domingo, 22 de agosto de 2004

Fa un de? (em Snaram Tongo, "como estao todos?")

Ontem, a Ana e eu conseguimos um tempinho para dar uma volta pela cidade, enquanto o Mario e o Gabriel continuavam trabalhando nos relatorios. Do meu ponto de vista, excelente divisao de tarefas!
Nosso guia nativo foi Soekirman Moeljoredjo, nome um tanto complicado para nossos cerebros cansados. "Podem me chamar de Molho, era como o pessoal me chamava no Brasil". Molho e' descendente de javaneses, e morou sete anos em Recife, onde se formou como engenheiro de pesca. Um cara inteligente e com um senso de humor incrivel, que nos confessou que mesmo tendo voltado do Brasil ha' cinco anos, ainda nao se readaptou a seu Pais. De fato, apesar do sotaque forte, enquanto conversavamos com ele eu tinha de ficar o tempo todo me lembrando de que ele nao era brasileiro.
Molho nos levou para andar pelo centro de Parbo, que nos sabados de manha e' um inferno de agitacao e congestionamentos. Entramos nas lojas para que a Ana visse que tipos de produtos sao oferecidos e tivesse ideia dos precos, e acabamos caindo numa loja de souvenirs para turistas. So que faltavam dez minutos para fechar, e nao consegui comprar quase nada, foi uma correria para localizar esse ou aquele item que costumo levar como recordacao, e depois de pagar foi descobrindo outras coisas interessantes. Chance perdida, fazer o que...
Tirei dezenas de fotos, e claro que JC, o Pinguim Viajante, esta' em muitas delas. Num dado momento, eu estava tirando uma foto particularmente bizarra (alguma hora voces vao ver!), e um onibus parou a meu lado para que os passageiros pudesse observar com mais cuidado minha atividade. Alias, foi no mesmo lugar onde, logo nos primeiros dias, depois de uma foto do JC na frente de uma mesquita, fui praticamente perseguida por um casal numa moto, que subiu na calcada para perguntar se o pinguim era de verdade.
Depois da uma da tarde, a cidade morre. No caminho de volta para o carro, as ruas que estavam apinhadas no meio da manha agora estavam totalmente desertas. Calorao danado. Cenario de filme tropical. Decidimos ir comer algo na beira do rio, no mesmo lugar onde ja' tinhamos comido de outras vezes. Alias, nao parece haver muitas opcoes na cidade, e nenhuma delas e' barata.
Novamente comemos comida javanesa, e nao vou me lembrar do nome de nada. Tinha uns espetinhos de frango, camaroes e bananas empanadas. Aproveitei para tirar fotos do JC 'a beira do rio Suriname, e juntou um monte de criancas ao redor. Claro que nem eu nem elas iamos perder a chance, e no fim fiz lindas fotos da galerinha abracada ao pinguim.
De volta ao hotel, o resto da tarde foi reuniao de trabalho. So pra variar.
Hoje, domingo, teremos uma programacao diferente. Daqui a pouco passam pra nos pegar e vamos conhecer um pouco do interior do Suriname, desta vez por terra.
Amanha sera' nosso ultimo dia no pais. Espero conseguir postar. Se nao conseguir, o proximo post ja sera em terras brasilicas.

Daag! (isso e' tchau, em holandes)

Martha Argel

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