar a tevê do sujeito ao lado. Merda. Mil vezes merda. Eu tava felizinha, oba, consigo conectar o laptop. Sim. Consigo me conectar a todas as merdas de minha vida.Linha direta, todas as pequenas e grandes obsessões aqui, comigo, neste quarto onde estou há... deixa eu ver... ha seis horas, me sentindo mal mal mal. Sei lá o que foi. Um enjôo terrível. Não sei o que foi, talvez o cheiro nauseabundo do rio que estamos tentando salvar. Bonito isso, né? Paladina da justiça. Bela merda.
Vocês já viram um rio vermelho? Eu vi hoje de manhã.
Peixes aos milhares tentando respirar e condenados à morte presos por poluição fudida a jusante e uma barragem para captação de água a montante?
Aves aquáticas que apenas podem sobrevoar um rio nunca usar suas águas, apenas porque o rio não é rio, mas merda a céu aberto?
O mal-estar físico associando-se ao mal-estar do universo estranho que mora dentro da minha cabeça.
Merda.
Como é que eu faço pra dar um FODA-SE bem grande pro mundo, e realmente ter um resultado eficaz com isso?
tita,
que espera estar melhor pela manhã, pra poder continuar com este trabalho até o fim, porque a grana vai me comprar um pouco mais de fugas, quando chegar
quinta-feira, 17 de outubro de 2002
Antes de cair na estrada:
Meu livro, Relações de Sangue, está à venda no site da Novo Século, e em várias livrarias virtuais. Em duas delas há um espaço para comentários. Na Siciliano já apareceu um comentário da Cli, que enfrentou a provação de preencher uma ficha cadastral pra me dar a maior força (Valeu, Cli, amiga, sócia, séria candidata a fã número 1 da Lucila, e não apenas cronologicamente). Na página do Submarino a ficha é mais fácil de preencher. Detalhe: o livro aparece entre os ''Esotéricos''. Quem me conhece bem pode imaginar o que pensei ao descobrir isso...
Agora de volta às malas e mochilas.
Meu livro, Relações de Sangue, está à venda no site da Novo Século, e em várias livrarias virtuais. Em duas delas há um espaço para comentários. Na Siciliano já apareceu um comentário da Cli, que enfrentou a provação de preencher uma ficha cadastral pra me dar a maior força (Valeu, Cli, amiga, sócia, séria candidata a fã número 1 da Lucila, e não apenas cronologicamente). Na página do Submarino a ficha é mais fácil de preencher. Detalhe: o livro aparece entre os ''Esotéricos''. Quem me conhece bem pode imaginar o que pensei ao descobrir isso...
Agora de volta às malas e mochilas.
Bom dia, querido quase-diário cibernético egotrípico.
Ontem de madrugada tentei postar e não consegui, tinha algo fora do ar por aqui, e ao longo do dia acabei desistindo.
Preguiça, ou falta de vontade mesmo.
Pros que me perguntam como estou: estou, a dor está fraquinha, a impressão que tenho é de que tinha um belo componente de ansiedade nela. Me disseram ontem que eu não tinha de ter me preocupado com a dor, e me explicaram porque. Ok. Deixa pra lá.
Foi um dia bom. Ou deve ter sido, porque hoje não faz diferença. As camadas de algodão voltaram a abafar, neutralizar tudo. Altos e baixos não têm qualquer significado, frente a um agora tão cinzento e neutro como o dia que amanhece lá fora.
Antes que comecem a se preocupar ''ah, não, lá está ela deprimida de novo''. Eu NÃO estou deprimida. Também não estou esfuziante. As coisas não são branco ou negro, há uma grande zona de gradações de cinza no meio, e o ponteiro está marcando o centro exato. Tem uma etiquetinha por cima onde se lê ''Modo Trabalho''. Ter cortado as unhas e pintado de preto foi simbólico: passei por algumas semanas de montanha-russa emocional, e antes disso por meses de euforia com um livro que, sinceramente, já me cansou. Ok, Martha, hora de cair na real, sim? A ornitologia está aí, à espera de uma decisão tua. A situação bancária nunca esteve tão negra. Tem trabalho enrolado à espera de que vc tome uma atitude. Há quantos meses você não escreve um conto, começo ao fim?
Estou mais magra e em sentindo bem, as pessoas continuam gostando das coisas que eu escrevo, e ontem na rua um conhecido casual me disse que eu tinha um sorriso de criança e que estava bonita. Ok. Não sou um desastre social. "Você chora de barriga cheia'', ouvi ontem pelo telefone. Sim. Continuo, como sempre, sozinha e sem grana, e cheia de planos que nunca dão inteiramente certo. Running to stand still, ouvindo conselhos em músicas: you got to get yourself together, you got stuck in a momment, and you can't get out of it.
