sábado, 26 de junho de 2004

O sábado amanheceu cinzento e úmido em São Paulo.
Dia para ficar debaixo das cobertas, curtir o lar doce lar, ler aquele livro que há tanto tempo espera na mesa de cabeceira.
Quanto a mim, já não posso escapar de algo que adio faz meses (ou anos?): montar o cenário para a história que estou escrevendo. Mais propriamente História. Pela primeira vez tento criar uma Realidade Alternativa. O tema nunca me atraiu, já vi tantos textos capengas que criei aversão a ele. Mas resolvi encarar e fazer uma experiência, como fiz meses atrás com as viagens tempoais, outro assunto que me entedia e que acabei usando no conto Redundância (Scarium Megazine, www.scarium.com.br), com resultados a meu ver satisfatórios.

Boca-livre na colônia, né?
Dias atrás, lá vem a Giulia com mais um convite fora do comum: lançamento de um livro da comunidade japonesa. E lá vamos nós pra Liberdade. Chegamos atrasadas, o que foi uma sorte, já que perdemos boa parte dos discursos. Mesmo assim, ainda houve quase uma hora de falação, boa parte dela em japonês. Mas valeu a pena, o coquetel a seguir foi farto e delicioso, com direito a muito sushi na faixa, além de ter conhecido muita gente legal.

Moça com brinco de pérola
E uns dias atrás fiz algo que, confesso, há meses não fazia: FUI AO CINEMA. Não sou a mais cinéfila das criaturas da face da terra, e não tenho muita paciência para assistir filmes.
"Moça com brinco de pérola" é baseado no livro de Tracy Chevalier, por sua vez baseado na pintura homônima do holandês Jan Vermeer (séc. XVII). Adorei, amei, achei uma maravilha. O filme todo parece uma sucessão de quadros do próprio Vermeer, os cenários, a luz, as cores, as pessoas. Eu já tinha me encantado com o livro, o filme foi o complemento perfeito.

Caça aos sebos
Fazia tempo que eu não fazia a ronda das lojas de livros usados, e fiquei espantada com as mudanças. Existem muitos mais sebos do que há dois anos, e eles estão maiores, mais limpos, mais organizados. E muito mais caros. Já não há pechinchas.
O grande tesouro de minha caçada: "The essential Dracula", uma edição anotada, organizada por Leonard Wolf. Estava atrás dele há anos. Custou uma pequena fortuna. É o preço que a gente paga por viver num continente distante de tudo...

Titio Bono sabe das coisas
U2 tem sido minha trilha sonora esses dias. Um verso simples me pegou: and you are such a fool / to worry like you do. Escutei algo parecido na voz de alguém especial, que apesar de estar longe nunca está distante.

Fora essas novidades, o livro de aves vai caminhando bem. Não sei se cumpriremos a meta de lançá-lo em novembro, mas já há um evento de pré-lançamento agendado para julho. No próximo post dou detalhes.

Abraços, aproveitem o final de semana chuvoso para alimentar o espírito com coisas boas.

Martha Argel

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