Pronto. Já estou de volta em casa. Belo Horizonte é linda. Ouro Preto é sonho. Mas São Paulo é lar.
Anteontem: além de continuar explorando os maravilhosos mundos da biblioteca da Clau, dei uma longa e gostosa volta pelo centro de BH: a avenida Afonso Pena, o Parque Municipal, a rua da Bahia, a Praça da Liberdade e o Palácio da Liberdade (atualmente ocupado por aquele que obviamente quer ser um dos próximos presidentes do Brasil), o Museu Mineiro -- pequeno mas excelente, adorei! --, várias igrejas, o Palácio das Artes.
Ontem: cedinho, a Clau e eu saímos para Sabará. Depois da visita a Ouro Preto, deu vontade de chorar. O centro histórico foi praticamente todo descaracterizado. As igrejas, maravilhosas, estão em estado muito mais precário que as da outra cidade histórica. Fantástica a Capela de Nossa Senhora do Ó: minúscula, de exterior quase ingênuo, mas o interior é fabuloso, todo vermelho e dourado, sem um milímetro de parede nua. E a Nossa Senhora do Carmo também é belíssima. Na volta de Sabará, uma visita à Pampulha: a represa é linda apesar de poluída, as casas são bonitas, o Museu de Arte da Pampulha é elegante (mas a cafeteria péssima); a igreja de São Francisco eu preferi ignorar, parece uma ofensa do Niemeyer a um estado com uma arquitetura religiosa tão linda. A paisagem verde do lago fechou com chave de ouro minha jornada mineira.
... e direto das estantes da Clau: uma escolha aleatória fez com que eu degustasse um guia para a Toscana e outro para Florença (ah, um sonho voltar lá algum dia!); um livro sobre as janelas na história e na cultura humana; Typo bloopers, sobre erros tipográficos da imprensa estadunidense, hilariante; Medieval Crafts, sobre profissões da época medieval; e por fim um guia para as mais belas igrejas do Brasil. O resto do acervo fica para a próxima viagem.
E assim, eis-me de volta a este sufocante calor paulistano. Mas é o lar.
Fiquem bem.
Martha Argel
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2003
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