Viajo hoje, a trabalho, e nada mais reconfortante, neste momento, do que a idéia de horas e horas no silêncio de um eucaliptal histórico. Árvores gigantes, e, tenho certeza, no calor do meio do dia o canto melancólico, sonoro e repetitivo do pitiguari. Eu quero isso, a solidão boa onde eu sou eu, e não um personagem cheio de obsessões e idéias fixas. Quem sabe eu saio desse momento no qual estou atolada.
beijos, num dia em que, se o sol não aparecer, vou sentir muito a falta dele
tita
Ontem de madrugada tentei postar e não consegui, tinha algo fora do ar por aqui, e ao longo do dia acabei desistindo.
Preguiça, ou falta de vontade mesmo.
Pros que me perguntam como estou: estou, a dor está fraquinha, a impressão que tenho é de que tinha um belo componente de ansiedade nela. Me disseram ontem que eu não tinha de ter me preocupado com a dor, e me explicaram porque. Ok. Deixa pra lá.
Foi um dia bom. Ou deve ter sido, porque hoje não faz diferença. As camadas de algodão voltaram a abafar, neutralizar tudo. Altos e baixos não têm qualquer significado, frente a um agora tão cinzento e neutro como o dia que amanhece lá fora.
Antes que comecem a se preocupar ''ah, não, lá está ela deprimida de novo''. Eu NÃO estou deprimida. Também não estou esfuziante. As coisas não são branco ou negro, há uma grande zona de gradações de cinza no meio, e o ponteiro está marcando o centro exato. Tem uma etiquetinha por cima onde se lê ''Modo Trabalho''. Ter cortado as unhas e pintado de preto foi simbólico: passei por algumas semanas de montanha-russa emocional, e antes disso por meses de euforia com um livro que, sinceramente, já me cansou. Ok, Martha, hora de cair na real, sim? A ornitologia está aí, à espera de uma decisão tua. A situação bancária nunca esteve tão negra. Tem trabalho enrolado à espera de que vc tome uma atitude. Há quantos meses você não escreve um conto, começo ao fim?
Estou mais magra e em sentindo bem, as pessoas continuam gostando das coisas que eu escrevo, e ontem na rua um conhecido casual me disse que eu tinha um sorriso de criança e que estava bonita. Ok. Não sou um desastre social. "Você chora de barriga cheia'', ouvi ontem pelo telefone. Sim. Continuo, como sempre, sozinha e sem grana, e cheia de planos que nunca dão inteiramente certo. Running to stand still, ouvindo conselhos em músicas: you got to get yourself together, you got stuck in a momment, and you can't get out of it.
Viajo hoje, a trabalho, e nada mais reconfortante, neste momento, do que a idéia de horas e horas no silêncio de um eucaliptal histórico. Árvores gigantes, e, tenho certeza, no calor do meio do dia o canto melancólico, sonoro e repetitivo do pitiguari. Eu quero isso, a solidão boa onde eu sou eu, e não um personagem cheio de obsessões e idéias fixas. Quem sabe eu saio desse momento no qual estou atolada.
beijos, num dia em que, se o sol não aparecer, vou sentir muito a falta dele
tita
terça-feira, 15 de outubro de 2002
Eu de novo.
Me recuperando de um susto.
Saí pra caminhar, mais cedo que o normal, feliz da vida. Numa subida, não mais de cinco quadras caminhadas e de repente uma pontada horrível nas costas. Num teste, respirei fundo. Dor ampla, geral e irrestrita no peito. Oh-oh. Vejamos: histórico de doença cardíaca na família, há meses não passo no cardiologista, sou uma ansiosa irremediável... Tá, primeira coisa: NÃO ENTRE EM PÂNICO.
Voltei pra casa. Cada passo, uma pontada. Tentei ignorar, quem sabe a dor esquece e vai embora. Não deu certo. Doía cada vez que eu respirava.
Que se faz numa hora dessas? Apela pro anjo da guarda. O meu se chama dr. Osmar. "Dor no peito? Com o teu histórico? Vem pra cá já!"
Fui, né. Terror. Ele tá me olhando de jeito esquisito? Será que sabe de algo? Ele tá demorando mais que o normal com os estetoscópio. Ele voltou onde já tinha auscultado. Voltou de novo. Deve ter algo errado. Vixe, eletro. Deve ter algo bem errado. A cara dele tá normal quando ele lê o eletro? Porque ele tá demorando tanto pra tirar a pressão? Tá tirando de novo, deu merda. Veredito, afinal: ''Tudo normal, Martha. O coração tá completamente normal, a pressão um pouco alta, controla o sal. Índice de massa corporal, absolutamente dentro do normal. Você tem uma artrite paraescapular esquerda, o problema é postural.''
Então: meu maior problema de saúde é o laptop!!!!!. O segundo maior é arranjar grana pra pagar a consulta. O dr. Osmar é um anjo, mas ele não atende pelo meu convênio.
aliviada,
tita
Bom dia, sol!
Ontem, um dia cheio. Cheio de pequeninas coisas que, no cômputo geral, não são relevantes, mas que deixaram o dia movimentado. Alguns revezes, coisas que em vez de irem adiante deram marcha a ré. Não vale a pena falar. Meu humor anda bonzinho.
