terça-feira, 21 de junho de 2005

Bom dia. Se você está atrás de bom-humor, vá embora já, antes de se arrepender!

Um caminhão cheio de...

Burocracia é a pior merda que tem. Ultimamente, parece que toda minha vida gira em torno de documentos imbecis que me fazem correr de um lado para outro.
Tem um documentozinho especialmente imbecil que me deixa enfurecida. Sabe aquela frase "se eu soubesse quem inventou essa merda eu matava"? Eu sei quem inventou essa merda. Eu sei qual o motivo que levou essa pessoa a inventar essa merda. A merda demora pra ficar pronta porque tem que ser aprovada por outra pessoa. Eu sei quem é a pessoa que aprova essa merda. E sei porque é que a aprovação da merda demora.
Tem horas que saber demais é uma merda maior do que a burocracia.

Respeito é bom e a gente gosta

Ando emputecida com a falta de respeito das editoras com os autores. A reclamação não tem nada a ver com ego, com aquela concepção quase universal entre os escritores de que SUA obra é o supra-sumo da arte, o ápice da criatividade humana. Minha queixa tem a ver com cortesia, respeito e honra. Nesse ponto, a relação entre editoras e autores reflete exatamente o resto da sociedade: parece que ninguém se lembra o que é gentileza, e que a arte de retribuir consideração com consideração caiu em desuso.
A cada nova editora aprendo novas formas de descortesia. Experiência recente: me apareceram com um pedido de ajuda, urgente, me ofereceram várias contrapartidas e me trataram com gentileza. Fiz o que pediram, e até mais, e mais rápido do que esperavam. Os agradecimentos vieram sob a gélida forma de e-mail. Sempre que quis novidades era eu quem entrava em contato. As contrapartidas prometidas ou foram arrancadas a fórceps ou simplesmente não vieram.
Agora digo eu: foda-se. Pedi pra fazer a revisão final, eles acharam que não precisava, e o livro saiu com um monte de erros. Não no meu texto, claro, mas em outros baseados no meu. Acho bom eles contratarem alguém pra cuidar disso na segunda edição, porque esse tipo de coisa é um prato cheio pra fofocas e achincalhações...
Fico torcendo pra me pedirem outro favor... se é que ainda se lembram de mim!

Terapia da martelada

Posto que a humanidade está me enchendo o saco nestes últimos tempos, resolvi literalmente colocar mãos à obra e destruir minha sala de estar. Está uma beleza, parece Bagdá depois da libertação pelos ianques. Tirei quase todos os móveis e arranquei o carpete e parte do rodapé. No momento estou trabalhando num tablado de madeira que delimitava, por meio de um desnível, a sala de jantar. Eu precisaria de um pé de cabra, mas não tenho, de forma que vai na base do martelo e chave de fenda. Minha mão está toda roxa de marteladas e lanhada pelas farpas da madeira, sem falar nos calos que vão se formando, mas acho que termino de desmantelar tudo entre hoje e amanhã.
Tô enlouquecendo a casa toda com minhas marteladas. Espero que os vizinhos do lado estejam incomodados.
E por que isso? Não cozinho, não costuro, há muito não faço tricô ou crochê, e não gosto da idéia de que a única coisa que consigo fazer com as mãos é escrever. Agora aprendi, na marra, a lidar com o martelo e com pregos. A sensação é ótima, recomendo. Não tem nada melhor do que dar uma bela martelada e imaginar que o alvo é outro!
Um martelo é bem mais barato do que terapia, e muito mais confiável. Afinal, um martelo é sempre um martelo, e um psiquiatra às vezes é um picareta!

Beijos, tenha um bom dia, compre um martelo e seja feliz!
Martha Argel

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