Caros amigos, duas novidades sobre livros sobre aves voltados para quem curte a natureza e quer saber um pouco mais sobre nossas aves, tão lindas.
Voando pelo Brasil de volta às livrarias
Já está à venda a nova tiragem de Voando pelo Brasil (Editora Cuca Fresca), obra de minha autoria com ilustrações de Carlos Meira.
O livro, que estava esgotado, aborda aves de nossos principais ecossistemas, num texto leve e de grande precisão científica, voltado para o público infantil.
Entre as espécies tratadas estão aves pouco mencionadas na literatura destinada ao grande público, como o casaca-de-couro, a noivinha-de-rabo-preto, o acrobata, a figuinha-do-mangue e o grimpeiro. É perfeito para trabalhar os conceitos de espécies endêmicas e espécies ameaçadas em nossos vários biomas.
E é também um lindo presente de Natal, para crianças de todas as idades que amam a beleza de nossa natureza!
A obra foi selecionada pelo PROGRAMA MAIS CULTURA, do Ministério da Cultura, para atender as ações de Implantação e Modernização de Bibliotecas Públicas, em implantação por todo o país.
Uma resenha escrita por Fernando Straube, quando do lançamento do livro (2005) está disponível aqui.
Mais informações podem ser obtidas no site da editora
Aves da Mata Atlântica paulista
O WWF Brasil acaba de publicar um pequeno guia das aves da Mata Atlântica do estado de São Paulo. O texto e boa parte do conceito da obra são meus. Trabalhei quase um ano, junto com todo o pessoal do WWF-Brasil e do Instituto Florestal, e o resultado está lindo.
Não é um guia completo: ele inclui 48 espécies, com fotos bem bonitas e informações sobre biologia, comportamento e situação de conservação. Escrito em linguagem clara e acessível, está voltado principalmente para pessoas que curtem a natureza e querem começar a aprender mais sobre nossas aves.
O livro será vendido nos parques por R$10 (uma merrequinha!), para promover a observação de aves pelos visitantes, em especial aqueles que nunca se interessaram pelo tema. É uma forma de disseminar a prática do birdwatching, que está em franca expansão em nosso país. Ele traz, além dos textos sobre as aves, uma checklist para a área abrangida (Alto das Serras do Mar e de Paranapiacaba), sendo assim de interesse também para os ornitólogos e observadores de aves mais experientes.
Bilíngue (português-inglês), este livro é útil também para birdwatchers estrangeiros que venham observar aves na região, e constitui mais uma ferramente para consolidar em São Paulo o turismo de observação de aves, uma atividade rentável e de impacto positivo sobre o ambiente.
Para baixar o livro baixado gratuitamente, clique aqui.
Que tal aproveitar que esses dois livros maravilhosos estão disponíveis e se tornar um observador de aves?
beijos
Martha Argel
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
Um pouco da Feira de Aves da América do Sul
Eis o vídeo oficial da Feira de Aves da América do Sul, que resume muito bem a festa maravilhosa que se celebrou em San Martín de Los Andes.
Eu apareço!
A seguir, algumas fotos de uma saída de campo que fizemos, à Laguna Rosales, durante o evento. (Fotos: Feria de Aves de Sudamérica)
Durante o evento, além da palestra "Aves do Brasil - Pantanal e Cerrado. Que es una guía de campo? Estudio de caso", participei de uma mesa-redonda sobre nomes comuns de aves. O resultado foi muito interessante, graças à participação de um observador de aves iniciante e cientista da computação, cuja sugestão deve dar o que falar nos próximos anos.
Da esquerda para a direita, Sebastián di Martino, Tito Narosky, Federico Bruno e eu. (Foto: Juan Manuel Rubio)
No ano que vem, que tal nos vermos lá, de 24 a 26 de novembro?!
Mais informação no site do evento, aqui.
beijos a todos
Martha
Eu apareço!