Me senti gorda. Uma visitinha à balança habitual comprovou que havia um quilo a mais em minha massa corporal. Impossível, em 24 horas? ''Vai ver é o antiinflamatorio'' sugeriu a Giulia. Bingo. Tava lá: ''Retenção de eletrólitos''. Você retém o sódio, e junto retém a água. Não engorda. Incha. Já parei de tomar. De qualquer forma, a dor nas costas quase sumiu.
Estou pegando uma corzinha. Ufa. O contraste entre rosto e pescoço já não está tão evidente. É bom eu caprichar. Daqui uns dias viajo de novo, a trabalho. Mais sol na cara, nos braços. Fica ridiculo quando a gente quer pôr algo mais decotado.
Fiz uma reforma nas unhas. De longas e rubras passaram a curtas e negras. Não faz sentido tê-las sexies. Atrapalhavam pra caralho, e eu errava além do normal na digitação.
No meio do dia, vontade de provar algo diferente. Tinha suco de tomate. Um resto (só um resto) de uma vodca russa, provavelmente a última que será vista em meu congelador por um looooongo tempo, dada a disparada do dólar. Eu estava com sede, esqueci que vodca é quase quatro vezes mais forte do que os vinhos que costumo consumir, e resolvi dar uma volta pelos blogs. Resultado: merda. Por toda a rede. E o pior é que a conexão estava boa, visitei blog pra cacete. Tá tudo lá registrado.
De noite, a Giulia me convenceu de que estávamos precisando de uma pizza. Segundona, o Larica's não trabalha, pedimos de outro lugar. Rúcula, tomate seco e mussa de búfala, claro. Muito melhor que a do Larica's. Bem mais cara também.
E terminei o conto. Fiquei feliz. Agora preciso revisar (nove anos, né, Giu? rsrsrs)
E já eram quase onze da noite quando o telefone toca. Ué?? ''Adivinha quem é, Tita?''. Incrível, adivinhei. ''Deus_Noite?!?'' Daí a pouco ele me passou pra um amigo que precisava uma ajuda e o resultado é que ficamos uma hora e meia ao telefone. Doideira. Falamos da extinção de mamíferos no pleistoceno, da relação pesquisadores/imprensa no Brasil, da pouca qualidade da divulgação científica em zoologia, fofocamos sobre conhecidos em comum e rimos muito. Desligamos grandes amigos. O mundo é estranho.
É isso aí. Curtam o calor. Se tiverem vontade de reclamar do sol, pensem antes nos dias cinzentos e tristes.
Assumida: apesar de tudo, gosto dos dias luminosos.
beijos
tita
Ontem, um dia cheio. Cheio de pequeninas coisas que, no cômputo geral, não são relevantes, mas que deixaram o dia movimentado. Alguns revezes, coisas que em vez de irem adiante deram marcha a ré. Não vale a pena falar. Meu humor anda bonzinho.
Me senti gorda. Uma visitinha à balança habitual comprovou que havia um quilo a mais em minha massa corporal. Impossível, em 24 horas? ''Vai ver é o antiinflamatorio'' sugeriu a Giulia. Bingo. Tava lá: ''Retenção de eletrólitos''. Você retém o sódio, e junto retém a água. Não engorda. Incha. Já parei de tomar. De qualquer forma, a dor nas costas quase sumiu.
Estou pegando uma corzinha. Ufa. O contraste entre rosto e pescoço já não está tão evidente. É bom eu caprichar. Daqui uns dias viajo de novo, a trabalho. Mais sol na cara, nos braços. Fica ridiculo quando a gente quer pôr algo mais decotado.
Fiz uma reforma nas unhas. De longas e rubras passaram a curtas e negras. Não faz sentido tê-las sexies. Atrapalhavam pra caralho, e eu errava além do normal na digitação.
No meio do dia, vontade de provar algo diferente. Tinha suco de tomate. Um resto (só um resto) de uma vodca russa, provavelmente a última que será vista em meu congelador por um looooongo tempo, dada a disparada do dólar. Eu estava com sede, esqueci que vodca é quase quatro vezes mais forte do que os vinhos que costumo consumir, e resolvi dar uma volta pelos blogs. Resultado: merda. Por toda a rede. E o pior é que a conexão estava boa, visitei blog pra cacete. Tá tudo lá registrado.
De noite, a Giulia me convenceu de que estávamos precisando de uma pizza. Segundona, o Larica's não trabalha, pedimos de outro lugar. Rúcula, tomate seco e mussa de búfala, claro. Muito melhor que a do Larica's. Bem mais cara também.
E terminei o conto. Fiquei feliz. Agora preciso revisar (nove anos, né, Giu? rsrsrs)
E já eram quase onze da noite quando o telefone toca. Ué?? ''Adivinha quem é, Tita?''. Incrível, adivinhei. ''Deus_Noite?!?'' Daí a pouco ele me passou pra um amigo que precisava uma ajuda e o resultado é que ficamos uma hora e meia ao telefone. Doideira. Falamos da extinção de mamíferos no pleistoceno, da relação pesquisadores/imprensa no Brasil, da pouca qualidade da divulgação científica em zoologia, fofocamos sobre conhecidos em comum e rimos muito. Desligamos grandes amigos. O mundo é estranho.
