terça-feira, 24 de dezembro de 2002

Oi a todos!
Uma coisa boa aconteceu faz poucos dias e ninguém percebeu. Dia 22 foi o solstício de verão. Bobagens esotéricas à parte, além de representar o início do maldito verão, foi o dia mais longo do ano. Daí pra frente é só ladeira abaixo!!!! Uipi, os dias vão ficando mais e mais curtos! A única merda é que, infelizmente, segundo os registros meteorológicos, janeiro tem médias de temperatura mais altas do que dezembro. No meu caso em particular, outra coisa boa: no solstício de verão, o sol chega ao extremo sul de seu percurso; é o único dia do ano em que ele brilha perpendicularmente a nossas cabeças paulistanas, já que moramos exatamente a cavaleiro do trópico de Capricórnio. A partir de agora o sol nasce cada dia mais a norte, e logo ele pára de bater na mesa onde trabalho com o laptop. Depois que aqueles filhos da puta detonaram os eucaliptos que tinha aqui em frente, dando-me de presente uma paisagem tipo pós-bombardeio, minha sala virou um forno hiper-iluminado. É foda. Como um ser humano normal consegue usar o cérebro num ambiente desses? Claro que eu poderia resolver esse problema com umas cortinas. Talvez eu pense nisso mês que vem, enquanto todo o país está entregue à lezeira do verão, férias, muito sol, areia nas frieiras e abundante exposição de banhas nas praias.
Realmente, descobri que as pessoas desprezíveis não são a causa de minha irritação, apenas combustível para ela. As verdadeiras causas estão no calor, na falta de dinheiro e na babaquice inerente à época.
Vou comemorar a véspera de natal caminhando, trabalhando no livro, jogando FreeCell e checando os e-mails quatro vezes durante o dia. De noite agüento o suplício de uma família a cada ano menor, e como salpicão, tender e algumas frutas. Amanhã caminho oito quilômetros e me desfaço de uma parte das calorias. Recomendo a todos fazerem o mesmo.
Desejo a todos um tremendo saco pra agüentar estes dois dias.

Martha Argel

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