De novo a dúvida: às 05:30 da manhã é bom-dia ou boa-noite?
Estou atualizando de teimosa, nos últimos dias não aconteceu nada de muito relevante. Os filmes que assisti com a Giulia Moon no domingo já estão devidamente comentados no blog dela. As caminhadas diárias têm transcorrido sem incidentes dignos de nota. Meu telefone mantém-se persistentemente mudo. Ontem assisti um episódio de Buffy, da última temporada, e não achei nada de mais, mas de qualquer forma voltei a gravar e quero ver se gravo toda a temporada. Terminei um relatório de impacto ambiental que espero que redunde em algum depósito em minha combalida conta bancária. Continuo escrevendo "Amores Perigosos", continuação do ''Relações de Sangue", e a Giulia e a Carmilla me ajudaram a resolver alguns percalços da trama. E já estou trabalhando no projeto de outro livro, não-ficção, cujo tema ainda não posso dizer, porque tá cheio de urubu rodeando, sempre.
De resto, sem um puto, só de olho nas contas que vou ter de pagar no mês que vem. O coração há muito não bate por ninguém, e não há ninguém que possa representar alguma perspectiva. Nenhum plano muito emocionante à vista, e nem posso fazer nenhum, com essa penúria financeira que se abate sobre mim.
Acho final de ano um pé no saco, principalmente quando não tenho dinheiro. Uma coisa que me deixa no fundo do poço é imaginar que alguém vá me dar um presente que não poderei retribuir porque não tenho um puto para comprar sequer uma porta de entrada decente para minha casa, que dizer de presentes a ser dados por obrigação. Eu odeio natal, abomino passagem de ano. Pelo menos quando tenho grana, posso comprar minha tranqüilidade. Este ano, porém, vai ser foda.
Coisas boas? O telefonema de um amigo fazendo planos mirabolantes, me empurrando a sonhar e elogiando meu corpo ''novo''. Não voltei a ganhar peso e me sinto muito bem. Sábado, a Giu e eu vamos pro Rio (eu estaria mais feliz se tivesse grana para isso, mas sei que quando chegar lá e me encontrar com os amigos, nem vou lembrar disso...). Parece que vai pintar mais um projeto de livro. Os e-mails de fãs continuam chegando, embora tenham minguado muito. Mas o que mais me impulsiona adiante nestes dias: eu realmente estou com vontade de trabalhar, e trabalho com gosto, cumpro metas e sinto as coisas indo adiante. Quem sabe daqui uns dias, algumas semanas no máximo, me sinto no direito de voltar a sonhar?
Cuidem-se, todos. Pra quem gosta, curtam o clima natalino. Pra quem detesta, toda minha solidariedade e a certeza de que logo termina.
Beijos
Martha Argel
quarta-feira, 18 de dezembro de 2002
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