Bom dia. Amanheceu de chuva. Jah era esperado. E' o que restou do furacao Katrina em sua marcha rumo norte, uma chuva mansa que amortece os sons da rua, lah fora, para alem do patio interno cheio de plantas onde abrem-se as janelas do apartamento da Clau. Ontem, depois do post, visitei a biblioteca publica. Na volta, jah escuro, fiz um bizarro walking tour pelo centro da cidade: Andrew, de dois anos, ia na frente, reiterando seu objetivo "Agua. Agua". Levou-nos a uma fonte atras da outra. Claudia comentou "ele conhece fontes que nem eu sei que existem". De repente, ele tomou uma rota que ela nao sabia onde ia dar. Atravessamos ruas, avenidas, seguimos por longas calcadas, por mais de meio quilometro, sempre atras do pirralho. A Clau ficou intrigada. "Nao faco a minima ideia de onde ele quer chegar, eu nunca passei por aqui!". Entramos por um passeio de pedestres e chegamos a um largo no meio de predios, coisa comum aqui, e lah estavam, tres estranhas fontes ultrahipermodernas. "Agua, agua" repetia o moleque, triunfante, apesar delas estarem desligadas, talvez por ser de noite. Ficamos pasmas as duas. "Como ele sabia?" perguntei. A Clau nao sabia.
No passeio, topamos com uma figura esquisitissima: um homeless (pedinte) imundo, com um travesseiro preso aos fundilhos, puxando por uma cordinha um coelho de pelucia calcado com um par de sapatos masculinos, em peh sobre um papelao, como se fosse um treno'. O sujeito ia impavido pelas ruas do centro puxando seu pequeno e sapatudo passageiro. Talvez se acreditasse um husky siberiano... ou seria um husky canadense?
Hoje provavelmente vou aproveitar a chuva para ler um pouco sobre o pais e tentar fazer o que vim fazer aqui: descansar.
beijos e queijos
Martha Argel
quarta-feira, 31 de agosto de 2005
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