A seguir, algumas fotos de uma saída de campo que fizemos, à Laguna Rosales, durante o evento. (Fotos: Feria de Aves de Sudamérica)
Durante o evento, além da palestra "Aves do Brasil - Pantanal e Cerrado. Que es una guía de campo? Estudio de caso", participei de uma mesa-redonda sobre nomes comuns de aves. O resultado foi muito interessante, graças à participação de um observador de aves iniciante e cientista da computação, cuja sugestão deve dar o que falar nos próximos anos.
Da esquerda para a direita, Sebastián di Martino, Tito Narosky, Federico Bruno e eu. (Foto: Juan Manuel Rubio)
No ano que vem, que tal nos vermos lá, de 24 a 26 de novembro?!
Mais informação no site do evento, aqui.
beijos a todos
Martha
sábado, 11 de dezembro de 2010
Resumo da viagem (2a. Parte): Rauch e Buenos Aires
Saindo de Bariloche, fomos direto para Rauch, uma cidadezinha minúscula, perdida nos pampas da província de Buenos Aires. Por que Rauch? Porque é a cidade de minha mãe. Tenho uma ligação afetiva com o lugar, onde passava as férias na infância, e onde comecei minha atividade na observação de aves.
Ruas largas, arborizadas com plátanos, e uma arquitetura antiga, tipicamente pampeana, dão a Rauch um ar de cidade cinematográfica, num estilo muito diferente de San Martín.
A cidade tem, ainda, uma vida cultural intensa: com 16 mil habitantes, tem cinco rádios, um canal de televisão, dois ou três semanários, dois centros culturais, uma livraria que daria inveja a muita livraria de Sampa, e um cineclube muito ativo. Foi no cineclube que Humberto e eu demos uma palestra sobre "A Origem do Mito do Vampiro", seguida da projeção do ótimo filme "A Sombra do Vampiro".
Confraternização ao final da noitada vampírica, idealizada por Damian Miguel (de laranja, à direita). Com direito a empanadas e um bom vinho tinto, claro!
Aliás, nosso amigo Damian descobriu algo muito interessante sobre Rauch: segundo ele, durante algum tempo residiu na cidade o famoso escritor Adolfo Bioy Casares, parceiro literário inseparável de Jorge Luis Borges. Damian ainda está tentando traçar os passos de Bioy Casares na cidade, mas o que já descobriu é que ele inclui em seus contos descrições de ao menos dois lugares da cidade: a estação de trem e o hoje decadente Hotel Bernatene.
De Rauch, fomos para Buenos Aires, claro! Não vou nem tentar estimar o número de livrarias e lojas de quadrinhos em que entramos.
Humberto na livraria Walrus, supersimpática e especializada em livros em inglês, em Santelmo.
Visitamos, ainda, muitos cafés tradicionalíssimos: Tortoni, Richmond, Petit Colón, El Gato Negro, La Giralda, Los 36 Billares.
Detalhe de Los 36 Billares.
Um dos momentos mais divertidos foi a visita à feira de Santelmo, tradicional mercado de pulgas que ocorre todos os domingos. Incrível a quantidade de performances, artesanatos e pessoas interessantes que há aí!
Outra coisa bem legal que fiz foi ir observar aves na Reserva da Costanera Sur com María Laura, uma birder porteña que conheci em San Martín de Los Andes. Acabamos encontrando um monte de outros observadores de aves, e foi uma festa!
Cora, eu, Roberto Ares (autor de dois livros ótimos sobre aves) e María Laura, posando do lado de fora da reserva.
Voltamos para Sampa no dia 23, morrendo de medo do excesso de bagagem por conta da verdadeira biblioteca que Humberto comprou ao longo da viagem, mas no fim não passamos da conta. Viva!
Depois vou colocar mais fotos em meu Facebook e no Multiply. Por agora, já estamos na correria de novo, preparando-nos para a próxima viagem (daqui 12 dias!)
beijos a todos!
