Boa tarde! Linda, de sol, tem um sabiá-do-campo (Mimus saturninus) gritando lá fora. Sempre que ouço essa ave acho que ela está falando comigo. Foi com essa espécie que fiz minha tese de mestrado, há tanto, tanto tempo atrás.
O final de semana foi agridoce. A morte de pessoas que a gente conhece, e com quem tem contato todos os dias, é sempre algo difícil de aceitar. E foram duas, uma na sexta-feira, outra no sábado. Dois senhores, amáveis, simples, dessas pessoas que tornam a nossa vida possível e em quem só reparamos quando se vão. Seu João, há anos mantinha em ordem o telhado aqui de casa. Bastava uma chuva mais forte, seu João aparecia no dia seguinte para ver se estava tudo bem. E o seu Manoel, o jornaleiro, que a vida toda conheci como "O Português da Banca". Os dois adoravam cachorros. Seu João, quando ninguém estava olhando, pegava meu cachorrinho no colo e o abraçava como se ambos, homem e cão, fossem crianças companheiras de brincadeiras. Seu Manoel tinha uma viralatinhas enfezada que morava na banca de jornal, e que ele levava para passear todos os dias, trajando a camisa do SPFC, seu orgulho. Chorei muito por esses duas pessoas que eu mal conhecia, mas cujo sorriso e amabilidade se foram para sempre de minha vida.
Por outro lado, teve os amigos, teve meu irmão Billy todo feliz me ajudando num projeto e fazendo maravilhas com o computador, teve a companhia sempre agradável da Giu e da Cintia, teve o cano divertido do amigo que vinha de Cosmópolis, teve o sábado na Benedito Calixto com papos produtivos, papos hilariantes e papos estranhíssimos, teve meu sobrinho Mathias (lindo, guitarrista talentoso como o pai, e não me venham chamar de coruja), me guiando pelo estranho mundo da Galeria do Rock. Os telefonemas longos e e-mails inesperados. Ah, e a música maravilhosa do After Forever, indicação da Priscilla.
No todo, um resumo da vida. Tristezas, amizades, trabalho e momentos em que o tempo escoa sem dor e sem pressa. O que um fim de semana deve ser...
E hoje, começo da semana, às dez da manhã eu no meio do mato com mais dois colegas lutando por mais de meia hora para tirar o carro do meio de um barro teimoso e pegajoso. DIVERTIDÍSSIMO (depois que o carro saiu, claro)!!! Voltei com barro até no meio dos dentes. Se vocês nunca passaram por isso, não sabem COMO a gente se sente bem resolvendo por conta própria uma encrenca desse tamanho! A gente sente que PODE. E eu com certeza posso.
Beijos a todos, tenham uma boa semana.
Martha Argel
(PD. Y, Mirta, por si acaso volvés acá... SÍ! SÍ! SÍ! Acepto! Lili, vos y yo, juntas, allí?!? Guau!!!)
segunda-feira, 14 de abril de 2003
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