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Neste programa da JustTV, num bate-papo com Célia Coev, falo de aves e de de vampiros, da fusão de ciência com literatura, e de meus livros mais recentes - o guia de campo Aves do Brasil - Pantanal & Cerrado (Horizonte, 2011) e o romance Amores Perigosos (Llyr, 2011).
A gravação foi super-divertida. A Célia é uma anfitriã ótima, e pra lá de simpática!
beijos a todos!
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
A alma da Bienal - o leitor!
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Pois é, acabou!
Uma festa linda, doze dias de livros e leitores apaixonados, um mundo de letras que a gente nem acredita que possa existir em nosso lindo e complexo país tropical.
A constatação que ilumina a alma da gente: os leitores existem! A mídia diz que não existem, mas eles estão por toda parte. Talvez o que não exista são os leitores do que a mídia *acha* que deve ser lido, e que quer a todo custo empurrar goela abaixo de quem tem outros interesses. Mídia cega? Ou deturpada? Ou, até, mal-intencionada?
E são leitores vorazes. Gente que compra livro quase que de baciada. E não são [apenas] senhores vetustos, brancos e bem vestidos, moradores de condomínios de luxo da Zona Sul. São garotas negras, pardas, morenas, brancas e mestiças. São meninos, rapazes e jovens adultos. São atendentes de lanchonete, gorduchinhas, sorridentes e pobres. Moram ali na periferia. Moram lá longe e pegaram ônibus, barcas e vans para chegar. Vieram de outros estados. Vieram sozinhos. A mãe trouxe. Trouxeram a turma toda e fazem vaquinha para comprar o livro amado.
A diversidade espanta, fascina e encanta. Tem "Antes de sair decidimos quanto cada filho pode gastar em livro", "a pequenininha ali já chegou dizendo que queria algo de ciência", "minha filha adora ler, acho maravilhoso", "queria comprar um livro pro meu avô", mas também tem "minha mãe ia ficar brava se eu comprasse", e as colegas concordam, acenando a cabeça pesarosas.
A diversidade às vezes parte o coração. Uma garota de doze ou treze anos, namorando os livros de capas coloridas com um olhar deliciado: "Meu sonho é ter uma biblioteca em casa, mas não posso, meu pai odeia, não quer nem ver livro na frente". E quando é que você vai poder comprar livro?" "Só quando eu tiver meu próprio canto". E lá se vai ela, sonhando, cercada dos livros que não pode ter, não pode ler.
A Bienal é o mundo perfeito para tantos, tantos, tantos. Lá eles não se sentem sozinhos, e reafirmam o que já sabem. Ser leitor não é ser rídículo, não é ser uma aberração. No meio da massificação da burrice, da mediocridade e da falta de bom senso, eles são leitores, sim, com orgulho e com euforia, e são uma legião. E sabem disso.
Não importa qual o verdadeiro intuito de quem organiza uma Bienal. Faturar uma nota preta, alimentar o ego, fortalecer o sistema, favorecer os amigos ou agradar os poderosos. Tudo isso ou nenhuma das alternativas anteriores. O fato é que, na festa dos grandes, os miúdos se esbaldam. Tem espaço pra toda essa gente doida por livros, letras, vampiros, anjos, dragões e romances cor-de-rosa, talvez não porque esse espaço lhes seja dado, mas porque eles o conquistam. Vão lá, se infiltram, juntam-se aos amigos e fazem a parte mais linda da celebração literária: a participação do leitor.
Quero saudar a todos vocês que fizeram a festa, independente de nome na programa, fila de adoradores, espaço na tevê. Vocês são lindos percorrendo os estandes em grupos de estudantes, leitores, blogueiros, ratos de saldos. Vocês são adoráveis, proclamando no meio do corredor seu orgulho pelo Pavilhão Verde, das editoras nanicas, o primo pobre e charmoso do outro, o Azul, o nobre espaço onde abundaram as confusões e o mau-humor editorial. Vocês são fantásticos, autores desconhecidos que ganham sua meia dúzia de leitores com esforço e dedicação. E muita garra.
