terça-feira, 1 de março de 2005

Bom dia, todos.
Achei que o sufoco ia terminar quando eu saísse do projeto do Suriname. Dois equívocos: primeiro, não terminou, só piorou, e segundo, ainda não consegui sair de todo. Foi só meus clientes acharem que tinha saído e vieram com tudo. Me soterraram de trabalho. É grana, não posso reclamar.
Nesse meio tempo, relancei meu livro Olhos de Gato, novamente pela Writers. O release segue abaixo. Por enquanto, só eu tenho pra vender. Esse livro vai ser tipo ?item de colecionador?, quem quiser ler vai ter de (v)ir atrás. Mesmo porque eu não tenho fôlego pra investir em divulgação e vendas como tinha até O Vampiro de Cada Um.
Fora isso, que outras novidades? Fiz uma viagem-relâmpago a São Sebastião. Como o centro histórico está lindo! Vale a pena. Retomei minhas caminhadas, mas mesmo assim comecei a ganhar peso. Preocupante, há dois anos não acontecia. Cumpri a promessa que fiz a minha cabeleireira e entreguei as madeixas a suas hábeis mãos, de olhos fechados. Meninas, recomendo, até os homens estão reparando, é incrível como um bom corte muda tudo.
É isso. Cuidem-se. Vivam intensamente e aproveitem as coisas boas que estão a nosso redor e a gente não vê.
E agora com vocês, o release de Olhos de Gato!

Olhos de Gato

mais um livro de
MARTHA ARGEL

A qualquer momento, em qualquer lugar, o inesperado pode acontecer. Pelos corredores do supermercado, durante uma festa chata, nas ruas da metrópole e até dentro de nossa casa, um breve instante é suficiente para que a rotina de transforme numa experiência extraordinária.
A prova está nas páginas deste livro.
Dez contos de fantasia e suspense, em que alienígenas, fadinhas, duendes e bruxas transitam pelo cotidiano com tanta naturalidade que é impossível acreditar que não sejam reais.
Dez histórias que poderiam acontecer com você, neste exato momento.
Esteja preparado. Quem sabe o que o espera nos próximos minutos?

Leia, a seguir, um trecho do conto Más Companhias

Ah, bom, pelo menos agora eu já não tremia mais. Minhas mãos não tremiam ao segurar o volante. Meus pés não tremiam na hora de pisar no freio, no acelerador. O carro não ia mais morrer porque o pé do acelerador e o pé da embreagem tremiam em freqüências diferentes. Nada mais de solavancos involuntários, eu já não iria assustá-los sem querer? e muito menos querendo. Eu até que estava dirigindo bastante bem, quer dizer, não tão bem como sempre dirijo, pois nunca tinha passado por nada parecido, de forma que era perfeitamente compreensível que minha performance nas últimas horas estivesse um pouco abaixo do normal. Eu estava dirigindo bem o suficiente, e isso era suficiente.
Mas aquela faca encostada no meu pescoço ainda me incomodava. Mais do que isso, ainda me apavorava tanto quanto me apavorara no primeiro instante em que a senti ali, pousada, um grande inseto pronto para a picada fatal.

Veja como continua, em Olhos de Gato

Martha Argel é ornitóloga e doutora em Ecologia, e atua em Consultoria Ambiental. É autora dos livros Contos Improváveis, O Vampiro de Cada Um e Relações de Sangue, todos de Literatura Fantástica. Publicou também Voando pelo Brasil, obra infanto-juvenil sobre aves brasileiras.
Seus contos aparecem em vários revistas, zines, jornais e sites. É coeditora do FicZine, um fanzine de Fantasia & Ficção Científica. Tem ainda artigos científicos e de divulgação publicados no Brasil e no exterior.

Página Internet: www.argel.hpg.com.br
Lista de distribuição de textos:
http://br.groups.yahoo.com/group/MarthaArgel
Blog: http://vampirapaulistana.blogspot.com

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