É isso aí. Curtam o calor. Se tiverem vontade de reclamar do sol, pensem antes nos dias cinzentos e tristes.
Assumida: apesar de tudo, gosto dos dias luminosos.
beijos
tita
segunda-feira, 14 de outubro de 2002
Oi.
O domingo teve música, uma musiquinha tocando na minha cabeça, suave, melancólica mas reconfortante, como o abraço carinhoso de alguém de quem a gente gosta, mas que sabe que logo vai embora.
O domingo teve o trabalho cerebral, duro, de tocar adiante um conto difícil, que tem um tema que não conheço na prática, só na teoria, mas que apesar de tudo, parece que está dando certo
O domingo teve a Giu, que apareceu por aqui, um furacão, cheia de presentes, e nosso almoço ''light'' se transformou numa orgia gastronômica, com direito a um sorvete que irmãmente dividimos ao meio e comemos TUDO, enquanto assistíamos vídeos que valiam a pena (vampiro Victor, estou babaaaaaando por você).
O domingo teve aquele pessimismo que já conheço bem: ninguém vai comprar meu livro porque perdi o bonde, as vitrines das livrarias já não são mais dedicadas aos vampiros, meu livro vai ficar perdido numa estante ''Literatura Nacional", juntando poeira porque ninguém vai achar ele lá. Fiquei mal demais pra contar o que aconteceu na sexta-feira: estive em duas livrarias, na Saraiva nem sombra do livro, na Siciliano idem, embora aparecesse no computador, na sessão de Terror. Me senti arrasada. A Giulia me consolou, um pouco, mas o sábado não foi muito alegre. Só que agora li o comentário da Carol, e fiquei sem saber o que pensar. Será mesmo? Será que o livro acabou na livraria? Será que não foi preguiça do vendedor? Será que o livro ainda não tinha chegado na livraria, mas estava no computador, e ele achou que tinha terminado? (o pessimismo é um hábito difícil de perder, mas de qq forma, Carol, você não sabe a alegria que seu comentário me trouxe!).
E o domingo teve a Giu me levando numa farmácia pra comprar Cataflam Gel, pra passar em uma dor muscular que me fez repetir ''aaai, aaaai'' ontem o dia inteiro. "Compra esse aqui, Tita''. ''Mas Giu, a dor é nas costas, eu não vou conseguir passar porque dói quando dobro o braço.'' ''Mas é bom''. ''Mas eu não vou conseguir''. ''Mas é bom''. ''É caro''. ''Olha, tem em spray''. ''É mais caro ainda''. ''Mas esse vc consegue passar, e vc não vai ficar com essa dor aí, né''. Tá bom. Comprei o spray caro. Funcionou. Giu, meu anjo da guarda.
E pra quem deixou comments...
Amanda, Vanessa, que bom que conheci vcs aí pela rede, eu chorei com seus comentários, acho que ando meio molinha esses dias, obrigada, obrigada!!!
Lili, quisiera tenerte acá, no solo en la pantalla, sino conmigo. Quisiera que Mardel y Sao Paulo fueran una sola cosa, para poder visitarte cuando me entraran las ganas, para salirmos a pajarear y tantas cosas buenas que podriamos hacer juntas.
Nnato, vc viu, querido, linkei teu blog. Não fica pra baixo, não, e boa sorte no trabalho! Posta lá no blog que eu vou te visitar!
Paulo, uma saudade imensa de você, acho que a gente acostuma rápido com o que é bom. Sinto tua falta, por todos os cantos da casa.
Giu, Giu, Giu. Tardes ensolaradas de domingos são pra serem compartilhadas com quem a gente gosta. Ontem foi ótimo.
Jaspion, amiguinha nova, já te conhecia do blog do Carl, valeu mesmo! Que bom que você gosta do JC. Ele é uma delícia de abraçar e apertar.
BB, q q vc faz? Fica por aqui, oras! E seja bem-vindo! Os amigos da Van são meus amigos também, baby...
Tetsuo, vc apareceu! Tente dividir um dia de sol com as pessoas que gostam de você. Você vai começar a gostar dele também :-)
beijos a todos, tenho de ir, aproveitem o dia, e as amizades
tita
domingo, 13 de outubro de 2002
Domingo de sol, pouco passa das seis mas já se nota que o dia vai ser fogo, literalmente.
Uma vez me disseram que quando estou feliz fico bonita. Estou tentando ficar bonita. Esquecer as encanações, as mágoas, as desilusões, os pequenos revezes que se acumulam. Ver o que há de bom por aí.
Então caminho. A primavera, apesar de quente, anda linda aqui por Sampa, flores por toda parte, ontem saí para caminhar no fim da tarde e vi: os amarelos das sibipirunas e tipuanas, o lilás do jacarandá-mimoso, o fúcsia das primaveras. Ruas e calçadas cobertas por tapetes coloridos de flores caídas. E tingidas de roxo escuro por baixo das amoreiras. Eu nunca havia reparado quantas amoreiras existem aqui. Já sei quais são as azedas e quais são doces como açúcar. Volto sempre com as pontas dos dedos pintadas de roxo. Ontem peguei um punhado de amoras de cima do capô do carro do Romeu Tuma. Estavam azedas umas, passadas outras; duas eram um manjar.
