sábado, 11 de dezembro de 2010

Resumo da viagem (2a. Parte): Rauch e Buenos Aires

Saindo de Bariloche, fomos direto para Rauch, uma cidadezinha minúscula, perdida nos pampas da província de Buenos Aires. Por que Rauch? Porque é a cidade de minha mãe. Tenho uma ligação afetiva com o lugar, onde passava as férias na infância, e onde comecei minha atividade na observação de aves.

Ruas largas, arborizadas com plátanos, e uma arquitetura antiga, tipicamente pampeana, dão a Rauch um ar de cidade cinematográfica, num estilo muito diferente de San Martín.

A cidade tem, ainda, uma vida cultural intensa: com 16 mil habitantes, tem cinco rádios, um canal de televisão, dois ou três semanários, dois centros culturais, uma livraria que daria inveja a muita livraria de Sampa, e um cineclube muito ativo. Foi no cineclube que Humberto e eu demos uma palestra sobre "A Origem do Mito do Vampiro", seguida da projeção do ótimo filme "A Sombra do Vampiro".

Confraternização ao final da noitada vampírica, idealizada por Damian Miguel (de laranja, à direita). Com direito a empanadas e um bom vinho tinto, claro!

Aliás, nosso amigo Damian descobriu algo muito interessante sobre Rauch: segundo ele, durante algum tempo residiu na cidade o famoso escritor Adolfo Bioy Casares, parceiro literário inseparável de Jorge Luis Borges. Damian ainda está tentando traçar os passos de Bioy Casares na cidade, mas o que já descobriu é que ele inclui em seus contos descrições de ao menos dois lugares da cidade: a estação de trem e o hoje decadente Hotel Bernatene.





De Rauch, fomos para Buenos Aires, claro! Não vou nem tentar estimar o número de livrarias e lojas de quadrinhos em que entramos.

Humberto na livraria Walrus, supersimpática e especializada em livros em inglês, em Santelmo.

Visitamos, ainda, muitos cafés tradicionalíssimos: Tortoni, Richmond, Petit Colón, El Gato Negro, La Giralda, Los 36 Billares.

Detalhe de Los 36 Billares.

Um dos momentos mais divertidos foi a visita à feira de Santelmo, tradicional mercado de pulgas que ocorre todos os domingos. Incrível a quantidade de performances, artesanatos e pessoas interessantes que há aí!









Outra coisa bem legal que fiz foi ir observar aves na Reserva da Costanera Sur com María Laura, uma birder porteña que conheci em San Martín de Los Andes. Acabamos encontrando um monte de outros observadores de aves, e foi uma festa!

Cora, eu, Roberto Ares (autor de dois livros ótimos sobre aves) e María Laura, posando do lado de fora da reserva.

Voltamos para Sampa no dia 23, morrendo de medo do excesso de bagagem por conta da verdadeira biblioteca que Humberto comprou ao longo da viagem, mas no fim não passamos da conta. Viva!

Depois vou colocar mais fotos em meu Facebook e no Multiply. Por agora, já estamos na correria de novo, preparando-nos para a próxima viagem (daqui 12 dias!)

beijos a todos!
Martha

Um comentário:

Anônimo disse...

Muy buen relato Marta. Un abrazo rauchense para vos y Humberto. Queda la búsqueda de la película del misterioso Alex Puig.
¡Nos vemos!
Damian