domingo, 24 de agosto de 2003

Olás. De volta, e pra variar, após longa ausência.
Os dias passam tão rápidos, e as coisas se sucedem sem pausas nem intervalos para respirar.
Trabalho, muito, multiplicado por aquele caos mental que resulta do cansaço, e da necessidade de pensar e planejar N coisas simultaneamente. Estou indo adiante ou correndo para ficar no mesmo lugar?
Mais uma noite de autógrafos. Mais um encontro dos amigos. Valeu Ni, Lilica e Aniete, por emprestarem o cantinho tão bom. Valeu a todos que foram.
Ontem, festa do TintaRubra no Tribehouse. Revi amigos. Tive notícias boas (Carmilla, foi a maior alegria em muito, muito tempo o que aconteceu ontem!!!), conheci gente e aproveitei a noite. Me deixei envolver em pequenos eventos que me deixaram encantada com a simplicidade de certas ações, e reações, e com o valor do agora, puro e simples.
Sinto-me cansada, mas um cansaço daqueles que faz a gente encostar a cabeça no travesseiro e sorrir nos escassos momentos que precedem o sono imediato e sem sonhos. As últimas semanas foram intensas e férteis. Falta, porém, o tempo para assimilar o que significaram. É atrás desse tempo que ando agora. O tempo de pedir licença e me recolher e organizar arquivos mentais e pôr em prática o que no momento são planos, idéias, projetos.
Dia 24 de agosto. Há um ano eu tinha sonhos e sorria com eles. Sonhos que morreram no pântano viscoso das decepções e recriminações, e hoje são só uma história que o tempo está se encarregando, com pleno êxito, de pasteurizar.
Mas também há um ano, em outro fim de inverno, assisti à chegada dos andorinhões-do-temporal (Chaetura andrei) aos céus paulistanos, marcando a volta do calor. Hoje meus olhos vão vasculhar o azul-cinza que cobre a cidade seca e poluída. Quem sabe estarão lá de novo, assinalando, impiedosos, a passagem do tempo que, como disse um poeta qualquer, não pára.

beijos a todos

Martha Argel

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