Então escrevo. Great news, estou trabalhando em um conto. Há quantos meses não conseguia? Mas estou me forçando, neste momento em que não tenho mais nenhum trabalho para entregar. O texto não sai natural. Ainda não estou feliz o suficiente, quem sabe.
E então leio. Enquanto tomo sol, um pouquinho só, que é para igualar a cor que não tem jeito, sempre pego no rosto e braços quando faço trabalho de campo. Tomar sol não é só frescura, pra mim é uma necessidade, uma obrigação.
Brinco com o Thor, atualizo o blog, falo com amigos pelo telefone. Assim. São os meus dias. Ainda demora muito pra ficar bonita?
beijos, o Thor tá me chamando. aproveitem os dias.
tita
sábado, 12 de outubro de 2002
Bom dia.
Ontem, coisinhas estúpidas e irrelevantes foram se acumulando e cavando um poço fundo por baixo do humor, mas a prova de que eram estúpidas e irrelevantes veio no fim da tarde, quando por um passe de mágica o humor de repente aflorou à superfície, em excelente estado de conservação. Não me perguntem. Acontece com vcs também?
O passe de mágica? Não sei, talvez um punhado de telefonemas (três, para ser exata). E a Giulia Moon aparecendo por aqui para uma pizza de rúcula com tomate seco e mussa de búfala. O entregador de sempre explicando porque é que a pizza de rúcula sempre chega morna e não explicando porque é que a Coca light estava idem. Aí assistimos ''Blood, the Last Vampire'', e depois um longo papo na varanda arejada e fresca, delícia pra quem tava morrendo assado dentro de casa.
Não tô inspirada. Depois posto mais alguma coisa. Vou aproveitar que o sol ainda não castiga e dar uma longa caminhada.
beijos a todos, curtam este começo de feriado
tita
sexta-feira, 11 de outubro de 2002
Atualizar.
Ok.
Passei os dois últimos dias me atualizando, a ponto das lagrimas chegarem à borda dos olhos, de felicidade, de uma visão no futuro. Aquela vontade de sumir no mundo. Viajei, com uma intensidade surpreendente, companheiros que amei a cada minuto. Passado e futuro numa sobreposição de power point. Quem sou eu, que no fim saí sem me despedir? Será que terminou, outra ilusão, outro arroubo de 'agora sim'?
O caos apenas se aprofundou quando peças já abandonadas entraram no jogo, de novo, teimosas, junto com sorrisos de acolhida à filha pródiga.
O que eu amo? Quem eu amo? Amo? O que vale a pena? Vale?
Quero fazer tudo ao mesmo tempo, talvez porque o brilho de que longe cativa de perto perca a magia. Ou sou eu que não vejo porque não quero, porque não sei?
O fogo da urgência ardendo no peito, e eu me imobilizo, sabotando a mim.
Camadas e camadas de algodão macio, impenetrável, aconchegante. Realidade tamponada.
E hoje?
Morangos maduros, trabalhos por terminar, um saldo bancário negativo iminente (ou eminente? ou ambos?), o mesmo caos, inerte, amorfo, de sempre. E o confuso carinho que a distância crescente torna cada vez mais melancólico.
beijos a todos, aproveitem o dia.
tita
terça-feira, 8 de outubro de 2002
Então.
A Engel cantou a bola e fui lá conferir.
É verdade!!!! Relações de Sangue está nas livrarias virtuais!!!
Encontrei na Siciliano!!! Dêem um pulinho lá!!! Quem já leu, pleaaaaase, tem um formulário pra deixar comentários!!!!
Quem não leu, pode aproveitar e comprar....
E só pra lembrar vcs, lá vai de novo....
Relações de Sangue, uma história policial com vampiros!
Esqueça as masmorras e os castelos nas montanhas distantes. Nada de caixões ou capas negras. Os vampiros estão entre nós. Num bar da moda ou no carro importado, bem aí do seu lado num congestionamento. Normais em aparência, vestidos como você ou como eu, mas sempre à caça de novas vítimas, em busca do sangue denso e quente, e sedentos pela vida dos mortais. Martha Argel traz os vampiros para o nosso dia-a-dia, para o cotidiano de uma metrópole brasileira, para dentro de sua vida. Através dos olhos de Clara, uma mulher absolutamente normal até que os filhos das trevas invadissem sua vida, você conhecerá vampiros belos, sedutores e irresistíveis. Mas não menos fatais do que os clássicos tomadores de sangue do cinema, como Drácula e Nosferatu. Relações de Sangue é um livro inteligente, bem-humorado, com um ritmo alucinante e uma trama envolvente. Amor sedução, aventuras e sangue nas ruas de São Paulo. Assassinatos misteriosos e atrações perigosas. Uma história envolvente do começo ao fim. Você irá curtir cada mordida. Aproveite!
o post que tava aqui eu apaguei.
me sentindo gente, me arrependendo, assumindo.
os passarinhos me esperam lá.
decisão, quem sabe tenho esse privilégio.
de repente, quem sabe, pinta a chance de fazer alguma loucura, na boa, loucura apenas segundo o evangelho de meus planos atuais (ou falta de).
montanha-russa.
