terça-feira, 25 de março de 2003

Bom dia! Que tal, todos aí curtindo os dias de outono?

A guerra nossa de cada dia
Continuo cá aturdida por essa insanidade. Sei que não posso confiar na CNN internacional nem na BBC. A CNN en Español era melhorzinha, mas devem ter levado uma comida de rabo e agora praticamente só transmitem em cadeia com a CNN estadunidense. Como boa maníaca-obsessiva, passo horas zapeando atrás de migalhas. Descobri que a DW alemã, a TVE espanhola e a TV5 canadense ocasionalmente transmitem imagens diferentes das transmitidas pelas tevês anglófonas. Até a Record, a Rede TV (é isso?) e a Bandeirantes, péssimas – como decaiu a tevê aberta, há meses eu não assistia, levei um susto! – transmitem imagens da Al Jazeera. Tá, não passa de propaganda do outro lado, mas porque eu deveria me restringir a bobagens unilaterais? De qualquer forma, é ótimo poder confrontar as mentiras de ambas as partes. Talvez a verdade esteja no centro.
Hoje saiu uma tabela ótima na Folha de São Paulo: as “boas notícias” alardeadas dos dois lados e depois o que se viu ser a verdade. Conclusão: mesmo com anos de prática, os estrategistas da tal “coalizão” ainda não aprenderam a mentir.

Das conseqüências de uma barata
Ontem, a Giu e eu almoçamos num restaurante de shopping. Comida honesta e a bom preço. De repente, vejo uma barata (ok, pra quem se interessar, Blatella germanica, aquela baratinha que você vê até passeando entre quindins de padaria) descendo pela parede. “Olha, uma barata na parede do restaurante”, disse eu em voz alta. Adoro fazer isso. Uma das moças de outra mesa virou-se, me olhou, sorriu e esmagou o bichinho com um pisão certeiro. Dei-lhe um sorriso enorme, chamei-a de “minha heroína”, elogiei sua valentia e rimos muito. Quando íamos embora, me despedi da moça e de sua amiga, mas ela nos chamou e começamos a papear. A conversa foi longe! Supersimpáticas, cheias de histórias pra contar, foi empatia imediata. Elas são sócias em algo como um “consultório esotérico”. Nem eu nem a Giu sabemos nada desses lances, mas sempre é bom aprender. Já combinamos uma happy hour pra esta semana. A melhor coisa do mundo é fazer amigos interessantes!

De perna pro ar!
Dona Martha mãe torceu o pé e acabou quebrando um ossinho do metatarso. Levei-a no doutor Agostinho que, diante da promessa dela de não botar o pé no chão, achou desnecessário engessar (ele já tinha feito a mesma coisa comigo quando torci o pé ano passado). Agora ela está lá, de papo pro ar, e eu virei a governanta da casa. De manhã entro no site de um jornal argentino, baixo as palavras cruzadas pra ela e ela se diverte o dia inteiro. A grande merda é que o acidente foi acontecer justo quando ela tinha resolvido reformar o banheiro dela. Começou com um vazamentozinho e agora parece que o George Poodle Bush andou procurando o Saddam Hussein lá dentro; não sobrou azulejo sobre azulejo. Juro que estou me divertindo pra cacete com toda a confusão!

Sábado na Praça
O relatório completo vocês encontram no blog da Giulia Moon, clicando aqui. Adorei rever o vamp-casal Lila e Dri e peixinho sanguinário Tetsuo "Sashimi" Matsunaga. Bom, da Giu e da Carmilla nem vou falar porque a gente tá junta o tempo todo. Os Andarilhos das Letras Eduardo Barrox, Lilian, Rebecca e Joaquim estavam simpáticos e comunicativos como sempre. E ainda teve os papos com a Maíra "Garota da Capa" e com duas figuras especiais, a basca Miren e o angolano Abdul. Meu, tô curtindo cada vez mais a Benedito Calixto!

É isso aí. Aproveitem a meia estação que logo chega o inverno e em vez de reclamar do calor, todos vamos reclamar do frio.

Martha Argel

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