Madrugada fria, muito vento. Ontem assisti de dentro do ônibus São Bernardo-Jabaquara à chegada da frente fria. É assustador ver o horizonte sul ir ficando mais e mais congestionado de nuvens negras e elas pouco a pouco irem tomando conta do céu, cada vez mais alto, cada vez mais perto da gente. Num lugar público dá pra sentir a tensão se acumulando nas pessoas. Eu não via a hora de chegar em casa. A chuva caiu minutos depois que larguei a mala no tapete da sala. Ufa.
George Poodle Bush
Na quarta, estavamos o Rondon e eu (sim, a estada dele em Sampa durou o suficiente para que nos conhecêssemos em pessoa) numa festinha de aniversário, a tevê ligada na guerra que logo começaria, e de repente alguém exclama: "Olha só aquilo!". Só pode ter sido sacanagem da BBC. Lá estava o Bush, o ar perplexo de sempre, falando para as câmeras e se ajeitando na cadeira, enquanto uma fulana dava um trato no cabelo dele com uma escova, daqui e dali, numa frescura infinita. Ridículo! A emissora inglesa abriu a câmera antes da hora e transmitiu o mico gigantesco, via satélite, pro mundo todo. Me passou pela cabeça "parece um cachorrinho numa petshop", mas alguém foi mais rápido que eu "Parece um poodle!!!". Sim, era isso mesmo. O cara é mesmo um ridículo.
O exército de barro
Anteontem, fui com o Leo à exposição da China. Meu, é fantástica! Não tinha imaginado que fosse tão grande! Peças maravilhosas, cobrindo toda a longa história desse país antiquíssimo. Claro que a pièce de résistance são os espetaculares guerreiros de terracota, descobertos em 1974 em Xian, perto do palácio do imperador Qin Shi Huang Di, do séc. III a.C. Meu fascínio por eles vem de uma matéria da National Geographic que li em 1996; em 2001 saiu outra, que só aguçou mais minha curiosidade. Imaginem como fiquei ao saber que algumas delas estavam aqui no Brasil, a 4 ou 5 km de minha casa!!! Pois bem. Quinta à tarde, nada de fila e o museu era praticamente todo nosso. Foi estupendo, mas não perfeito. Pra quem não sabe, conheci o Leo anos atrás, num curso de Museologia. Trabalhamos juntos num museu científico e não somos leigos no assunto. Acreditem: AS ETIQUETAS DA EXPOSIÇÃO DA CHINA SÃO UMA MERDA !!!! Informações equivocadas ou falta de informação relevante, e tamanho, localização e às vezes iluminação inadequados. Putaqueopariu, trazer de tão longe semelhantes preciosidades e cagar nas etiquetas é de uma burrice infinita. Viva o Brasil!
(primeiro a exposição do Eckhout, depois a da China. Cadê os museólogos competentes deste país?! Saudades da Waldisa Russio Camargo Guarnieri!!!)
Melhoras no humor
E tenho que agradecer o telefonema do Júlio Fernando, ontem à noite. Ele não lê este blog, mas a conversa foi tão positiva que não posso deixar de comentar aqui. Levantou o astral. Belas perspectivas para o resto do ano. Sim, Júlio, nos próximos meses a gente vai trabalhar pra caralho. Este ano vamos nos sentir gente grande. Valeu, cara!!!
... e de novo a praça!!
Agora a gente não sai mais de lá. Hoje a Giulia, a Cintia e eu vamos estar lá na praça Benedito Calixto (Espaço do Alberico, Autor na Praça, 15:00, etc e tal, o de sempre). Vai sair um texto da Cintia "Carmilla, vampira faminta", no Jornal da Praça , editado pelo Eduardo Barrox. Ueba, primeira publicação dela em papel, PARABÉNS!!! E sai também uma matéria sobre o meu livro Relações de Sangue (clica aí do lado, na capa do livro, para ler um trecho). É isso aí, Eduardo, longa vida ao jornal!!!
Por enquanto é só, pessoal. Curtam o final de semana.
Martha Argel
sábado, 22 de março de 2003
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