[suspiro] sei lá.
torço pro meu caos não ferir inocentes.
beijos
tita
me sentindo gente, me arrependendo, assumindo.
os passarinhos me esperam lá.
decisão, quem sabe tenho esse privilégio.
de repente, quem sabe, pinta a chance de fazer alguma loucura, na boa, loucura apenas segundo o evangelho de meus planos atuais (ou falta de).
montanha-russa.
[suspiro] sei lá.
torço pro meu caos não ferir inocentes.
beijos
tita
Bom dia.
Acordei como de costume, amorfa. Acreditando da vida, apesar dela. Barry Manilow, quem aí lembra, doin’ ok, but not very well. Um carinho enorme, um calor guardado aqui dentro, mas é, até onde sei, um doce passado, que vai me aquecer até não sei quando e daí pra frente continuo não sabendo. Sem expectativas.
Por outro lado (que bom quando existe ao menos um outro lado; que bom que tenho dois deles pra me fazer VIVER), de repente caiu uma ficha. Amanhã vou brincar de gente grande, reconhecimento profissional e coisa e tal. Sem fingimentos, não a grande escritora, não a heroína pulp fiction. Terreno sólido debaixo dos meus pés. Estranho isso, aquilo que estou tentando transformar em passado é o que, quando o mundo oscila violento a meu redor a ponto de me deixar enjoada, me acalma, me tranqüiliza, me conforta. Armadilha: última vez porque, lembra, estou caindo fora. Eu me odeio quando saboto minha própria paz. E sou muito boa nisso.
Assim: no jolts no surprises, no crisis or rises, my life goes along as it should, it’s all very nice, but not very good. Li nalgum lugar: no meio da tempestade, os marinheiros derramavam óleo e o mar amansava ao redor do navio. Serenidade, paz. Smoothness. Derramar óleo é uma via de duas mãos. Eu sempre soube, mas a covardia é um magistrado implacável em seus vereditos. A vida segue mansa, tamponada. Mild weather.
E a gente transfere os arroubos de fúria para um terreno não pessoal: você aí que votou no patético arremedo de líder Enéas Carneiro: vá para a putíssima mãe que te pariu. Você humilhou todos aqueles que votaram com responsabilidade. Você transformou meu voto em merda. Por tabela, e sem saber, você deu a autoridade (e a responsabilidade) de representar 30 milhões de eleitores a um boçal que recebeu menos de 300 votos, e que foi carregado para dentro da Câmara dos Deputados como um parasita confortável, nas costas dessa caricatura grotesca a quem sua rebeldia ignorante e inconseqüente deu seu voto de confiança. Esse serzinho histriônico que você, bobinho(a), elegeu porque acha que votar é um saco, é a favor da construção da bomba atômica, sabia? Com seu votinho de merda você ajudou a eleger uma bancada de seis lunáticos que numa hipotética votação quanto a uma guerra nuclear (os céus nos livrem!), dariam um glorioso e afoito SIM a Hiroshima e Nagasaki. Com seu raciocínio de ‘político é tudo uma merda, então vou votar no pior’, você conseguiu o que queria: transformar o cenário político (que já não é dos mais sérios), num circo em que os palhaços somos nós todos. Parabéns. Vá à merda.
Pronto. Adrenalina pra atravessar o dia. Estão vendo como é fácil viver sem olhar para dentro da bruma que nos esconde de nós mesmos?
Que seja bom o dia de vocês. O meu vai ser. Vou me preparar para a reunião de amanhã. Já com saudades do que ainda não é passado.
beijos
(e um especial para você, Paulo, farol que ao menos um pouquinho me ajudou a devassar o nevoeiro)
tita
Acordei como de costume, amorfa. Acreditando da vida, apesar dela. Barry Manilow, quem aí lembra, doin’ ok, but not very well. Um carinho enorme, um calor guardado aqui dentro, mas é, até onde sei, um doce passado, que vai me aquecer até não sei quando e daí pra frente continuo não sabendo. Sem expectativas.
Por outro lado (que bom quando existe ao menos um outro lado; que bom que tenho dois deles pra me fazer VIVER), de repente caiu uma ficha. Amanhã vou brincar de gente grande, reconhecimento profissional e coisa e tal. Sem fingimentos, não a grande escritora, não a heroína pulp fiction. Terreno sólido debaixo dos meus pés. Estranho isso, aquilo que estou tentando transformar em passado é o que, quando o mundo oscila violento a meu redor a ponto de me deixar enjoada, me acalma, me tranqüiliza, me conforta. Armadilha: última vez porque, lembra, estou caindo fora. Eu me odeio quando saboto minha própria paz. E sou muito boa nisso.
Assim: no jolts no surprises, no crisis or rises, my life goes along as it should, it’s all very nice, but not very good. Li nalgum lugar: no meio da tempestade, os marinheiros derramavam óleo e o mar amansava ao redor do navio. Serenidade, paz. Smoothness. Derramar óleo é uma via de duas mãos. Eu sempre soube, mas a covardia é um magistrado implacável em seus vereditos. A vida segue mansa, tamponada. Mild weather.
