sexta-feira, 28 de fevereiro de 2003
Boa tarde pré-carnaval.
Ok, o calor deve deixar o cérebro da gente levemente fora do ponto. Estou aqui há horas ensaiando reescrever um parágrafo do livro. Enquanto a idéia não vem, vou atualizando o blog.
Ainda não é agora
Pois é, o lançamento do jornal Café Literário ficou pra semana que vem. Mas vou estar lá do mesmo jeito: por volta das três da tarde, no espaço do Alberico (perto do Franz Café), lá nos fundos como sempre, ou na barraca do Autor na Praça.
A viagem
Anteontem viajei para o Alto Tietê, e retornei ontem. A viagem não foi boa nem ruim, nada de interessante e cheia de incidentes que não chegaram a ser sérios, só um pé no saco. Das aves, as mais bacanas foram o gavião-caramujeiro (Rosthramus sociabilis), o mesmo indivíduo, talvez uma fêmea, que vi na viagem anterior, e uma biguatinga (Anhinga anhinga) planando em círculos, muito alto como a espécie sói fazer amiúde (ah, gostaram do “sói” e do “amiúde”? Houve época em que eu escrevia assim, a sério...).O calor foi, como previsto, infernal. O hotel, bem fuleiro apesar da pretensão a moderno. Visitei a cidadezinha de Biritiba Mirim e comprovei, uma vez mais, que não devemos voltar nunca aos locais dos quais temos boas recordações de infância: eu me lembrava de uma praça central comprida, com a igrejinha lá em cima e cercada de casinhas que pareciam a pintura de um arraial. Isso faz mais de trinta anos. Hoje a praça está toda cimentada, parte dela ocupada por um prédio horrível e um palco pior ainda, e no lugar das casinhas floresceu o comércio do mais feio e pobre imaginável. A igreja não se vê da praça porque há um ônibus que vende livros religiosos estacionado bem na frente. Deprimente. Um exemplo acabado de como, neste país sem tradições, a memória e a cultura desaparecem frente ao consumismo barato e ao capitalismo do mais baixo nível.
Acelerando o ritmo
Está ficando do jeito que eu gosto. Um trabalho atrás do outro. Não gosto de vida mansa, não gosto de tempo livre. Gosto de pauleira, prazos estourando e um compromisso atrás do outro. Carnaval trabalhando a mil, reuniões da quarta-feira de cinzas em diante, projetos novos que pintaram nos últimos dias. Ai, Martha, relaxa! O caralho. Neste ano quero viajar. Patagônia, Itália, Peru, Inglaterra. Algum ou todos. E quem paga sou eu.
Vocês curtam o feriado de sol, que eu vou cuidar de minhas férias.
Martha Argel
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