sábado, 21 de fevereiro de 2009
"Retiro intelectual"?
Fevereiro está sendo dureza.
Essa aí em cima é mais ou menos a paisagem do meu dia-a-dia. São, claro, todas coisas muito legais, mas é tudo pra ontem. Não dá nem pra curtir como se deve.
Minha fantasia de carnaval é terminar todos os projetos marcados URGENTE e conseguir ao menos um dia voltar ao parque do Ibirapuera, passear e ver o verde sem me preocupar com prazos.
E, claro, conseguir dedicar algum tempo ao meu mui amado parceiro que, coitado, deve estar sentindo saudades de mim até quando estou ao seu lado, porque, na verdade, não estou.
O lado bom: fevereiro termina logo. O lado ruim: fereveiro termina logo, e depois vêm março e abril, que, já se configura, não serão muito mais tranquilos...
Bom Carnaval. E tentem se lembrar que as maiores alegrias estão dentro da gente e não de uma garrafa de cerva, vodka e símiles.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Curiango (Goatsucker) e Actias luna (Green Luna Moth)
Será que meu amado está querendo mudar meu conflituoso relacionamento com a poesia? Não sei, mas ele me enviou outro poeminha, desta vez em inglês. Contou uma mórbida história acerca da autora, mas não vou repeti-la, certamente a Wikipedia pode ajudar quem porventura estiver interessado.
O poema é sobre o curiango, que no folclore europeu durante a noite mama nas cabras, secando-lhes o ubre. Em outras palavras, é o chupa-cabras original! O poema termina esclarecendo que a ave de fato nunca ordenhou cabra alguma, e que a única coisa que se lhe desaparece goela abaixo são insetos, como a mariposa da foto acima.
Uma aula de história natural na forma de versos.
Goatsucker
Sylvia Plath (1932-1963)
Old goatherds swear how all night long they hear
The warning whirr and burring of the bird
Who wakes with darkness and till dawn works hard
Vampiring dry of milk each great goat udder.
Moon full, moon dark, the chary dairy farmer
Dreams that his fattest cattle dwindle, fevered
By claw-cuts of the Goatsucker, alias Devil-bird,
Its eye, flashlit, a chip of ruby fire.
So fables say the Goatsucker moves, masked from men's sight
In an ebony air, on wings of witch cloth,
Well-named, ill-famed a knavish fly-by-night,
Yet it never milked any goat, nor dealt cow death
And shadows only--cave-mouth bristle beset--
Cockchafers and the wan, green luna moth.
Será que meu amado está querendo mudar meu conflituoso relacionamento com a poesia? Não sei, mas ele me enviou outro poeminha, desta vez em inglês. Contou uma mórbida história acerca da autora, mas não vou repeti-la, certamente a Wikipedia pode ajudar quem porventura estiver interessado.
O poema é sobre o curiango, que no folclore europeu durante a noite mama nas cabras, secando-lhes o ubre. Em outras palavras, é o chupa-cabras original! O poema termina esclarecendo que a ave de fato nunca ordenhou cabra alguma, e que a única coisa que se lhe desaparece goela abaixo são insetos, como a mariposa da foto acima.
Uma aula de história natural na forma de versos.
Goatsucker
Sylvia Plath (1932-1963)
Old goatherds swear how all night long they hear
The warning whirr and burring of the bird
Who wakes with darkness and till dawn works hard
Vampiring dry of milk each great goat udder.
Moon full, moon dark, the chary dairy farmer
Dreams that his fattest cattle dwindle, fevered
By claw-cuts of the Goatsucker, alias Devil-bird,
Its eye, flashlit, a chip of ruby fire.
So fables say the Goatsucker moves, masked from men's sight
In an ebony air, on wings of witch cloth,
Well-named, ill-famed a knavish fly-by-night,
Yet it never milked any goat, nor dealt cow death
And shadows only--cave-mouth bristle beset--
Cockchafers and the wan, green luna moth.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Bonito, né? No século XIX era tudo mata. Então virou um bananal. Cinquenta anos atrás resolveram que ia ser pasto. Quanto tempo até virar um tabuleiro de xadrez de ruas, com carros, asfalto, tijolos, azulejos, poluição, barulho, modinhas, ciúmes e doenças da vida moderna afogando de vez o que já foi perfeito?
Tudo muda, o tempo todo.
Mas tem coisas que parecem que só mudam para pior.
Martha Argel
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