E a gente transfere os arroubos de fúria para um terreno não pessoal: você aí que votou no patético arremedo de líder Enéas Carneiro: vá para a putíssima mãe que te pariu. Você humilhou todos aqueles que votaram com responsabilidade. Você transformou meu voto em merda. Por tabela, e sem saber, você deu a autoridade (e a responsabilidade) de representar 30 milhões de eleitores a um boçal que recebeu menos de 300 votos, e que foi carregado para dentro da Câmara dos Deputados como um parasita confortável, nas costas dessa caricatura grotesca a quem sua rebeldia ignorante e inconseqüente deu seu voto de confiança. Esse serzinho histriônico que você, bobinho(a), elegeu porque acha que votar é um saco, é a favor da construção da bomba atômica, sabia? Com seu votinho de merda você ajudou a eleger uma bancada de seis lunáticos que numa hipotética votação quanto a uma guerra nuclear (os céus nos livrem!), dariam um glorioso e afoito SIM a Hiroshima e Nagasaki. Com seu raciocínio de ‘político é tudo uma merda, então vou votar no pior’, você conseguiu o que queria: transformar o cenário político (que já não é dos mais sérios), num circo em que os palhaços somos nós todos. Parabéns. Vá à merda.
Pronto. Adrenalina pra atravessar o dia. Estão vendo como é fácil viver sem olhar para dentro da bruma que nos esconde de nós mesmos?
Que seja bom o dia de vocês. O meu vai ser. Vou me preparar para a reunião de amanhã. Já com saudades do que ainda não é passado.
beijos
(e um especial para você, Paulo, farol que ao menos um pouquinho me ajudou a devassar o nevoeiro)
tita
segunda-feira, 7 de outubro de 2002
Pessoal
Vai ter show do Violeta de Outono na inauguração da nova Dark Legends, dia 12 de outubro (próximo sábado). Não sei onde será a nova casa, e não sei horário e nem preço, mas já acionei minhas ''fontes'' pra descobrir. Esse eu não quero perder! Se fosse vcs, tbm não perderia...
beijossss
tita
Vai ter show do Violeta de Outono na inauguração da nova Dark Legends, dia 12 de outubro (próximo sábado). Não sei onde será a nova casa, e não sei horário e nem preço, mas já acionei minhas ''fontes'' pra descobrir. Esse eu não quero perder! Se fosse vcs, tbm não perderia...
beijossss
tita
Bom dia, todos!
No blog da Giulia Moon, estão as fotos de nosso encontro no Ponto Chic, no sábado. Meus amigos, lá. Foi bom. Adorei esta, Tetsuo , Giu e Paulo Castro, eles não são ótimos?
E que tal este trio da pesada? Euzinha, protegida por meus dois deliciosos guarda-costas, Alone Soul e Paulo Castro. É, meninas, esse é o preço da fama... rs...
É isso aí.
Curtam o dia de sol, em ritmo de dever cívico cumprido. E lá vamos nós pro segundo turno.
beijos
tita
No blog da Giulia Moon, estão as fotos de nosso encontro no Ponto Chic, no sábado. Meus amigos, lá. Foi bom. Adorei esta, Tetsuo , Giu e Paulo Castro, eles não são ótimos?
E que tal este trio da pesada? Euzinha, protegida por meus dois deliciosos guarda-costas, Alone Soul e Paulo Castro. É, meninas, esse é o preço da fama... rs...
É isso aí.
Curtam o dia de sol, em ritmo de dever cívico cumprido. E lá vamos nós pro segundo turno.
beijos
tita
domingo, 6 de outubro de 2002
Domingo. Dia de sol. Dia de eleição. Dia de colocar a casa em ordem, ao menos pra mim.
Ontem estive com meus amigos, estiveram todos aqui. Giu, Cintia, Paulo, Adriano, Lila, Tetsuo, Alone, e minha sobrinha Natália.
Hoje estou sozinha. Sem hóspedes. Votei cedinho, então peguei uma estrada ensolarada e no final recebi um sorriso de agradecimento, e um abraço apertado.
Tanta coisa pra colocar em ordem aqui por dentro. Uma sensação de conforto, agridoce.
Tenham um bom domingo. Votem bem.
um beijo
tita
sábado, 5 de outubro de 2002
Bom dia, querido bloggerdiário-não-tão-diário-assim.
Engraçado como a gente às vezes descobre que a internet não é, afinal, a coisa mais importante da vida, apesar de janela para o mundo, apesar do contato, apesar de...
Não postei nos últimos dias. Também não respondi e-mails, não visitei blogs, indesculpavel e maleducadamente não agradeci nem a Tetsuo, nem a Giulia, nem a Paulo, nem a Cintia, nem a quem me visitou, nem a quem falou do livro no blog, nem a ninguém, por TUDO TUDO TUDO que vem rolando, banners, palavras de carinho, o entusiasmo pelo livro que é um pouco de todos (ok, só um pouco, pois afinal, é MINHA cria, e ainda babo muito e sonho muito com tudo isso).
