quarta-feira, 4 de dezembro de 2002


Bom dia. Ou quando são 4 e meia da manhã a gente ainda diz ''boa noite''?

Tinha um monte de coisa que eu queria pôr aqui. A determinação, ou a necessidade, ou a energia, ou tudo isso se desvaneceu nos últimos segundos (num acesso de mágoa profunda, que por sua vez se perdeu em um FODA-SE daqueles bem potentes), mas não importa. Essas coisas estiveram na minha cabeça, existiram, foram importantes, e ainda são, pois são causa e parte de como me sinto nos últimos dias.
Alguns pensamentos são fortes demais para se perderem, inda mais por motivos tão tolos.

O postal que o Juan me mandou, por exemplo, carrega todo um mundo dentro de si, e encontro nele tantas simbologias que... sei lá (aproveitem o fato raro: a escritora sem a frase exata para explicar-se aos leitores). Muitas delas eu sei, foram intencionais, outras certamente são obra de minha imaginação ultimamente hiperativa em busca da FELICIDADE. Certamente? Ou não? Talvez o Juan e eu tenhamos uma dessas empatias que nos faz ler a alma do próximo, por mais breve que tenha sido o tempo efetivamente compartilhado. Les Luthiers, U2, a Recoleta, Murici, as pizzas proibidas e os papos até duas da manhã são evidências. Juan, a neve é dispensável quando as montanhas estão no horizonte. Elas por si bastam. (porra, cara, não vejo a hora da gente se encontrar por lá. qual é a melhor época?)

E o que dizer daquela pessoa que tem a incrível capacidade de aparecer SEMPRE nos momentos em que você mais precisa? Não em todos os momentos em que você simplesmente precisa (se assim fosse, não seria MÁGICA, seria rotina, uma rotina; reconfortante, sem preço, insubstituível, mas rotina), mas naqueles em que você realmente se desespera porque se convence de que ninguém, NINGUÉM pode te ajudar. E então descobre que estava errado e que, uma vez mais, a ajuda estava, como sempre esteve, ao alcance da mão. Demorei tantos anos para entender, não estou certa na verdade de ter mesmo entendido, mas no momento a sensação perdura e a paz não parece, afinal, inalcançável. Obrigada.

Termino este post, formado por frases obscuras e significados ocultos, com ainda outro parágrafo incompreensível. Terminei de ler Blood Pact, o quarto livro da série Vicki Nelson, da Tanya Huff, e ao final tive um vislumbre do futuro. Chorei muito, não só porque é sempre essa minha reação ao terminar um livro soberbo, e não só porque, ainda por cima, sou uma chorona que se emociona com finais felizes ou infelizes. Tive um motivo muito mais poderoso para chorar, e que só a Carmilla pode entender. Preciso conversar com você!!!

tenham um bom dia e façam como a Ceres escreveu nos comentários: abram seus próprios caminhos
Tita

PS. Obrigada Lili, Ingrid, Carol, Kiki, Vampirella, Scarlett, Nnato, Leo, Juan, Carl, Tetsuo, Giu, Vanessa e quem mais tiver me visitado e preferido ficar anônimo.

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