Martha
Ruas largas, arborizadas com plátanos, e uma arquitetura antiga, tipicamente pampeana, dão a Rauch um ar de cidade cinematográfica, num estilo muito diferente de San Martín.
A cidade tem, ainda, uma vida cultural intensa: com 16 mil habitantes, tem cinco rádios, um canal de televisão, dois ou três semanários, dois centros culturais, uma livraria que daria inveja a muita livraria de Sampa, e um cineclube muito ativo. Foi no cineclube que Humberto e eu demos uma palestra sobre "A Origem do Mito do Vampiro", seguida da projeção do ótimo filme "A Sombra do Vampiro".
Confraternização ao final da noitada vampírica, idealizada por Damian Miguel (de laranja, à direita). Com direito a empanadas e um bom vinho tinto, claro!
Aliás, nosso amigo Damian descobriu algo muito interessante sobre Rauch: segundo ele, durante algum tempo residiu na cidade o famoso escritor Adolfo Bioy Casares, parceiro literário inseparável de Jorge Luis Borges. Damian ainda está tentando traçar os passos de Bioy Casares na cidade, mas o que já descobriu é que ele inclui em seus contos descrições de ao menos dois lugares da cidade: a estação de trem e o hoje decadente Hotel Bernatene.
De Rauch, fomos para Buenos Aires, claro! Não vou nem tentar estimar o número de livrarias e lojas de quadrinhos em que entramos.
Humberto na livraria Walrus, supersimpática e especializada em livros em inglês, em Santelmo.
Visitamos, ainda, muitos cafés tradicionalíssimos: Tortoni, Richmond, Petit Colón, El Gato Negro, La Giralda, Los 36 Billares.
Detalhe de Los 36 Billares.
Um dos momentos mais divertidos foi a visita à feira de Santelmo, tradicional mercado de pulgas que ocorre todos os domingos. Incrível a quantidade de performances, artesanatos e pessoas interessantes que há aí!
Outra coisa bem legal que fiz foi ir observar aves na Reserva da Costanera Sur com María Laura, uma birder porteña que conheci em San Martín de Los Andes. Acabamos encontrando um monte de outros observadores de aves, e foi uma festa!
Cora, eu, Roberto Ares (autor de dois livros ótimos sobre aves) e María Laura, posando do lado de fora da reserva.
Voltamos para Sampa no dia 23, morrendo de medo do excesso de bagagem por conta da verdadeira biblioteca que Humberto comprou ao longo da viagem, mas no fim não passamos da conta. Viva!
Depois vou colocar mais fotos em meu Facebook e no Multiply. Por agora, já estamos na correria de novo, preparando-nos para a próxima viagem (daqui 12 dias!)
beijos a todos!
Martha
Resumo da viagem (1a. Parte): Andes Patagônicos
Queridos amigos:
Acho que deu pra perceber que não consegui manter meu diário em dia, como planejado. É que a viagem foi muito mais agitada e divertida do que eu havia imaginado.
San Martín de los Andes parece uma cidade cinematográfica, com a diferença que é de verdade. Casinhas pitorescas de madeira, montanhas ao redor, e um lindo lago diante da cidade.
A Feira de Aves da América do Sul, por outro lado, foi um acontecimento e tanto. Revi muita gente, conheci ainda mais, e as atrações não davam tempo para respirar.
Acho que dá para entender que entre passeios e conferências, não ficou muito tempo para escrever ou ficar online.
Infelizmente eu estava de mal com a máquina fotográfica enquanto estive em San Martín, mas eis algumas fotos tiradas pelo pessoal da feira:
Toda a galera presente. Os brasileiros se aglomeraram no canto inferior direito.
Palestra sobre o guia de campo Aves do Brasil - Pantanal e Cerrado (Foto: Juan Manuel Rubio)
Observando aves na Laguna Rosales.
