sábado, 17 de janeiro de 2004

Bom dia a todos.
O tempo virou, faz frio aqui. Deixei meu casaco mais quente em Bariloche. No fim do mundo sem agasalho? Bem...
Anteontem: depois de sair do cyber, fui dar uma volta por Puerto Montt. Acabei caindo no Pueblito, uma comunidade de artesaos, e la conheci a Carmen, que tem uma barraquinha, tres filhos e uma simpatia imensa. Estivemos conversando um tempao, e ela me indicou um restaurante bacana, La Mami. Recomendo, gente. La comi um prato carissimo, um molusco chamado loco, que e ESPETACULAR. Valeu cada dolar. E depois dos locos, fui a beira mar e fiquei um tempao, com minha "musica de viagem", olhando o Pacifico, as aves marinhas e pensando na vida. Outro tipo de viagem. Pela primeira vez desde que sai do Brasil fui dormir cedo e funcionei em meu proprio ritmo de eremita voluntaria.
Ontem: oito da manha e eu ja chegava na rodoviaria. Excursao: Ilha de Chiloe. Ficaria horas aqui falando sobre esse lugar magico e especial, num dia magico e especial, mas como disse anteontem, a internet aqui e beeeem cara. So os pontos essenciais: Chiloe e conhecida por sua mitologia farta e fantastica, a comida chilota e tida como muito particular, as paisagens sao lindas, com campos verdes entremeados a florestas (e que me lembrou muito a Galicia, na Espanha), e casas de madeira muito particulares. E, para mim, um detalhe muito especial: aparentemente a familia Argel e bem numerosa aqui, talvez descendente de um irmao de meu bisavo. E como se fosse minha terra tambem. Tive a extrema felicidade de estar em companhia especial, una brasileira entre chilenos. Marcelo, Carmen, Viviana e, sobretudo, Ismael, meu anjo da guarda, guia, amigo e trauco pessoal (brincadeirinha chilota, hehehe). Tambem protetor do JC, que sofreu uma queda horrivel mas foi salvo pela interferencia oportuna do referido rapaz. Chegamos de volta a Puerto Montt as dez e meia da noite, quando recem escurecia. Antes da volta ao hotel, uma caminhada pela beira mar, um frio do demo, e um vento que parecia vir direto do polo sul.
Putz, preciso terminar por aqui. Tenho que resolver como vai ser meu dia, que sera algo complicado.

Carpe diem!!!! Nunca essa frase teve tanto sentido para mim como nestes dias de eventos subitos e inesperados. Sejam felizes e vivam cada minuto.

Martha Argel
diretamente do outro lado dos Andes

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