Ano que vem tem mais. Ano que vem será a vez de darem vida a mais uma Bienal que, sem vocês, seria apenas uma grande livraria sem alma... e sem leitores!
M
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Pois é, acabou!
Uma festa linda, doze dias de livros e leitores apaixonados, um mundo de letras que a gente nem acredita que possa existir em nosso lindo e complexo país tropical.
A constatação que ilumina a alma da gente: os leitores existem! A mídia diz que não existem, mas eles estão por toda parte. Talvez o que não exista são os leitores do que a mídia *acha* que deve ser lido, e que quer a todo custo empurrar goela abaixo de quem tem outros interesses. Mídia cega? Ou deturpada? Ou, até, mal-intencionada?
E são leitores vorazes. Gente que compra livro quase que de baciada. E não são [apenas] senhores vetustos, brancos e bem vestidos, moradores de condomínios de luxo da Zona Sul. São garotas negras, pardas, morenas, brancas e mestiças. São meninos, rapazes e jovens adultos. São atendentes de lanchonete, gorduchinhas, sorridentes e pobres. Moram ali na periferia. Moram lá longe e pegaram ônibus, barcas e vans para chegar. Vieram de outros estados. Vieram sozinhos. A mãe trouxe. Trouxeram a turma toda e fazem vaquinha para comprar o livro amado.
A diversidade espanta, fascina e encanta. Tem "Antes de sair decidimos quanto cada filho pode gastar em livro", "a pequenininha ali já chegou dizendo que queria algo de ciência", "minha filha adora ler, acho maravilhoso", "queria comprar um livro pro meu avô", mas também tem "minha mãe ia ficar brava se eu comprasse", e as colegas concordam, acenando a cabeça pesarosas.
A diversidade às vezes parte o coração. Uma garota de doze ou treze anos, namorando os livros de capas coloridas com um olhar deliciado: "Meu sonho é ter uma biblioteca em casa, mas não posso, meu pai odeia, não quer nem ver livro na frente". E quando é que você vai poder comprar livro?" "Só quando eu tiver meu próprio canto". E lá se vai ela, sonhando, cercada dos livros que não pode ter, não pode ler.
A Bienal é o mundo perfeito para tantos, tantos, tantos. Lá eles não se sentem sozinhos, e reafirmam o que já sabem. Ser leitor não é ser rídículo, não é ser uma aberração. No meio da massificação da burrice, da mediocridade e da falta de bom senso, eles são leitores, sim, com orgulho e com euforia, e são uma legião. E sabem disso.
Não importa qual o verdadeiro intuito de quem organiza uma Bienal. Faturar uma nota preta, alimentar o ego, fortalecer o sistema, favorecer os amigos ou agradar os poderosos. Tudo isso ou nenhuma das alternativas anteriores. O fato é que, na festa dos grandes, os miúdos se esbaldam. Tem espaço pra toda essa gente doida por livros, letras, vampiros, anjos, dragões e romances cor-de-rosa, talvez não porque esse espaço lhes seja dado, mas porque eles o conquistam. Vão lá, se infiltram, juntam-se aos amigos e fazem a parte mais linda da celebração literária: a participação do leitor.
Quero saudar a todos vocês que fizeram a festa, independente de nome na programa, fila de adoradores, espaço na tevê. Vocês são lindos percorrendo os estandes em grupos de estudantes, leitores, blogueiros, ratos de saldos. Vocês são adoráveis, proclamando no meio do corredor seu orgulho pelo Pavilhão Verde, das editoras nanicas, o primo pobre e charmoso do outro, o Azul, o nobre espaço onde abundaram as confusões e o mau-humor editorial. Vocês são fantásticos, autores desconhecidos que ganham sua meia dúzia de leitores com esforço e dedicação. E muita garra.
Ano que vem tem mais. Ano que vem será a vez de darem vida a mais uma Bienal que, sem vocês, seria apenas uma grande livraria sem alma... e sem leitores!
