segunda-feira, 3 de maio de 2004

Flashes do outono em Buenos Aires

O dia esta nublado, de vez em quando chuvisca. O vento e frio, e pelas ruas as pessoas andam apressadas, maos nos bolsos, cachecois dos mais variados tipos e cores bem enrolados em volta do pescoco.
Passando por muitas vitrines vazias (sim, a crise ainda nao arrefeceu), vi meu reflexo nos vidros. Nao estou destoando do resto dos passantes. Estranho isso, a gente se sentir em casa numa cidade que nao e a nossa.
As copas da maioria das arvores estao amarelas, e quando sopra uma rajada mais forte de vento, uma chuva de folhas e arrastada ate pousar no chao. Em alguns lugares, forma-se um tapete de folhas secas, que estalam quando as pessoas passam por cima.
Os cachorros usam roupinhas. Puloveres de la que nao tem nada a ver com aquelas coisinhas ridiculas que, em Sampa, donos babacas enfiam em seus bichinhos so pra eles ficarem mais fashion, mais sei la, entende. Aqui sao roupas de frio mesmo, puloveres funcionais que so por conta de sua utilidade ficam muito mais charmosos.
Para escapar do frio, a gente se enfia em um cafe, pede algo so como pretexto e fica la, lendo algo, olhando pelas janelas ou simplesmente pensando na vida, a salvo do tempo inclemente.
As vitrines sao um convite para os olhos, com suas roupas e sapatos de inverno.
Bom, eu tinha esquecido que a vida aqui corre num ritmo diferente e que nada funciona antes do almoco. A Feira do Livro abriu agora ha pouco, as duas da tarde. Vim caminhando, curtindo as ruas, o cenario romantico, as pessoas encapotadas. Estou a duas quadras do pavilhao. Mal posso esperar!
Amanha conto como e.

beijos, cuidem-se!

Martha Argel

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