Pois é, o livro ainda é um sonho bom virado realidade e que ainda não entendi bem o que isso significa. Ainda estou com aquele sorriso bobo no rosto, ainda paso o dedo com carinho sobre as letras brilhantes, olho a lombada, imagino o bichinho nas livrarias e na mão dos leitores.
E tem os trabalhos para terminar. Eu AMO minha profissão, a outra, aquela que me leva pro meio do mato e depois exige relatórios extensos e minuciosos. Cada um é um parto, um parto bom. Depois de tantos anos, ainda olho com orgulho cada documento que termino. É bom a gente trabalhar com o que gosta.
Mais: hóspede em casa. O Paulo, conhecem?, veio passar umas férias em Sampa. Hóspede. Eu curto isso. Minha casa é horrível pra receber gente, não tenho um segundo quarto, o banheiro é minúsculo, eu sou um zero à esquerda na cozinha, mas adoro ter visitas, cuidar pra estejam confortáveis (na medida do possível!), fazê-la sentirem-se em casa. Sei lá por que isso. E é o Paulo, né? Aquele cara que nunca vinha pra Sampa, etc e tal. Então.
É isso. Tem vezes em que definitivamente a internet NÃO é a coisa mais importante da vida.
Mas é ÓTIMA!.
Amanhã tô de volta. Cuidem-se, e pensem bem em quem vai merecer sua confiança e seu voto amanhã.
beijos
tita
quarta-feira, 2 de outubro de 2002
terça-feira, 1 de outubro de 2002
E como não podia deixar de ser...
Leiam meu livro Relações de Sangue, uma história policial com vampiros.
Publicado pela editora Novo Século, em todas as livrarias!!!
Esqueça as masmorras e os castelos nas montanhas distantes. Nada de caixões ou capas negras. Os vampiros estão entre nós. Num bar da moda ou no carro importado, bem aí do seu lado num congestionamento. Normais em aparência, vestidos como você ou como eu, mas sempre à caça de novas vítimas, em busca do sangue denso e quente, e sedentos pela vida dos mortais. Martha Argel traz os vampiros para o nosso dia-a-dia, para o cotidiano de uma metrópole brasileira, para dentro de sua vida. Através dos olhos de Clara, uma mulher absolutamente normal até que os filhos das trevas invadissem sua vida, você conhecerá vampiros belos, sedutores e irresistíveis. Mas não menos fatais do que os clássicos tomadores de sangue do cinema, como Drácula e Nosferatu. Relações de Sangue é um livro inteligente, bem-humorado, com um ritmo alucinante e uma trama envolvente. Amor sedução, aventuras e sangue nas ruas de São Paulo. Assassinatos misteriosos e atrações perigosas. Uma história envolvente do começo ao fim. Você irá curtir cada mordida. Aproveite!
beijos!!!
tita
Leiam meu livro Relações de Sangue, uma história policial com vampiros.
Publicado pela editora Novo Século, em todas as livrarias!!!
Esqueça as masmorras e os castelos nas montanhas distantes. Nada de caixões ou capas negras. Os vampiros estão entre nós. Num bar da moda ou no carro importado, bem aí do seu lado num congestionamento. Normais em aparência, vestidos como você ou como eu, mas sempre à caça de novas vítimas, em busca do sangue denso e quente, e sedentos pela vida dos mortais. Martha Argel traz os vampiros para o nosso dia-a-dia, para o cotidiano de uma metrópole brasileira, para dentro de sua vida. Através dos olhos de Clara, uma mulher absolutamente normal até que os filhos das trevas invadissem sua vida, você conhecerá vampiros belos, sedutores e irresistíveis. Mas não menos fatais do que os clássicos tomadores de sangue do cinema, como Drácula e Nosferatu. Relações de Sangue é um livro inteligente, bem-humorado, com um ritmo alucinante e uma trama envolvente. Amor sedução, aventuras e sangue nas ruas de São Paulo. Assassinatos misteriosos e atrações perigosas. Uma história envolvente do começo ao fim. Você irá curtir cada mordida. Aproveite!
beijos!!!
tita
Querido webdiário:
Mês novo, casa nova, vida nova.
Cansei da inépcia crônica do weblogger. Relutei muito em abandonar o provedor nacional em favor de um gringo, mas não teve jeito. Sei que este aqui dá paus freqüentes também, mas nada como aquele troço que deixei pra trás. A última que aprontou? Além de ter sumido com o número de comentários, de não permitir a inserção de imagens .gif ou .jpg, a MEEEEEERRRRRRDA do weblogger consumiu com os arquivos dos meses de julho e agosto. Foi pro saco todo meu diário do Atacama. Eu quero que o weblogger se foda de verde, amarelo e todas as demais cores do arco-íris.
A casa ainda não tá arrumada, os links estão zoados, conteúdo por enquanto zero. Mas com o tempo a gente vai se ajeitando por aqui, né?
beijos a todos, tenham uma boa terça-feira
tita
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