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quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Bienal Rio 2011, Amores Perigosos e mais
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CONFIRMADA a sessão de autógrafos de Amores Perigosos na Bienal do Livro do Rio de Janeiro 2011. Vejam aí embaixo:
Dia 10 de setembro de 2011
14 h - autógrafos de Amores Perigosos, meu superlançamento, no estande da Llyr/Vermelho Marinho. Q12, Pavilhão Verde
18 h - autógrafos de Relações de Sangue, no estande da Centauro. P27, Pavilhão Verde
E uma novidade para os blogueiros:
Ficaram prontos os marcadores de Amores Perigosos! Estão lindos. Quem quiser marcador autografado passa lá na Llyr!!!
Bom, daqui a pouquinho, Giulia Moon e eu partimos pra Bienal. Vamos, claro, tentar garantir um lugarzinho para ver a Grande Dama dos Vampiros, Anne Rice, a autora que mudou para sempre a cara dos mortos-vivos imortais.
Mas estamos prevendo, desde já, que seremos mais duas dos infindáveis órfãos da vampira-mãe. Por algum motivo insondável, trazem um ícone da literatura fantástica mundial para um megaevento em um dos países com maior número de fãs, e ao mesmo tempo tornam-na praticamente inacessível a nós, reles mortais. Tem gente acampada há dias na porta da Bienal para conseguir uma das 150 senhas para autógrafos. As senhas para o bate-papo serão distribuídas uma hora antes do evento, e não duvido que a fila vai se formar às 10 da manhã... E alguém aí já ouviu falar daquela ultrarrecente invenção chamada "telão"? Pois é, parece que editora e organização do evento ainda não descobriram que isso existe.
De qualquer forma, se você também for mais um órfão da titia Arroz, passe lá nos estandes da Llyr / Vermelho Marinho e da Centauro, e bata um papo com autoras vampíricas muuuuuito mais acessíveis - Giulia Moon e Martha Argel!
beijos a todos, e até daqui a pouco!
Martha Argel
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CONFIRMADA a sessão de autógrafos de Amores Perigosos na Bienal do Livro do Rio de Janeiro 2011. Vejam aí embaixo:
Dia 10 de setembro de 2011
14 h - autógrafos de Amores Perigosos, meu superlançamento, no estande da Llyr/Vermelho Marinho. Q12, Pavilhão Verde
18 h - autógrafos de Relações de Sangue, no estande da Centauro. P27, Pavilhão Verde
E uma novidade para os blogueiros:
Ficaram prontos os marcadores de Amores Perigosos! Estão lindos. Quem quiser marcador autografado passa lá na Llyr!!!
Bom, daqui a pouquinho, Giulia Moon e eu partimos pra Bienal. Vamos, claro, tentar garantir um lugarzinho para ver a Grande Dama dos Vampiros, Anne Rice, a autora que mudou para sempre a cara dos mortos-vivos imortais.
Mas estamos prevendo, desde já, que seremos mais duas dos infindáveis órfãos da vampira-mãe. Por algum motivo insondável, trazem um ícone da literatura fantástica mundial para um megaevento em um dos países com maior número de fãs, e ao mesmo tempo tornam-na praticamente inacessível a nós, reles mortais. Tem gente acampada há dias na porta da Bienal para conseguir uma das 150 senhas para autógrafos. As senhas para o bate-papo serão distribuídas uma hora antes do evento, e não duvido que a fila vai se formar às 10 da manhã... E alguém aí já ouviu falar daquela ultrarrecente invenção chamada "telão"? Pois é, parece que editora e organização do evento ainda não descobriram que isso existe.
De qualquer forma, se você também for mais um órfão da titia Arroz, passe lá nos estandes da Llyr / Vermelho Marinho e da Centauro, e bata um papo com autoras vampíricas muuuuuito mais acessíveis - Giulia Moon e Martha Argel!
beijos a todos, e até daqui a pouco!
Martha Argel
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