segunda-feira, 22 de agosto de 2005

Bom dia, todos!

Saindo do ar

Falta uma semana para minha viagem. A pré-viagem está atribulada. Pintou até uma viagem-relâmpago, a trabalho, neste meio tempo. Por conta disso, estou me afastando da maior parte da atividade internáutica. Peço desculpas a todos que não receberem respostas aos e-mails que me mandaram. Por favor, evitam mandar-me mensagens que não sejam absolutamente necessárias, especialmente se contiverem anexos grandes.
Na medida do possível, tentarei manter aqui no blog meu diário online, a exemplo de outras viagens.

Um texto meu sobre Terry Pratchett

O escritor Terry Pratchett acaba de receber o Prêmio de Fantasia Mítica para Literatura Infantil 2005. Adoro o que ele escreve. Seu livro de vampiros, Carpe Jugulum, é divertidíssimo.
Leiam o texto que escrevi sobre ele e sua obra, em http://marthaargel.multiply.com .

Respondendo a perguntas de leitores

Recebi de uma leitora do Relações de Sangue um pedido de dicas sobre como começar a escrever. Transcrevo abaixo parte da entrevista que dei ao site Adorável Noite, falando sobre o assunto. Quem quiser ler a entrevista na íntegra, visite aqui a página da entrevista.

Se é pra escrever, é simples: só posso dizer vá em frente e escreva. Faça-o porque gosta e porque lhe dá prazer. Se a questão é publicar, também é simples, desde que você tenha dinheiro: pegue seu manuscrito, vá a uma editora que edita livros sob demanda (na internet há várias), pague e você publica o que quiser. Pra distribuir e vender, você mesmo se vira (e em geral se dá mal). Meus dois primeiros livros saíram assim.
Mas se a questão é escrever com qualidade e ser lido e ter seu esforço reconhecido, aí a coisa muda de figura. Dedicação, empenho, estilo e originalidade. Sem tudo isso, nada feito. Não existe uma receita para chegar a um texto que os leitores curtam. Cada escritor tem suas regras e eu tenho as minhas. Se alguém se interessar, eis algumas, mas já vou avisando que são minhas, e que nem você nem ninguém tem obrigação de aceitá-las.
- é o autor quem deve prender o leitor ao texto; se o leitor não se interessa e larga a leitura, é porque o autor falhou e deve repensar sua escrita. Histórias com universos e tramas complicados, que o leitor quase tem de fazer um curso prévio para entender, não têm a mínima chance. Se dá trabalho entender, e está confuso, o leitor abandona a leitura e vai fazer outra coisa.
- nunca tente competir com Anne Rice. Encontre seu próprio estilo e linguagem. Entre o original e cópia, o leitor (e o editor) sempre vai escolher o primeiro.
- os leitores mais críticos são aqueles que estão próximos a você e que não têm medo de dizer o que realmente pensam. Se está começando, não procure a opinião de quem não tem intimidade com você. É uma tarefa árdua e delicada apontar os problemas de um texto. Até hoje a opinião mais importante, para mim, é a dos amigos íntimos.
- se você quer escrever profissionalmente jamais divulgue qualquer texto sem revisão. No caso de meus textos, tenha certeza: qualquer um que você leia vai estar no mínimo na terceira versão. Mesmo meus amigos mais íntimos não lêem nada na primeira versão, e muitas vezes sequer na segunda.Uma última coisa: não transforme a publicação e o sucesso no objetivo máximo de sua vida. Vou repetir o que todos já sabem: literatura, no Brasil, é utopia. Ninguém vive só de literatura no Brasil, e são raríssimos os que conseguem ser publicados por grandes editoras. Escreva porque gosta e porque lhe dá prazer, mas não esqueça de se aprimorar sempre. E nunca desista.


Té qualquer hora, gente. E não deixem de dar uma passadinha de vez em quando. Tendo uma chance, eu atualizo, podem estar certos!

Martha Argel

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