Durante o jantar de confraternização, sentada ao lado de Tito Narosky (Argentina), Sergio Ocampo-Tobon (Colômbia) e Humberto Moura Neto (meu consorte).
Terminada a feira, nós nos despedimos de San Martín de Los Andes e voltamos para Bariloche. A viagem foi uma verdadeira expedição de birdwatching pela estepe patagônica, na companhia excelente de Cristian e de Sergio, dois birders que moram em Bariloche.
A viagem teve direito a picnic e tudo! Sérgio, Humberto e Cristian degustando sanduiches e sucos à beira de um arroio patagônico
As vistas? Espetaculares.
Não tenho foto do ponto alto da viagem, mas o fato é que conseguimos nosso objetivo: vimos um condor, e de pertinho! Nossa, que emoção! Ele estava voando sobre um vale, ao lado da estrada, e voava bem baixo com relação ao carro. Caramba, foi um avistamento super-raro!
De volta a Bariloche, fizemos programas de turistas durante os dias seguintes. O melhor da estada foi esta paisagem:
Acreditem: era a vista que tínhamos a partir de nossa cama, através da janela do hotel. Não dá pra entender que a gente não quisesse mais voltar pra casa?
Com Humberto, no mirante Tacul, com o lago Nahuel Huapi ao fundo.
Num próximo post, falo sobre a segunda metade da viagem, em que saímos dos Andes Patagônicos para ir à região dos Pampas Bonaerenses.
beijos a todos!!!
Martha
Acho que deu pra perceber que não consegui manter meu diário em dia, como planejado. É que a viagem foi muito mais agitada e divertida do que eu havia imaginado.
San Martín de los Andes parece uma cidade cinematográfica, com a diferença que é de verdade. Casinhas pitorescas de madeira, montanhas ao redor, e um lindo lago diante da cidade.
A Feira de Aves da América do Sul, por outro lado, foi um acontecimento e tanto. Revi muita gente, conheci ainda mais, e as atrações não davam tempo para respirar.
Acho que dá para entender que entre passeios e conferências, não ficou muito tempo para escrever ou ficar online.
Infelizmente eu estava de mal com a máquina fotográfica enquanto estive em San Martín, mas eis algumas fotos tiradas pelo pessoal da feira:
Toda a galera presente. Os brasileiros se aglomeraram no canto inferior direito.
Palestra sobre o guia de campo Aves do Brasil - Pantanal e Cerrado (Foto: Juan Manuel Rubio)
Observando aves na Laguna Rosales.
Durante o jantar de confraternização, sentada ao lado de Tito Narosky (Argentina), Sergio Ocampo-Tobon (Colômbia) e Humberto Moura Neto (meu consorte).
Terminada a feira, nós nos despedimos de San Martín de Los Andes e voltamos para Bariloche. A viagem foi uma verdadeira expedição de birdwatching pela estepe patagônica, na companhia excelente de Cristian e de Sergio, dois birders que moram em Bariloche.
A viagem teve direito a picnic e tudo! Sérgio, Humberto e Cristian degustando sanduiches e sucos à beira de um arroio patagônico
As vistas? Espetaculares.
Não tenho foto do ponto alto da viagem, mas o fato é que conseguimos nosso objetivo: vimos um condor, e de pertinho! Nossa, que emoção! Ele estava voando sobre um vale, ao lado da estrada, e voava bem baixo com relação ao carro. Caramba, foi um avistamento super-raro!
De volta a Bariloche, fizemos programas de turistas durante os dias seguintes. O melhor da estada foi esta paisagem:
Acreditem: era a vista que tínhamos a partir de nossa cama, através da janela do hotel. Não dá pra entender que a gente não quisesse mais voltar pra casa?
Com Humberto, no mirante Tacul, com o lago Nahuel Huapi ao fundo.
Num próximo post, falo sobre a segunda metade da viagem, em que saímos dos Andes Patagônicos para ir à região dos Pampas Bonaerenses.
beijos a todos!!!
Martha
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