domingo, 13 de março de 2005

Bom dia, todos.
Não esperava continuar na correria. As coisas mais inesperadas acontecem na vida da gente, como por exemplo te pedirem pra escrever um livro em quinze dias e depois informarem que o material precisa ficar pronto antes disso!!!
Que que eu posso contar das últimas semanas?
Entreguei o Amores Perigosos na editora. Estamos tratando agora da capa e da data de lançamento. É pra logo. O plano é termos uma mesa-redonda sobre vampiros na ficção, numa badalada livraria paulistana. Aguardem.
Darei uma palestra, A Biologia do Vampiro, dia 20, às 13:00, durante o Dia do Fã, promovido pela revista Sci Fi News. Será no Museu da Imigração, no Brás, pertinho da Faculdade Anhembi-Morumbi. O lugar é lindo, estive ontem lá e me surpreendi. A entrada é R$ 4,00 e estudantes R$ 2,00 (cobrados pela própria instituição), e um quilo de alimento não-perecível. Mais informações no site da revista, http://www.scifinews.com.br/ .
Li um livro que odiei, Amazonia (assim, sem acento), de um ianque cujo nome nem lembro. A trama: um bando de estadunidenses, incluindo o exército, invade a Amazônia brasileira em busca de um pesquisador desaparecido (leia-se bio-pirata), enquanto uma multinacional contrata um assassino pra matar todo mundo e se apossar das descobertas. Os ianques são bonzinhos e idealistas, o vilão é francês, os brazucas inexistentes (só tem um), tem índios encolhedores de cabeça, piranhas e jacarés assassinos e um paraíso desconhecido (cópia escarrada do Mundo Perdido, do Doyle). Todos os esbirros acabam mortos, à la Star Trek. O sujeito mistura à vontade a cultura latino-americana e cria um salseiro onde pululam erros de português, castelhano (!) e até Sranam Tongo (a língua do Suriname!). Deve estar ganhando uma puta grana às custas da ignorância alheia.
Por outro lado, acabo de ler um livro de-li-ci-o-so, Dead until Dark, de Charlaine Harris. Uma garçonete que tem a capacidade de ler a mente alheia e sofre com essa "deficiência", como ela chama, decobre que não consegue ler os pensamentos de um vampiro, e acha tão maravilhoso esse "silêncio" que se apaixona por ele. Daí a trama segue, com assassinatos em série, vampiros desequilibrados e a vida de uma cidade interiorana do Sul dos EUA, tudo misturado, num tom delicado e leve, que contrasta com as cenas de violência e sexo. Eu não conseguia parar de ler. E daí que parece cópia de Laurell K. Hamilton? E daí que dá pra notar a inspiração em Tanya Huff? O clima da história é ótimo! Agora já estou lendo a continuação, Living Dead in Dallas, e sofrendo porque tenho o terceiro mas ainda não tenho o quarto livro da série!

beijos a todos

Martha Argel

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