sábado, 9 de novembro de 2002


Breve adendo ao post anterior:

Então. Com os olhos cheios de lágrimas.
Saí, por fim, para caminhar, sob o sol que já espantou o frio. De volta, nas últimas quadras a depressão do fim de semana ameaçou, como sempre, me levar pro fundo do poço, apesar de eu vir resistindo ferozmente a ela, há semanas. O de sempre: não sou A PESSOA para ninguém, não há ninguém que pense em mim antes de qualquer outro ser humano do mundo. Eu sei, esse é o caminho mais curto para a auto-piedade, e não há sol, livro ou festa programada que dê jeito.
Então cheguei em casa. Um buquê de rosas cor de salmão me esperava. ''Presente do cachorrinho''. O poodle cego, lembram-se? Deus do céu, nunca ganhei rosas tão lindas, eu que adoro receber flores e nunca recebo. Minuciosa, contei uma a uma, são quarenta, e a cor é adorável. Puxa, vejam aí embaixo, eu dizendo como namoro as rosas todos os dias, frente à igreja. O evento certo, na hora exata. Acaso? O que eu disse sobre fazer acontecer, uns dias atrás, me pega pela garganta, e dá um nó que imobiliza até minha própria lógica.

O sol lá fora, nuvens brancas em campo azul, se vocês não curtem, problema de vocês. Eu gosto, e é o que quero para mim hoje.
Tenham todos um bom dia.

tita

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