sábado, 1 de outubro de 2005

Vixe, passei a manha inteira arrumando minhas tralhas e dando um jeito nas fotos. Elas jah estao carregadas nos sites de sempre:
http://marthaargel.multiply.com
http://pinguimviajante.multiply.com
Bom, vou tentar fazer um resumao da viagem a Nova York

1o. Dia:
Depois de viajar a nooooite toda (e passar por aquele SACO da imigracao estadunidense), cheguei na loucura novaiorquina de manhazinha. Passei o dia batendo perna pela cidade. Fui do Upper East End pra sul ateeeeee Union Square. Deve ter dado uns 8-9 km. Fiquei e-xaus-ta. Voltei de metro. Pontos altos: O Central Park, sem sombra de duvida, e o pequeno zoologico que ele hospeda. Jantei com meu anfitriao John Gwynne.

2o. Dia:
Acordei cedo e fomos, John e eu, observar aves no Central Park. Depois fui para o Bronx Zoo, mas nao vi quase nada porque trabalhei o dia inteiro. No fim da tarde, John me levou para a guest house onde eu ficaria hospedada. Limpinha, basiquinha. Banho quente e colchao confortavel, e o apartamento dispunha de uma cozinha e um jardim que mal usei. O unico senao era o preco, salgadissimo, mas seriam so tres pernoites. Bom outro senao era estar situado no Harlem, mas como todo mundo me disse, e percebi por mim propria, o Harlem nao e' mais o que era, esta' sendo invadido pela classe media e todos se perguntam para onde os pobres estao indo... De noite fomos jantar com amigos do John.

3. Dia:
Foi o melhor de todos. Fui de metro ate' downtown, e a custa de muito quebrar a cabeca consegui entender em todos os detalhes o intrincado e eficiente sistema de trens. Muito maluco, numa mesma palataforma vc pode pegar dois ou tres trens diferentes, numa mesma linha nem todos os trens param nas mesmas estacoes, e pra chegar mais rapido num dado ponto as vezes vc precisa ficar fazendo uma baldeacao atras da outra. Caminhei pelo centro a manha toda. De tarde fui ao Metropolitan Museum, e no fim da tarde, peguei o metro para o Brooklyn e la, na companhia do blogueiro Guilherme (Ay, Caramba!) assisti, deslumbrada, ao cair da noite sobre Manhattan. Depois fizemos um longo walking tour noturno por toda downtown, com direito a Chinatown, Little Italy e outros bairros que juro que nao lembro o nome. Jantamos no restaurante mais brega do mundo, o indiano Panna II, absolutamente abarrotado de fieiras de pequenas lampadas vermelhas, parecidas com pimentas malaguetas. Abarrotado e' abarrotado mesmo, vc quase tem que se abaixar pra entrar. Terminamos a noite perdidos no Harlem. Cheguei ao hotel 'a uma da manha! Pontos altos: os quadros de Durer, Vermeer e Caravaggio no Met, a vista espetacular de Manhattan a partir do Brooklyn, a travessia da ponte a pe', o restaurante indiano, atravessar o Morningside Park (acho que isso), no Harlem, de madrugada.

4. Dia
Trabalhei o dia inteiro, na sede da Wildlife Conservation Society (WCS), no Bronx Zoo. Putz, dois dias num dos maiores zoos do mundo e eu nao vi os animais!!!! O unico break foi pra comer um sanduiche e comprar alguns souvernirs na loja do Zoo. De noite, aconteceu o ponto alto do dia. John e eu fomos jantar com Guy Tudor. Se voce e' ornitologo ou passarinheiro deve ter ficado arrepiado. Se nao e' nenhum dos dois, a explicacao? Guy Tudor e' o melhor ilustrador de aves do mundo. Suas ilustracoes contribuiram para a formacao de centenas de ornitologos no Brasil e no resto do mundo. A ornitologia neotropical nao seria a mesma sem a obra dele. Lenda viva, entendem? Pois e', e eu la' jantando com ele, e a gente falando besteira juntos, gargalhando e se divertindo pra caramba. O cara e' uma piada. Parece uns velhos anarquistas que ate hoje existem em Buenos Aires e se reunem nos cafes da cidade pra xingar o governo. Eu disse isso pra ele. Ele adorou a ideia! O melhor: ele discorrendo acaloradamente sobre as "garotas de biquini que corriam apavoradas com aquelas cobras enormes na novela Pantanal". Hilariante!!! E mais engracado era ele mandando tudo e todos se foderem, o tempo todo. "Fuck them" pra ca', "Fuck them" pra la'. Amei o sujeito!

5. Dia
Quase nao fiz outra coisa a nao ser a mala e esperar o onibus na rodoviaria. Mas teve algo que valeu minha curta e entediante ultima manha em NY: vagando a esmo pela cidade com minhas malas (nao tem locker na rodoviaria! deve ser por medo de atentados), so' pra nao ficar duas horas inteiras mofando na rodo, eu ja' estava me sentindo infeliz e deprimida quando de repente encontro... uma livraria! Pensando em pelo menos passar uns minutos no meio dos livros entrei. E ganhei o dia!!!! Achei um livro da Laurell K. Hamilton que eu sabia que tinha sido lancado no dia 27 (ontem era 30) tinha procurado como uma doida, mas nao tinha achado. Putz, tava dando por perdido, e nao e' que encontro ele no ultimo momento?!!! Voltei pra rodo, tomei o bus as 11 e viajei, muito confortavel com os dois bancos so pra mim, ate' chegar em T.O. as 10:30 da noite, exausta e feliz.

Amanha eu conto a tragicomedia que presenciei tipo uma hora depois de ter voltado para a casa da Claudia. Foi absolutamente hilariante, e nonsense total!

beijos e tchau, que estou saindo pra bater perna, feliz de ter voltado pra ca!
Martha Argel

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