quarta-feira, 13 de agosto de 2003

Olá a todos.

Pois é. Voltei de Belo Horizonte. Cidade linda, deliciosa apesar da secura desta época do ano. Não imaginava que, distante de São Paulo apenas sete horas by bus, a capital das Minas Gerais pudesse ser tão mais quente que a Terra da Garoa!

Salão do Livro de Minas Gerais
Não tem, claro, as dimensões mastodônticas da Bienal paulistana, mas tem aquele clima que enlouquece os fanáticos por livros, como eu. Sem muito o que fazer, por três dias percorri os corredores e conversei com livreiros e vendedores em tudo quanto foi estande, sem exceção uma gente maravilhosa, apaixonada pelo trabalho, pela leitura, pelas letras, cheios de assunto e que me ajudaram com entusiasmo toda vez que eu procurava algum livro sobre os assuntos mais bizarros.
O pessoal da Leitura da Savassi foi o máximo. Não lembro o nome de todos, mas agradeço ao Carlos, ao Evandro, ao Gustavo, ao Paulo, à Lionara ?Bruxa?, à Cintia e a todos os demais. Quem apareceu todas as noites foram o Nitro e a Tuz, simpáticos e animados como sempre, com uma galera ótima: Trosco, Hermann, Anderson, Cristiano, Flávio e mais gente que não lembro o nome (sorry!!!). Conheci leitoras muito gracinhas, entre elas a Lucy e a Alice. Valeu, meninas, pela alegria ao levarem o livro pra eu autografar!
Revi gente conhecida, que não esperava encontrar. O professor Angelo Machado, cujo livro de neurobiologia foi meu terror no curso de Fisio Humana, especialista afamado em libélulas e educador ambiental de primeira, estava autografando seus livros infantis. Grande surpresa foi topar com o Roberto de Sousa Causo, especialista em literatura fantástica, autografando seu tratado Ficção científica, fantasia e horror no Brasil (ed. da UFMG), obra já indispensável para todos os interessados. Conversamos muito e aprendi um bocado com ele sobre literatura.
Conheci o José Carlos Neves, que tem um site dedicado a Alan Moore, autor de terror. Bati bons papos com o escritor João Batista Melo, super simpático. Encontrá-lo foi uma grande coincidência, pois umas duas semanas atrás teria comprado seu livro Patagônia (ed. Rocco), não fosse o berreiro do grilo falante chamado Saldo Bancário. Mas desta vez comprei. Temos em comum a paixão por el sur lejano e o fato de que seu livro é sobre Butch Cassidy e seu bando, que uma vez pensei em usar numa história de vampiros. Quem sabe lendo o livro (autografado!) me animo!

... e nas horas vagas...
Fiquei novamente hospedada na biblioteca.... ops, no apartamento da Clau, que agüentou meu surto obsessivo pela Itália pós-Renascimento. Claro que foi o lugar certo para ser atacada pela enfermidade, pois a quantidade de livros que minha amiga tem sobre a Itália é espantosa. Enchei o caderno que levei e me vi obrigada a usar as margens das folhas... Por que tanto interesse? Meu próximo livro, claro! Torçam pra que eu consiga. É meu projeto literário mais ambicioso até o momento.
E numa pausa da pesquisa bibliográfica, assistimos O filho da noiva, belíssimo filme argentino. Ma-ra-vi-lho-so. Chorei muito e também ri muito. Deu vontade de fazer as malas e me mudar pra Buenos Aires (rá, como se essa vontade nunca tivesse existido...).

Bom, é isso. Curtam a vida e façam de tudo pra realizar seus melhores sonhos, sem ferir os outros.

Martha Argel

PS. meu Explorer tá dando uns paus homéricos. Não consigo abrir os comentários dos blogs que estou visitando!!! Lucy, Trosco, Mexicano, Tuz, Nitro, Flávio, passei pra agradecer por tudo, mas...

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